02 janeiro, 2016

Papa - o perdão: verdadeiro antídoto ao rancor e a vingança

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(RV)
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“Salve, Mater Misericordia…"

Foi em tom quase de oração, retomando palavras deste antigo hino, que o Papa iniciou a sua homilia no dia 1 de Janeiro à tarde, na Basílica Santa Maria Maior, onde acabava de abrir a Porta Santa. Hino da fé de gerações que pedem a intercepção e a consolação de Nossa Senhora….Mãe da Misericórdia… insistiu o Papa chamando a atenção para a Porta Santa, a Porta da Misericórdia, que acabava de abrir, uma Porta mais do que nunca apropriada para este Ano Jubilar em que invocamos a misericórdia de Deus. Quem atravessa esta Porta - disse - pode ter a certeza de que terá ao seu lado a companhia de Nossa Senhora, mãe da Misericórdia. É a Mãe de Deus que perdoa, que dá o perdão, fruto original da fé cristã. Ela que foi capaz, ao pé da Cruz, de perdoar aqueles que estavam a matar o seu Filho inocente. Por isso, é o ícone da forma como a Igreja deve estender o seu perdão a todos quantos o invocam. Ela ensina que o “perdão oferecido no Gólgota não tem limites”, e “o perdão da Igreja deve ter a mesma extensão daquele de Jesus na Cruz e de Maria a seus pés. Não há alternativa”.

“Mãe da esperança e Mãe da graça, Mãe cheia de Santa alegria

O Papa retoma mais uma vez o hino mariano antigo e de autor desconhecido para dizer que a graça, a esperança, a alegria são dons de Cristo e, Maria dando-nos Jesus, faz-nos o dom do perdão que renova a vida e enche de verdadeira felicidade. Isto permite olhar para o futuro com a alegria de quem espera.
E ainda em tom de oração, o Papa passou a citar este salmo: “Cria em mim, oh Deus, um coração puro, renova em mim um espírito firme. Dá-me a alegria da tua salvação” . E prosseguiu com estas palavras:

A força do perdão é o verdadeiro antídoto à tristeza provocada pelo rancor e pela vingança. O perdão abre à alegria e à serenidade porque liberta a alma do pensamento de morte, enquanto que o rancor e a vingança ofuscam a mente e laceram o coração, tirando-nos o repouso e a paz. Coisas más, são o rancor e a vingança

O Papa convidou todos a atravessar a Porta Santa da Misericórdia com a certeza da companhia de Nossa Senhora e a nos deixarmos acompanhar por Ela na descoberta da beleza do encontro com o seu Filho.

No final da Missa no altar mor da Basílica, o Papa dirigiu-se à capela Mariana em que está protegido o ícone de Nossa Senhora Salus Popoli Romani, abriu a cancela com o mesmo gesto com que tinha aberto a Porta Santa, deteve-se um instante em oração silenciosa e depois pôs um ramalhete de flores junto do ícone em homenagem a Nossa Senhora. Incensiou-a em sinal de veneração e saiu, detendo-se depois alguns instantes no átrio da Basílica com a multidão a quem saudou e recordou que Nossa Senhora nos trouxe a misericórdia de Deus que é o seu Filho. E tal como já tinha feito no final da homilia, pediu para que repetissem com ele três vezes: “ Santa Mãe de Deus, Santa Mãe, Santa Mãe de Deus” . E a todos desejou um bom ano cheio da misericórdia de Deus, que perdoa tudo, tudo…

(DA)

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