(RV) Quarta-feira, dia 7 de dezembro: na audiência
geral na Sala Paulo VI o Papa iniciou um ciclo de catequeses sobre o
tema da esperança cristã. De modo particular neste tempo litúrgico do
Advento “é importante refletir sobre a esperança” – disse o Santo Padre.
Francisco fez referência ao profeta Isaías que, por ordem de Deus
consola e encoraja o seu povo exilado na Babilónia. Com o exílio, perdeu
tudo: a pátria, a liberdade, a dignidade e até a confiança em Deus.
Sentia-se abandonado e sem esperança. Tudo na vida lhe parecia um
deserto; mas é precisamente aí que Deus decidiu descer.
O Santo Padre recordou também João Batista que grita: «Preparai o
caminho do Senhor endireitai as suas veredas» e o facto de que no tempo
de Batista o povo israelita sofria sob a dominação dos Romanos, que o
tornava estrangeiro na sua própria pátria, governado pelos poderosos que
decidiam como queriam da vida do povo.
Mas a verdadeira história não é a história feita pelos poderosos mas pelos pequenos afirmou o Papa:
“Mas a verdadeira história não é aquela feita pelos poderosos, mas
aquela feita por Deus juntamente com os seus pequeninos. Aqueles
pequenos e simples que encontramos com Jesus quando nasce: Zacarias e
Isabel, idosos e marcados pela esterilidade, Maria, jovem rapariga
virgem prometida em casamento a José, os pastores de Belém, que eram
desprezados e não contavam nada. São os pequeninos, tornados grandes
pela sua fé, os pequeninos que sabem continuar a esperar.”
“Deixemo-nos ensinar a esperança, aguardemos confiantes a vinda do
Senhor e então os desertos da nossa vida, sejam eles quais forem,
transformar-se-ão num jardim florido” – disse o Santo Padre no final da
sua catequese.
Nas saudações destaque para a mensagem do Papa aos peregrinos de
língua portuguesa, em particular, a um grupo de jovens de Lisboa, a quem
disse para procurarem sempre o “olhar de Nossa Senhora que conforta
todos aqueles que estão na provação e mantém aberto o horizonte da
esperança”.
No final da audiência geral o Papa Francisco fez um apelo contra a corrupção e pelos direitos humanos:
“ Nos próximos dias acontecem duas importantes jornadas promovidas
pelas Nações Unidas: contra a corrupção no dia 9 de dezembro e aquela
pelos direitos humanos de dia 10 de dezembro. São duas realidades
estreitamente ligadas: a corrupção é o aspeto negativo a combater, a
começar pela consciência pessoal e vigiando sobre os ambientes da vida
civil, especialmente, sobre aqueles mais em risco; os direitos humanos
são o aspeto positivo a ser promovido com decisão sempre renovada, para
que ninguém seja excluído do efetivo reconhecimento dos direitos
fundamentais da pessoa humana. O Senhor nos apoie neste dúplice
compromisso.”
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção!
(RS)
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