(RV) O Papa
recebeu ao fim da manhã desta sexta-feira, (13/5), cerca de 300
participantes na Conferência internacional da Fundação “Centesimus Annus
– Pro Pontifice”. O tema do encontro é “A iniciativa empresarial na
luta contra a pobreza. Emergência refugiados, o nosso desafio”.
No seu discurso, o Papa partiu do tema abordado pela Conferência em
relação à contribuição da comunidade internacional na luta contra a
pobreza, com referência particular à actual crise dos refugiados, uma
obrigação moral e uma questão humanitária delicada:
“A crise dos refugiados, cujas proporções estão aumentando dia a dia,
é uma daquelas à qual me sinto bastante próximo. Na minha visita à Ilha
de Lesbos fui testemunha das tristes experiências de sofrimento humano,
sobretudo das famílias e das crianças. Por isso, a comunidade
internacional é convidada a dar respostas políticas, sociais e
económicas a tais dramas que ultrapassam os confins nacionais e
continentais”.
A luta contra a pobreza, frisou o Papa, não é somente um problema
económico, mas sobretudo moral, que apela a uma solidariedade global e
ao desenvolvimento de inteiras populações. A actividade económica deve
estar ao serviço da pessoa humana e do bem comum. E acrescentou:
“Uma economia de exclusão e de iniquidade levou a um grande número de
pessoas a serem deserdadas e descartadas como improdutivas e inúteis.
Seus efeitos são percebidos até nas sociedades mais desenvolvidas, onde o
crescimento da pobreza e da decadência social representa uma série
ameaça às famílias e aos jovens”.
De facto, afirmou ainda o Santo Padre, o índice de desemprego juvenil
é um escândalo e deve ser enfrentado com urgência como uma verdadeira
epidemia social; é roubada a esperança da nossa juventude e esbanjadas
as suas grandes energias, criatividades e intuições.
Francisco concluiu as suas palavras exprimindo a sua esperança de que
esta Conferência internacional possa contribuir para gerar novos
modelos de progresso económico orientados para o bem comum, à inclusão e
desenvolvimento integral, o incremento do trabalho e investimento nos
recursos humanos. A sua vocação é servir a dignidade humana, a
construção de um mundo mais solidário e a civilização do amor, que
abraça a justiça e a paz.
(BS/MT)
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