Menino a produzir uma espécie de tijolos, no Malawi
(AFP or licensors)
Francisco recordou
o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil celebrado neste dia 12 de
junho com um tweet. Não obstante alguns avanços, o objetivo
estabelecido pela ONU para 2025, que prevê a eliminação do fenómeno,
ainda está distante. Atualmente, existem 152 milhões de crianças e
adolescentes a trabalhar em todo o mundo.
Adriana Masotti - Cidade do Vaticano
"Como adultos não podemos roubar às crianças a capacidade de sonhar. Procuremos favorecer um contexto de esperança, onde os seus sonhos cresçam e se partilhem: um sonho partilhado abre o caminho para um novo modo de viver #NOChildLabourDa", escreveu o Papa Francisco no tweet publicado nesta quarta-feira.
O trabalho infantil, de facto, é um fenómeno com dimensões significativas: Unicef e Save the Children recordam que existem hoje no mundo cerca de 152 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, vítimas de exploração no trabalho, 1 em cada 10. Em África 1 em cada 5.
Quase metade deles executam trabalhos duros e perigosos, que colocam em risco a sua saúde e segurança, com graves repercussões também do ponto de vista psicológico.
A Itália não está isenta do fenámeno. Nos últimos dois anos foram verificados 480 casos de trabalho irregular, quer de menores italianos como estrangeiros, em particular em serviços de alojamento e alimentação, assim como no comércio, em atividades de manufatura e na agricultura.
"Um número sem dúvida subestimado", afirmou ao Vatican News Filippo Ungaro, porta-voz da Save the Children, porque em Itália não existe um levantamento sistemático capaz de definir a sua presença real.
O trabalho mantém as crianças longe da escola e de um futuro melhor
O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado todos os anos no dia 12 de junho, chama-nos à atenção para o facto de que atualmente 64 milhões de meninas e 88 milhões de meninos são privados de uma infância a qual têm direito, privados da escola e dos cuidados de que necessitam, e da oportunidade de construirem um futuro melhor para si e para a família.
7 em cada 10 são usados na agricultura, o restante trabalha no setor de serviços ou na indústria, em minas, em pedreiras, em trabalhos domésticos: 15,5 milhões estes últimos, talvez os mais expostos a vários perigos.
Pequenos progressos na redução do trabalho infantil
"Como adultos não podemos roubar às crianças a capacidade de sonhar. Procuremos favorecer um contexto de esperança, onde os seus sonhos cresçam e se partilhem: um sonho partilhado abre o caminho para um novo modo de viver #NOChildLabourDa", escreveu o Papa Francisco no tweet publicado nesta quarta-feira.
O trabalho infantil, de facto, é um fenómeno com dimensões significativas: Unicef e Save the Children recordam que existem hoje no mundo cerca de 152 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, vítimas de exploração no trabalho, 1 em cada 10. Em África 1 em cada 5.
Quase metade deles executam trabalhos duros e perigosos, que colocam em risco a sua saúde e segurança, com graves repercussões também do ponto de vista psicológico.
A Itália não está isenta do fenámeno. Nos últimos dois anos foram verificados 480 casos de trabalho irregular, quer de menores italianos como estrangeiros, em particular em serviços de alojamento e alimentação, assim como no comércio, em atividades de manufatura e na agricultura.
"Um número sem dúvida subestimado", afirmou ao Vatican News Filippo Ungaro, porta-voz da Save the Children, porque em Itália não existe um levantamento sistemático capaz de definir a sua presença real.
O trabalho mantém as crianças longe da escola e de um futuro melhor
O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado todos os anos no dia 12 de junho, chama-nos à atenção para o facto de que atualmente 64 milhões de meninas e 88 milhões de meninos são privados de uma infância a qual têm direito, privados da escola e dos cuidados de que necessitam, e da oportunidade de construirem um futuro melhor para si e para a família.
7 em cada 10 são usados na agricultura, o restante trabalha no setor de serviços ou na indústria, em minas, em pedreiras, em trabalhos domésticos: 15,5 milhões estes últimos, talvez os mais expostos a vários perigos.
Erradicar todas as formas de trabalho infantil até 2025 é um dos
objetivos estabelecidos pela Agenda para o Desenvolvimento Sustentável
da ONU, mas caso nada mais for feito, ainda haverá naquela data 121
milhões de crianças vítimas de exploração no trabalho.
O Unicef, por exemplo, considera que "entre 2008 e 2012, o trabalho
infantil diminuiu apenas 1% e os progressos na redução do trabalho das
meninas foram 50% menor se comparados com os dos meninos".
Alguns passos em frente, no entanto, foram dados: por exemplo na Índia, segundo a UNICEF, onde 12 Estados desenvolveram, com o apoio da organização, um plano de ação contra o trabalho infantil e 8 aumentaram os seus programas para prevenir e pôr fim a essa prática, enquanto Save the Children cita o exemplo positivo do Cambodja e do Vietnam.
Meninos e meninas envolvidos no trabalho em igual número
O trabalho infantil é tanto uma causa como uma consequência da pobreza, reforça as desigualdades e a discriminação social. Impede a melhoria das condições de vida de uma família porque, como sublinha Ungaro, não faz nada além de perpetuar o estado de coisas.
Nas suas piores formas, o trabalho infantil transforma-se em escravidão, exploração económica e sexual, especialmente para meninas, e pode levar à morte. Em quase todas as regiões do mundo, meninos e meninas têm a mesma probabilidade de serem envolvidos em trabalho infantil, com exceção da América Latina e do Caribe, onde os meninos são mais propensos do que as meninas a trabalhar: 13% dos meninos contra 8% das meninas.
Luta contra a pobreza, e educação contra a exploração
De acordo com Filippo Ungaro, porta-voz da Save the Children, aumentar o acesso à educação e fortalecer as estratégias de redução da pobreza, são as duas medidas que podem ajudar a reduzir e até mesmo eliminar o trabalho infantil. O fundamental, depois, é tornar as crianças visíveis, investindo na recolha de dados relativos a um fenómeno ainda muito difundido.
Alguns passos em frente, no entanto, foram dados: por exemplo na Índia, segundo a UNICEF, onde 12 Estados desenvolveram, com o apoio da organização, um plano de ação contra o trabalho infantil e 8 aumentaram os seus programas para prevenir e pôr fim a essa prática, enquanto Save the Children cita o exemplo positivo do Cambodja e do Vietnam.
Meninos e meninas envolvidos no trabalho em igual número
O trabalho infantil é tanto uma causa como uma consequência da pobreza, reforça as desigualdades e a discriminação social. Impede a melhoria das condições de vida de uma família porque, como sublinha Ungaro, não faz nada além de perpetuar o estado de coisas.
Nas suas piores formas, o trabalho infantil transforma-se em escravidão, exploração económica e sexual, especialmente para meninas, e pode levar à morte. Em quase todas as regiões do mundo, meninos e meninas têm a mesma probabilidade de serem envolvidos em trabalho infantil, com exceção da América Latina e do Caribe, onde os meninos são mais propensos do que as meninas a trabalhar: 13% dos meninos contra 8% das meninas.
Luta contra a pobreza, e educação contra a exploração
De acordo com Filippo Ungaro, porta-voz da Save the Children, aumentar o acesso à educação e fortalecer as estratégias de redução da pobreza, são as duas medidas que podem ajudar a reduzir e até mesmo eliminar o trabalho infantil. O fundamental, depois, é tornar as crianças visíveis, investindo na recolha de dados relativos a um fenómeno ainda muito difundido.
VN
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