(RV) Ao meio-dia deste domingo de Pentecostes, na Praça de São Pedro, Francisco referiu dois aspetos que impressionam no acontecimento do Pentecostes : é uma Igreja que surpreende e que perturba (baralha).
“Um elemento fundamental do Pentecostes é a surpresa: já ninguém esperava nada dos discípulos, que depois da morte de Jesus se tinham tornado num grupeto insignificantes, gente derrotada, órfãos do seu Mestre”.Ora a Igreja que nasce do Pentecostes suscita admiração por anunciar, com a força que vem de Deus, uma mensagem nova – a Ressurreição de Jesus, e isso com uma linguagem nova – a linguagem do amor.
“Assim está chamada a ser sempre a Igreja: capaz de surpreender anunciando a todos que Jesus Cristo venceu a morte, que os braços de Deus estão sempre abertos, que a sua paciência está sempre ali, à nossa espera, para nos curar e nos perdoar”.
Foi precisamente para isso que Jesus ressuscitado deu o seu Espírito à Igreja. Em Jesus, não faltava quem tivesse preferido que os discípulos de Jesus, bloqueados pelo medo, permanecessem fechados em casa, para não criarem confusão. Mas o Senhor ressuscitado envia-os através do mundo.
“A Igreja do Pentecostes é uma Igreja que não se resigna a ser inócua, elemento decorativo. É uma Igreja que não hesita em sair para fora, ao encontro das pessoas, para anunciar a mensagem que lhe foi confiada, embora essa mensagem perturbe e inquiete as consciências.”
A Igreja – observou ainda o Papa - nasce una e universal, com uma identidade precisa, mas aberta, uma Igreja que abraça o mundo, mas não o captura. Como o colonato desta praça de São Pedro, com dois braços que se abrem para acolher mas não se fecham para encerrar…
Após as saudações finais, o Papa recordou que ao fim da tarde os “Presidentes de Israel e Palestina unir-se-ão a mim e ao Patriarca Ecuménico de Constantinopla (meu irmão Bartolomeu) para invocar de Deus o dom da paz na Terra Santa, no Médio Oriente e no mundo inteiro”.
E a todos agradeceu pelas orações dedicadas a esta intenção.
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