A audiência geral foi realizada na Sala Paulo VI
(Vatican Media)
Na sua catequese, o
Papa explicou que "a liberdade do homem nasce quando permitimos que o
verdadeiro Deus seja o único Senhor. Isto faz aceitarmos a nossa
fragilidade e rechaçar os ídolos do nosso coração”.
Cristiane Murray – Cidade do Vaticano
Dando continuidade às catequeses sobre os Dez mandamentos, nesta quarta-feira (08/08) o Papa Francisco aprofundou o tema da idolatria, refletindo sobre o bezerro de ouro, narrado no Livro do Êxodo.
A tradicional audiência geral foi realizada na Sala Paulo VI, onde o
ar condicionado aliviou o calor do Papa e das 7 mil pessoas
participantes. Ilustrando o trecho bíblico do Êxodo, apresentado no
início do encontro, o Papa disse que o Povo de Israel estava no deserto,
angustiado sem água e alimentos, esperando por Moisés que subira ao monte
para encontrar o Senhor.
Assim como o deserto é uma imagem da vida humana incerta e sem
garantias, a natureza humana, para fugir da precariedade, procura uma
religião com a qual se orientar: é a eterna tentação de fazer um ‘deus
sob medida’.
As tentações de sempre!
Araão não sabe dizer ‘não’ e cria o bezerro de ouro, que tinha um
duplo sentido no Oriente antigo: por um lado, representava fecundidade e
abundância; por outro, energia e força.
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Audiencia geral de 8 de agosto de 2018
“São as tentações de sempre! O bezerro de ouro é o símbolo de todos os
desejos que oferecem a ilusão da liberdade, mas acabam por escravizar”.
“Tudo isto – completou Francisco – nasce da incapacidade de confiar
antes de tudo em Deus, de depositar Nele as nossas inseguranças, de deixar
que seja Ele a dar a verdadeira profundidade aos anseios de nosso
coração. Sem o primado de Deus, facilmente cai-se na idolatria e
contentamo-nos de poucas seguranças”.
A escravidão do pecado
O bezerro de ouro representa, deste modo, a falta de confiança em
Deus, deixando-nos levar pelas tentações que conduzem à escravidão do
pecado: poder, liberdade, riqueza, etc.
“Quando acolhemos o Deus de Jesus Cristo, descobrirmos que reconhecer a nossa fragilidade não é a desgraça da vida humana, mas a condição para abrir-se Àquele que é realmente forte. A liberdade do homem nasce justamente permitindo que o verdadeiro Deus seja o único Senhor. Isto nos faz aceitarmos a nossa fragilidade e rechaçar os ídolos do nosso coração”.
“Quando acolhemos o Deus de Jesus Cristo, descobrirmos que reconhecer a nossa fragilidade não é a desgraça da vida humana, mas a condição para abrir-se Àquele que é realmente forte. A liberdade do homem nasce justamente permitindo que o verdadeiro Deus seja o único Senhor. Isto nos faz aceitarmos a nossa fragilidade e rechaçar os ídolos do nosso coração”.
Reconhecer a nossa fragilidade e receber a força do Alto
Terminando a catequese, o Pontífice concluiu que “como nos mostrou
Jesus, o Deus verdadeiro é Aquele que se faz pobre para nos tornar
participantes da sua riqueza. É um Deus que se mostra fraco, pregado na
Cruz, para nos ensinar que devemos reconhecer a nossa fragilidade, pois é
ali que encontramos a força do Alto que nos enche com o seu amor
misericordioso”.
Sete mil participantes no encontro semanal
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