(RV) Na homilia
da Missa de hoje 18 de Janeiro, em Santa Marta, o Papa Francisco
convidou os critãos a reconhecer os sinais dos tempos através do
silêncio, da oração e da reflexão.
O Papa observou que o mesmo nos ensina Jesus no Evangelho: os
doutores da lei o repreendem porque os seus discípulos não jejuavam como
havia sido feito até então. E Jesus responde com este princípio de
vida: “Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o
remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. Ninguém
põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres
velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres
novos'!”.
“O Que é que isso isso significa? Que a lei muda? Não! Que a lei está
ao serviço do homem, que por sua vez está ao serviço de Deus. Por isso,
o homem deve ter o coração aberto. O termo “sempre foi feito assim” é
coração fechado e Jesus nos disse: “Eu enviarei o Espírito Santo e Ele
vos conduzirá até à verdade plena”. Se você tiver o coração fechado à
novidade do Espírito, jamais chegará à verdade plena! E a sua vida
cristã será uma vida metade e metade, remendada de coisas novas, mas
sobre uma estrutura que não está aberta à voz do Senhor. Um coração
fechado, porque não é capaz de mudar os odres”.
“Este foi o pecado do Rei Saul, pelo qual foi rejeitado”, explicou o
Papa. "É o pecado de muitos cristãos que se prendem àquilo que sempre
foi feito e não deixam que os odres mudem. E acabam com uma vida pela
metade, remendada, sem sentido”. O pecado “é um coração fechado” que
“não escuta a voz do Senhor, que não está aberto à novidade do Senhor,
ao Espírito que sempre nos surpreende”. A rebelião, é o “pecado de
divinização”, a obstinação é
“Os cristãos obstinados no “sempre foi assim”, este é o caminho, esta
é a estrada, pecam: pecam por divinização. É como se fossem a uma
cartomante. É mais importante o que foi dito e que não muda; aquilo que
eu sinto, de mim e do meu coração fechado, do que a Palavra do Senhor. É
também pecado de idolatria. E qual é o caminho? Abrir o coração ao
Espírito Santo, discernir qual é a vontade de Deus.”
“Era costume, no tempo de Jesus, disse ainda o Papa, que os
israelitas bons jejuassem. Mas há outra realidade: Existe o Espírito
Santo que nos conduz à verdade plena. Por isso, Ele precisa de corações
abertos, de corações que não sejam obstinados no pecado de idolatria de
si mesmos, porque é mais importante o que eu penso do que a surpresa do
Espírito Santo”:
“Esta é a mensagem que hoje a Igreja nos dá. Isto é, o que Jesus diz
muito forte: “Vinho novo em odres novos”. Diante da novidade do Espírito
e das surpresas de Deus, os hábitos devem se renovar. Que o Senhor nos
dê a graça de um coração aberto, de um coração aberto à voz do Espírito,
que saiba discernir o que não deve mais mudar, porque é fundamento, do
que deve mudar para poder receber a novidade do Espírito Santo.” (M/M.)
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