A família, educadora da verdade do homem: o matrimónio e a família
A) Cântico Inicial:
B) Invocação do Espírito Santo
C) Leitura Bíblica: Gn 1, 26-28.2,18-25
Depois,
Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que
domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos
e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.» Deus criou o ser humano à sua
imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. Abençoando-os,
Deus disse-lhes: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai
sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se
movem na terra.»
O
Senhor Deus disse: «Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma
auxiliar semelhante a ele.» Então, o Senhor Deus, após ter formado da terra
todos os animais dos campos e todas as aves dos céus, conduziu-os até junto do
homem, a fim de verificar como ele os chamaria, para que todos os seres vivos
fossem conhecidos pelos nomes que o homem lhes desse. O homem designou com nomes
todos os animais domésticos, todas as aves dos céus e todos os animais ferozes;
contudo, não encontrou auxiliar semelhante a ele. Então, o Senhor Deus fez cair
sobre o homem um sono profundo; e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma das suas
costelas, cujo lugar preencheu de carne. Da costela que retirara do homem, o
Senhor Deus fez a mulher e conduziu-a até ao homem. Então, o homem exclamou:
«Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á
mulher, visto ter sido tirada do homem!» Por esse motivo, o homem deixará o pai
e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne. Transgressão -
Estavam ambos nus, tanto o homem como a mulher, mas não sentiam vergonha.
Palavra
do Senhor.
1 Cor 6, 19-20
Não
sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, porque
o recebestes de Deus, e que vós já não vos pertenceis? Fostes comprados por um
alto preço! Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.
Palavra
do Senhor.
D) Leitura do Ensinamento da Igreja:
1.
A principal questão que a família de hoje deve encarar na educação cristã dos
seus filhos não é religiosa mas principalmente antropológica: o relativismo
radical ético-filosófico, segundo o qual não existe uma verdade objetiva sobre o
homem e, por conseguinte, tampouco sobre o matrimônio e sobre a família. A mesma
diferença sexual, manifestada na biologia do homem e da mulher, não se
fundamenta na natureza, mas é um simples produto cultural, que cada um pode
mudar. Com isso se nega e destrói a mesma possibilidade do matrimónio e da
família.
2.
O relativismo afirma também que Deus não existe e que nem é possível conhecê-lo
(ateísmo e agnosticismo religioso), e tampouco existem normas éticas e valores
permanentes. As únicas verdades são as que dimanam das maiorias
parlamentares.
3.
Diante desta realidade tão radical e condicionante, a família tem hoje a
inevitável tarefa de transmitir aos seus filhos a verdade sobre o homem. Como já
ocorreu nos primeiros séculos, hoje é de capital importância conhecer e
compreender a primeira página do Gênesis: existe um Deus pessoal e bom, que
criou o homem e a mulher com igual dignidade, mas diferentes e complementares
entre si, e deu-lhes a missão de gerar filhos, mediante a união indissolúvel de
ambos numa só carne (matrimónio). Os textos narram a criação do homem,
evidenciando que o casal homem-mulher são – segundo o desígnio de Deus – a
primeira expressão da comunhão de pessoas, pois Eva é criada semelhante a Adão
como aquela que, em sua alteridade, o completa (cf. Gn 2, 18) para formar com
ele uma só carne (cf. Gn 2, 24). Ao mesmo tempo, ambos têm a missão procriadora
que os faz colaboradores do Criador (cf. Gn 1, 28).
4.
Esta verdade sobre o homem e sobre o matrimónio tem sido conhecida também pela
reta razão humana. De fato, todas as culturas reconheceram em seus costumes e
leis que o matrimónio consiste só na comunhão de homem e mulher, apesar de que
às vezes conheceram e admitiram a poligamia ou a poliginia. As uniões de pessoas
do mesmo género foram consideradas sempre alheias ao que é o matrimónio.
5.
São Paulo descreveu tudo isso com traços muito vigorosos em sua carta aos
Romanos, ao escrever a situação do paganismo da sua época e a desordem moral em
que havia caído por não querer reconhecer com a vida o Deus que havia conhecido
com a razão (cf. Rm 1, 18-32). Esta página do Novo Testamento deve ser bem
conhecida hoje pela família, para não edificar sua ação educadora sobre areia
movediça. O desconhecimento de Deus leva também ao ofuscamento da verdade sobre
o homem.
6.
Os Padres da Igreja oferecem doutrina abundante e são um bom exemplo no modo de
proceder, pois tiveram que explicar detalhadamente a existência de um Deus
Criador e Providente, que criou o mundo, o homem e o matrimónio, como realidades
boas; e combater as desordens morais do paganismo que causavam dano ao
matrimónio e à família.
E) Perguntas para o Diálogo:
1
- Ao lerem os textos bíblicos apresentados, alguma vez pensaram que o corpo
torna visível o mistério invisível de Deus? O que devemos mudar na forma como
tratamos o nosso corpo?
2
- Como é que a nossa cultura idolatra e menospreza o corpo simultaneamente?
3
- De que forma devemos viver o matrimónio ou as outras relações humanas para
serem verdadeiramente cristãs, imagem e semelhança de Deus?
F) Orações espontâneas.
G) Pai-Nosso
H) Cântico Final
Contactos:
Patriarcado de Lisboa
Sector da Pastoral Familiar
Mosteiro de São Vicente de Fora,
Campo de Santa Clara,
1149-085 LISBOA.
Sector da Pastoral Familiar
Mosteiro de São Vicente de Fora,
Campo de Santa Clara,
1149-085 LISBOA.
Sem comentários:
Enviar um comentário