(RV) O
Papa Francisco encontrou no final da tarde desta sexta-feira (27/05),
na Casa Santa Marta, no Vaticano, Hebe de Bonafini, fundadora e
presidente das “Mães da Plaza de Mayo”, uma associação formada pelas
mães dos desaparecidos, os dissidentes desaparecidos durante a ditadura
militar argentina (1976 – 1983).
Hebe de Bonafini, 87 anos, não perdeu o seu espírito combativo. A sua
vida passou por duras provações e privações durante a ditadura militar
na Argentina: perdeu dois filhos e a nora, desaparecidos como tantos
outros opositores do regime.
O encontro com o Papa na Casa Santa Marta foi longo, muito afectuoso:
nós nos comovemos e nos abraçámos, disse Bonafini, que no passado havia
criticado o Papa Bergoglio, e por isso pediu-lhe desculpas.
Tempos atrás, numa carta, reconhecera ter-se enganado, não conhecendo
o empenho e compromisso de Bergoglio em favor dos pobres. A fundadora
das “Mães da Plaza de Mayo” falou ao Pontífice sobre a dramática
situação da Argentina, com o povo sem trabalho e a lutar pela
sobrevivência.
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