No dia 25 de Maio de 2014, todas as famílias de Lisboa são convidadas a celebrar
o dia do Senhor em conjunto com o seu bispo, na Festa da Família que se realiza
em Mafra. Para melhor nos preparar para este grande acontecimento, a Pastoral
Familiar do Patriarcado de Lisboa propõe um itinerário catequético composto por
5 encontros que se poderão realizar em família (tanto na Igreja Doméstica como
na comunidade alargada). Entre 1 de Abril e 6 de Maio, os esquemas destes
encontros serão disponibilizados semanalmente (com exceção da Semana Santa) de
acordo com o seguinte programa:
- A família, primeira educadora da Fé: 1 de Abril
- A família, educadora da verdade do homem: o matrimónio e a família: 8 de Abril
- A família, educadora da dignidade e respeito de toda pessoa: 15 de Abril
- A família, aberta a Deus e ao próximo: 29 de Abril
- A família, primeira experiência de Igreja: 6 de Maio
1.ª
Catequese: A
Família, primeira educadora da Fé
A) Cântico Inicial:
B) Invocação do Espírito Santo
C) Leitura Bíblica: Act 16, 22-34
A multidão amotinou-se contra eles; e os estrategos,
arrancando-lhes as vestes, mandaram-nos açoitar. Depois de lhes terem dado
muitas vergastadas, lançaram-nos na prisão, recomendando ao carcereiro que os
tivesse sob atenta vigilância. Ao receber tal ordem, este meteu-os no calabouço
interior e prendeu-lhes os pés no cepo. Cerca da meia-noite, Paulo e Silas, em
oração, entoavam louvores a Deus, e os presos escutavam-nos. De repente,
sentiu-se um violento tremor de terra que abalou os alicerces da prisão. Todas
as portas se abriram e as cadeias de todos se desprenderam. Acordando em
sobressalto, o carcereiro viu as portas da prisão abertas e puxou da espada para
se matar, pensando que os presos se tinham evadido. Paulo, então, bradou com voz
forte: «Não faças nenhum mal a ti mesmo, porque nós estamos todos aqui.» O
carcereiro pediu luz, correu para dentro da masmorra e lançou-se a tremer, aos
pés de Paulo e de Silas. Depois, trouxe-os para fora e perguntou: «Senhores, que
devo fazer para ser salvo?» Eles responderam: «Acredita no Senhor Jesus e serás
salvo tu e os teus.» E anunciaram-lhe a palavra do Senhor, assim como aos que
estavam na sua casa. O carcereiro, tomando-os consigo, àquela hora da noite,
lavou-lhes as feridas e imediatamente se baptizou, ele e todos os seus. Depois,
levando-os para cima, para a sua casa, pôs-lhes a mesa e entregou-se, com a
família, à alegria de ter acreditado em Deus.
Palavra do Senhor.
D) Leitura do Ensinamento da Igreja:
1. Deus quer que todos os homens conheçam e aceitem o
seu plano de salvação, revelado e realizado em Cristo (cf. 1 Tim 1, 15-16). Deus
falou de muitas formas aos nossos pais (cf. Heb 1, 1; todo o AT). Ao chegar a
plenitude dos tempos (cf Gl 4, 4) nos falou de modo pleno e definitivo em e por
Cristo (cf Heb 1, 2-4): o Pai não tem “outra” Palavra para nos dar, porque nos
deu a “única e a última” em Cristo (cf Jo 1, 1ss).
2. A Igreja recebeu o mandato de anunciar a todos os
homens esta grande notícia: «Ide, portanto, e fazei que todas as nações se
tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo»
(Mt 28, 19). Os Apóstolos assim o entenderam e realizaram desde o dia de
Pentecostes, enchendo Jerusalém (At. 1-5) e todo o mundo então conhecido (Livro
dos Atos e Epístolas) com o anúncio de Cristo Morto e Ressuscitado para a nossa
salvação.
3. A família cristã, Igreja doméstica, participa desta
missão. Além disso, a família tem como primeiros e principais destinatários
deste anúncio missionário os seus filhos e familiares, como o atestam as Cartas
Pastorais paulinas e a praxe posterior. Os esposos santos e os pais cristãos de
todos os tempos assim o viveram. À luz da feliz experiência da Igreja nas
sociedades cristãs da Europa (quando a família realizou esta missão educadora
com seus filhos) e à luz também das gravíssimas repercussões negativas que hoje
se constatam (pelo abandono ou descuido desta missão), é preciso que a família
volte a ser a primeira educadora da fé nestas nações – hoje já não cristãs de
fato – nas quais se está afiançando a fé e nas quais se está implantando a
Igreja. O principal apostolado missionário dos pais deve realizar-se na sua
própria família, pois seria uma desordem e um anti testemunho pretender
evangelizar os outros, descuidando a evangelização dos nossos. Os pais
transmitem a fé aos seus filhos com o testemunho de sua vida cristã e com sua
palavra.
4. O núcleo central desta educação na fé é “o anúncio
gozoso e vibrante de Cristo, Morto e Ressuscitado por nossos pecados”. Em íntima
conexão com este núcleo se encontram as outras verdades contidas no Credo dos
Apóstolos, nos sacramentos e nos mandamentos do decálogo. As virtudes humanas e
cristãs fazem parte da educação integral da fé. (Hoje em dia não se pode quase
nunca pressupor esta bagagem fundamental, nem sequer nos países chamados
“cristãos” e nos casos em que os pais pedem os sacramentos de iniciação para os
seus filhos, dada a grande ignorância religiosa e a escassa prática religiosa
dos pais).
E) Perguntas para o Dialogo:
1 - Nos dias de hoje a família passa por graves
problemas: como poderá voltar a ser a primeira educadora na Fé? Que poderemos
fazer para se alterar esta situação? Na nossa família e nas famílias em
geral?
2 - Como educar os nossos filhos diante da
"catequização" que eles sofrem na escola, e noutros lugares? (partilhar as
vivencias de cada família)
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