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(RV) Domingo, 31 de Janeiro, Angelus com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro: na sua mensagem o Santo Padre afirmou que nenhuma condição humana pode constituir motivo de exclusão do coração do Pai, e que o único privilégio aos olhos de Deus é aquele de não ter privilégios.
(RV) Domingo, 31 de Janeiro, Angelus com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro: na sua mensagem o Santo Padre afirmou que nenhuma condição humana pode constituir motivo de exclusão do coração do Pai, e que o único privilégio aos olhos de Deus é aquele de não ter privilégios.
O Papa Francisco começou por comentar o Evangelho deste domingo que
nos leva de novo à sinagoga de Nazaré na Galileia onde Jesus cresceu em
família e é conhecido por todos. A sua vida pública tinha sido já
iniciada e Ele regressa em dia de sábado à sinagoga apresentando-se à
comunidade.
Jesus lê a passagem do profeta Isaías que fala do futuro Messias –
lembrou o Santo Padre – e Jesus declara, como nos escreve S. Lucas, que
“cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir”.
“Os concidadãos de Jesus” – disse o Papa – começaram a murmurar entre
eles e a dizer: ”porque é que este que pretende ser o Consagrado do
Senhor, não repete aqui na sua cidade, os prodígios que se diz ter feito
em Cafarnaum…?
A este propósito Jesus afirma: “Nenhum profeta é bem aceite na sua
pátria” – recordou o Papa que salientou o facto de Jesus ter sido dali
expulso.
“Esta passagem do Evangelho” – sublinhou o Santo Padre – “não é
simplesmente a descrição de um litígio entre vizinhos”, mas coloca em
destaque uma tentação do homem religioso: “considerar a religião como um
investimento humano e, por consequência, colocar-se a “contratar com
Deus procurando o seu próprio interesse”. E o ministério profético de
Jesus é anunciar sem ser excluído e sem privilégios – afirmou o Papa
Francisco:
“… anunciar que nenhuma condição humana pode constituir motivo de
exclusão do coração do Pai, e que o único privilégio aos olhos de Deus é
aquele de não ter privilégios, de estar abandonado nas suas mãos.”
Também “hoje”, nesta praça “cumpriu-se” a Escritura, proclamada por
Jesus na sinagoga – salientou o Papa dizendo que é sempre Jesus que “faz
o primeiro passo” para vir ao nosso encontro visitando-nos com a sua
misericórdia para nos levantar do “nosso orgulho e nos convida a acolher
a consoladora verdade do Evangelho e a caminhar nos caminhos do bem”.
Após a oração do Angelus o Papa Francisco recordou, em particular, o
Dia Mundial dos Doentes de Lepra e saudou os muitos jovens e
adolescentes da Ação Católica da Diocese de Roma presentes na Praça de
S. Pedro com a iniciativa “Caravana pela Paz”.
Dois deles juntaram-se ao Papa na Janela do Palácio Apostólico e
leram um pequeno texto no qual sublinharam o seu empenho pela paz.
O Papa Francisco a todos desejou um bom domingo e um bom almoço.
(RS)
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