09 abril, 2014

Comunicado da Cúria Geral dos Jesuítas sobre assassinato do P. van der Lugt, também recordado pelo Papa na audiência geral


(RV) "O Padre Geral e a Cúria Geral da Companhia de Jesus, tendo sabido da notícia da morte do Padre Frans Van der Lugt, manifestam a sua consternação pelo brutal assassinato de um homem que dedicou a sua vida aos mais pobres e necessitados, especialmente na cidade de Homs, e que nunca quis abandoná-los mesmo nos momentos de maior perigo. Ele sempre falou de paz e reconciliação, e abriu as portas a todos os que que buscavam a sua ajuda, sem distinção de raça ou religião. "Eu não vejo muçulmanos ou cristãos, costumava dizer, mas só seres humanos. Eu sou o único sacerdote e o único estrangeiro neste lugar, mas não me sinto estrangeiro". O Padre Frans tinha chegado na Síria em 1966 e, desde então, sempre trabalhou para unir os sírios de diferentes proveniências, incentivando-os ao diálogo. Esperamos e pedimos ao Senhor para que o seu sacrifício produza frutos de paz sacrifício e seja um ulterior estímulo para silenciar as armas e deixar de lado o ódio."

Na audiência geral desta quarta-feira, o próprio Papa Francisco evocou com voz comovida "a profunda dor" nele provocada pela "brutal assassinado" deste "meu confrade". Estes os termos usados pelo Papa:

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“Na segunda-feira passada, em Homs, na Síria, foi assassinado o Rev. Padre Frans Van der Lugt, um meu confrade jesuíta holandês de 75 anos, a viver na Síria há cerca de 50 anos, que sempre fez bem a todos, com gratuidade e amor e por isso era amado e estimado por cristãos e muçulmanos.”

“O seu brutal assassínio encheu-me de profunda dor e fez-me pensar ainda a tanta gente que sofre e morre naquele massacrado país, já há demasiado tempo vítima de um conflito sanguinoso que continua a dar morte e destruição. Penso também às numerosas pessoas raptadas, cristãos e muçulmanos, sírios e de outros países, entre os quais bispos e sacerdotes. Peçamos ao Senhor que possam voltar rapidamente aos seus caros e às suas famílias e comunidades.”

“De coração vos convido a todos, a unirem-se à minha oração para a paz na Síria e na região, e lanço um renovado apelo aos responsáveis sírios e à comunidade internacional: por favor, calem-se as armas, coloque-se um fim à violência! Não mais guerra e destruição! Respeite-se o direito humanitário, tenha-se atenção à população necessitada de assistência humanitária e chegue-se à desejada paz através do diálogo e a reconciliação.”

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