(RV) Quarta-feira, 14 de dezembro, na audiência geral o Papa Francisco propôs mais uma catequese sobre a esperança cristã.
O Santo Padre recordou o profeta Isaías que nos convida a abrirmo-nos
à esperança, acolhendo a Boa-Nova da salvação que está a chegar.
No fim do exílio na Babilónia, é a possibilidade de Israel
reencontrar Deus. O Senhor aproxima-se – assinalou o Papa – e aquele
«pequeno resto» que atravessou a crise e que continuou a crer e a
esperar poderá ver as maravilhas do Senhor.
O pequeno resto a que se refere Francisco é o pequeno povo que ficou
depois do exílio, aquele resto que “no exílio resistiu na fé, que
atravessou a crise e continuou a crer e a esperar mesmo no meio da
escuridão”.
O Papa na sua catequese sublinhou algumas das palavras do canto de Isaías no capítulo 52:
«O Senhor mostra a força do seu braço poderoso (…) e todos os confins
da terra verão o triunfo do nosso Deus». «Diz a Sião: “O rei é o teu
Deus!”».
Estas palavras mostram a fé num Deus que Se inclina
misericordiosamente sobre o homem, para o libertar de tudo o que
desfigura nele a imagem de Deus – observou o Santo Padre.
E a plenitude de tanto amor é precisamente o Reino instaurado por
Jesus, aquele Reino de perdão e paz que chega no Natal e se realiza
definitivamente na Páscoa – declarou.
Os motivos da nossa esperança são estes – disse Francisco – “quando
tudo parece perdido, quando, à vista de tantas realidades negativas,
torna-se difícil acreditar e vem a tentação de dizer que já nada tem
sentido, faz-se ouvir a Boa Nova: Deus está a chegar, para realizar algo
de novo, instaurar um Reino de paz, vem trazer liberdade e consolação. O
mal não triunfará para sempre, acabará a tribulação”.
Somos chamados a ser homens e mulheres de esperança, que proclamam a
vinda deste Reino feito de luz e destinado a todos. “Esta mensagem é
urgente!” – lembrou o Papa dizendo que devemos também correr, como o
mensageiro sobre os montes de que fala o profeta, porque o mundo não
pode esperar, a humanidade tem fome e sede de justiça e de paz.
E a promessa cumpre-se no Menino de Belém, uma criança que nasce
“necessitada de tudo” colocada “numa manjedoura”: ali está todo poder do
Deus que salva. “É preciso abrir o coração – o Natal é o dia para abrir
o coração!” – declarou o Santo Padre.
O Papa afirmou que no Natal é preciso abrir o coração a toda a
“pequenez” que está ali naquele Menino. Um Natal que devemos preparar
“com esperança neste tempo de Advento”. “É a surpresa de um Deus Menino,
de um Deus pobre, de um Deus débil, de um Deus que abandona a sua
grandeza para se fazer próximo de cada um de nós” – disse Francisco no
final da sua catequese.
Nas saudações destaque para aquela dedicada aos peregrinos de língua
portuguesa na qual o Papa fez votos de um “Santo Natal de Jesus, vivido
com a mesma fé humilde e obediente de Maria e José”. O Santo Padre pediu
para vermos na força do Menino Jesus “a vitória final sobre os poderes
arrogantes da terra”.
O Papa Francisco a todos deu a sua benção!
(RS)
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