Foto: Ricardo Perna / Família Cristã |
O cardeal-patriarca de Lisboa disse hoje no Vaticano que a Conferência
Episcopal Portuguesa (CEP) vai ter novas medidas no combate e prevenção
aos abusos sexuais, após a cimeira mundial convocada pelo Papa
Francisco. “Todos temos de trabalhar a sério, porque isto é um problema
global e tem de ter uma solução global”, sustentou D. Manuel Clemente,
em declarações aos jornalistas portugueses, após a Missa conclusiva do
encontro sobre proteção de menores, presidida pelo Papa Francisco.
O Vaticano vai oferecer a todas as Conferências Episcopais um “vade-mécum”, documento orientador que recolhe, entre outros, os resultados da discussão levada a cabo por 190 participantes no encontro sobre proteção de menores, que decorreu desde quinta-feira, no Vaticano, reunindo presidentes de Conferências Episcopais e chefes de Igrejas Orientais, superiores gerais de institutos religiosos, membros da Cúria Romana e do Conselho de Cardeais. Para D. Manuel Clemente, o novo documento orientador, “mais preciso, mais articulado, mais operativo”, ajuda a “concertar” esforços e oferece “ideias mais concretas”, que ajudam a desenvolver as diretrizes que a CEP implementou desde 2012. O texto deve ser analisado “ainda antes” da assembleia plenária do episcopado católico português, em abril. “Esse vade-mécum, de normas mais concretas e operativas, até nos vai facilitar o serviço”, observou. Nos termos dessas diretrizes, lembrou D. Manuel Clemente, sempre que há uma denúncia, há uma investigação, quer com o Direito Canónico, quer com o Direito Civil, “envolvendo sempre, com certeza, as famílias e o próprio que acusa”. “Não vamos ultrapassar essas instâncias. Depois segue o processo normal, quer na via da Igreja, quer na via do Estado. É assim que tem de ser”, explicou.
Questionado sobre a proposta deixada nos trabalhos de divulgar publicamente estatísticas sobre números de casos e sobre a eventualidade de um estudo aprofundado em Portugal, o presidente da CEP admitiu que isso “é possível”. “Tudo aquilo que for necessário fazer para que as coisas se esclareçam, para que se avance, há de ser feito”, apontou. D. Manuel Clemente considera que o problema dos abusos de menores é “destrutivo” e “tem de ser levado a sério em termos espirituais”. É algo de muito profundo, que tem de ser erradicado. O Papa presta-nos esse serviço de ter uma visão tão alargada, tão empenhativa da problemática e, com certeza, todos nós vamos levar isto muito a sério”. O cardeal-patriarca destacou a “originalidade” desta cimeira e o modelo escolhido pelo Papa “para resolver um problema grave”, num debate aberto a vários participantes e que decorreu com “toda a franqueza”. “Isto é um exercício de Igreja no seu melhor. Por isso, estou muito grato, estamos todos, ao Papa Francisco, por ter feito algo assim, que eu creio que também é um exemplo para todos nós”, sustentou.
O Vaticano vai oferecer a todas as Conferências Episcopais um “vade-mécum”, documento orientador que recolhe, entre outros, os resultados da discussão levada a cabo por 190 participantes no encontro sobre proteção de menores, que decorreu desde quinta-feira, no Vaticano, reunindo presidentes de Conferências Episcopais e chefes de Igrejas Orientais, superiores gerais de institutos religiosos, membros da Cúria Romana e do Conselho de Cardeais. Para D. Manuel Clemente, o novo documento orientador, “mais preciso, mais articulado, mais operativo”, ajuda a “concertar” esforços e oferece “ideias mais concretas”, que ajudam a desenvolver as diretrizes que a CEP implementou desde 2012. O texto deve ser analisado “ainda antes” da assembleia plenária do episcopado católico português, em abril. “Esse vade-mécum, de normas mais concretas e operativas, até nos vai facilitar o serviço”, observou. Nos termos dessas diretrizes, lembrou D. Manuel Clemente, sempre que há uma denúncia, há uma investigação, quer com o Direito Canónico, quer com o Direito Civil, “envolvendo sempre, com certeza, as famílias e o próprio que acusa”. “Não vamos ultrapassar essas instâncias. Depois segue o processo normal, quer na via da Igreja, quer na via do Estado. É assim que tem de ser”, explicou.
Questionado sobre a proposta deixada nos trabalhos de divulgar publicamente estatísticas sobre números de casos e sobre a eventualidade de um estudo aprofundado em Portugal, o presidente da CEP admitiu que isso “é possível”. “Tudo aquilo que for necessário fazer para que as coisas se esclareçam, para que se avance, há de ser feito”, apontou. D. Manuel Clemente considera que o problema dos abusos de menores é “destrutivo” e “tem de ser levado a sério em termos espirituais”. É algo de muito profundo, que tem de ser erradicado. O Papa presta-nos esse serviço de ter uma visão tão alargada, tão empenhativa da problemática e, com certeza, todos nós vamos levar isto muito a sério”. O cardeal-patriarca destacou a “originalidade” desta cimeira e o modelo escolhido pelo Papa “para resolver um problema grave”, num debate aberto a vários participantes e que decorreu com “toda a franqueza”. “Isto é um exercício de Igreja no seu melhor. Por isso, estou muito grato, estamos todos, ao Papa Francisco, por ter feito algo assim, que eu creio que também é um exemplo para todos nós”, sustentou.
D. Manuel Clemente @patriarcalisboa
O encontro sobre a proteção de menores, convocado pelo Papa Francisco, é um exemplo para todos nós, como Igreja e como sociedade, sobre como resolver este problema tão profundo e destrutivo que tem de ser erradicado. Obrigado @Pontifex_pt #PBC2019
O presidente da CEP elogiou ainda o discurso final do pontífice,
pronunciado na manhã de domingo, com “uma análise exaustiva da
problemática dos abusos de menores, na sociedade, na Igreja, nas
culturas, nas comunidades religiosas”.“É também um grande serviço que o
Papa acaba por prestar a todos nós, porque somos membros da Igreja, no
nosso caso, e membros da sociedade, e em todos estes âmbitos devemos ser
responsáveis e corresponsáveis”, declarou. Recordando os testemunhos de
vítimas de abusos como um momento de “muita intensidade, muita verdade”
e “muita conversão”, D. Manuel Clemente falou depois da defesa do
celibato sacerdotal, que foi questionado por várias associações de
vítimas e defendido pelo Papa Francisco. “Isto é que é importante e tem
sido reforçado: que ninguém aceda ao sacerdócio na Igreja Latina sem que
se reconheça efetivamente que há esse carisma celibatário. É esta a
insistência, e cada vez maior”, assumiu.A inédita cimeira convocada pelo
Papa contou com testemunhos de vítimas, relatórios e reflexões de
bispos e religiosos dos cinco continentes, bem como de uma vaticanista
mexicana, sobre a comunicação nestes casos.
Ecclesia
A reportagem em Roma no Encontro sobre Proteção de Menores na Igreja é realizada em parceria para a Agência Ecclesia, Família Cristã, Flor de Lis, Rádio Renascença, SIC e Voz da Verdade.
A reportagem em Roma no Encontro sobre Proteção de Menores na Igreja é realizada em parceria para a Agência Ecclesia, Família Cristã, Flor de Lis, Rádio Renascença, SIC e Voz da Verdade.
Patriarcado de Lisboa
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