Convenção suprema dos Cavaleiros de Colombo, em Baltimor, EUA (08.08.2018)
Na mensagem,
Francisco “encoraja os esforços perseverantes dos cavaleiros de Colombo, a todos os níveis, para testemunhar o amor de Deus através do amor
concreto e a solidariedade para com os pobres e os necessitados”.
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco renovou aos cavaleiros de Colombo, por ocasião da
convenção anual destes, realizada de 7 a 9 de agosto em Baltimor,
nos EUA, gratidão pelo compromisso em “proclamar o Evangelho da família”
– nas vésperas do encontro mundial de Dublin – e pelo apoio aos cristãos
do Médio Oriente que “suportam preconceitos e perseguições por causa de
sua fé”.
Dois mil herdeiros espirituais do Venerável Pe. Michael McGivney –
representando os quase dois milhões presentes hoje no mundo inteiro – reuniram-se pela 136ª vez na arquidiocese primacial estadunidense,
escolhendo este ano como lema “Cavaleiros de caridade”.
União inseparável de fé e caridade
Numa mensagem em inglês ao cavaleiro supremo Carl A. Anderson –
assinada pelo cardeal secretário de Estado Pietro Parolin –, o Pontífice
evoca o carisma fundacional e a admirável história da ordem, com “a
união inseparável de fé e caridade” que levou os primeiros cavaleiros a
trabalhar por uma sociedade fraterna através da formação cristã e o
apoio recíproco dos membros.
Uma realidade ainda atual, observa a mensagem pontifícia, visto que nos nossos dias, o Santo Padre pede a toda a Igreja uma renovada
consciência da “nossa responsabilidade de ser custódios uns dos outros e
de viver concretamente a fé que se expressa através do amor”.
Solicitude pelos mais pequeninos dos irmãos e irmãs
E ao fazê-lo, mediante a recente exortação apostólica sobre o chamamento
à santidade, “Francisco fala das bem-aventuranças como “carta de
identidade” que mostra que somos verdadeiros seguidores de Cristo”.
Ademais, “nelas está delineado o rosto do Mestre, que somos chamados a
deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida” (Gaudete et Exsultate, 63), de modo especial através da amorosa solicitude pelo menor dos irmãos e das irmãs.
“Os grandes santos, cuja imitação de Cristo continua inspirando-nos,
uniam diariamente fé, oração e caridade prática” – prossegue a mensagem.
Solidariedade para com os pobres e necessitados
Por este motivo, o Papa “encoraja os esforços perseverantes dos
cavaleiros de Colombo, a todos os níveis, para testemunhar o amor de
Deus através do amor concreto e a solidariedade para com os pobres e os
necessitados”.
Daí, o enaltecimento pelos “inúmeros atos de caridade praticados
habitualmente de modo silencioso” pelos membros dos Conselhos – as
articulações locais da ordem – que “mostram a verdade das palavras de
madre Teresa de Calcutá”: Deus “humilha-Se e serve-Se de nós, de ti e de
mim, para sermos o seu amor e a sua compaixão no mundo... Ele depende de
nós para amar o mundo e demonstrar-lhe o muito que o ama” (Gaudete et Exsultate, 107).
Iniciativas tragam frutos de uma caridade criativa
Com a esperança expressa pelo Pontífice de que o programa dos
cavaleiros “Fé na ação”, acompanhada da outra iniciativa “Ajudar as
mãos”, tragam os frutos de uma caridade criativa sempre mais apta às
novas formas de pobreza e da necessidade humana que emergem na sociedade
atual.
Em particular, a mensagem faz referência às famílias: efetivamente, no tempo em que se prepara para ir à Irlanda para o encontro mundial, o
Papa agradece aos cavaleiros de Colombo do mundo inteiro pelo
encorajamento “aos homens na sua vocação de maridos e pais
católicos e a defesa deles à autentica natureza do matrimónio e da
família no seio da sociedade”.
E faz votos de que eles continuem a ser guias sobretudo para os
jovens, “que num mundo repleto de luzes contrárias ao Evangelho, buscam
permanecer fiéis discípulos de Cristo e fiéis filhos da Igreja”.
Caridade em prol dos cristãos perseguidos no Médio Oriente
Por fim, Francisco louva a caridade da ordem “a favor dos nossos
irmãos e irmãs” cristãos perseguidos no Médio Oriente e pede que
continuem a rezar pela paz na região, a conversão dos corações, o
diálogo e a justa resolução dos conflitos.
(L'Osservatore Romano)
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