(RV) No seu discurso aos líderes do apostolado dos leigos o Papa sublinhou que a Igreja na Coreia é herdeira da fé de gerações de leigos que perseveraram no amor de Jesus Cristo e na comunhão com a Igreja, apesar da escassez de sacerdotes e a ameaça de graves perseguições. E o Papa continuou reiterando que hoje, como sempre, a Igreja precisa de um testemunho credível dos leigos à verdade salvífica do Evangelho, à sua fecundidade na edificação da família humana na unidade, justiça e paz.
O Papa Francisco sublinhou que existe uma única missão da Igreja de Deus, e que cada cristão baptizado tem um papel fundamental nesta missão. Os dons de leigos, homens e mulheres, são múltiplos e o seu apostolado é diversificado, tudo se destina à promoção da missão da Igreja, assegurando que a ordem temporal seja permeada e aperfeiçoada pelo Espírito de Cristo e ordenada à vinda do seu Reino. E o Papa reconheceu de modo particular a obra das muitas associações directamente envolvidas no sair ao encontro dos pobres e necessitados, nas periferias da sociedade. O Papa observou a este propósito que dar assistência aos pobres é coisa boa e necessária, mas não é suficiente. E pediu para se multiplicarem os esforços no âmbito da promoção humana para que cada homem e mulher possa conhecer a alegria que deriva da dignidade de ganhar o pão quotidiano, sustentando assim as próprias famílias.
Por último o Papa reconheceu a preciosa contribuição dada pelas mulheres católicas coreanas à vida e à missão da Igreja, como mães de família, catequistas e professoras e em muitos outros modos. E sublinhou a importância do testemunho dado pelas famílias cristãs. Numa época de crise da vida familiar, as nossas comunidades cristãs são chamadas a apoiar os casais e as famílias a realizarem a sua missão na vida da Igreja e da sociedade. A família permanece a unidade básica da sociedade e a primeira escola na qual as crianças aprendem os valores humanos, espirituais e morais que as tornam capazes de ser faróis de bondade, integridade e justiça nas nossas comunidades.
Entretanto o Papa havia tido antes um inenso, comovente, encontro com pessoas com deficiências em Khottongnae, a que se seguiu outro com as comunidades religiosas na Coreia.
No seu discurso às religiosas o Papa sublinhou que a grande variedade de carismas e de atividades apostólicas enriquece a vida da Igreja na Coreia. A firme certeza de ser amados por Deus é o centro da vocação – disse o Papa – e que só se o testemunho for alegre poder atrair homens e mulheres a Cristo. Tal alegria, insistiu o Papa Francisco, é um dom que se nutre de uma vida de oração, de meditação da palavra de Deus da celebraço dos sacramentos e da vida comunitária. E reiterou que, quer o carisma do Instituto seja orientado mais à vida contemplativa quer se oriente à vida ativa, o grande desafio de todos é aquela de se tornarem ‘especialistas’ na divina misericórdia precisamente através da vida em comunidade. E não existem atalhos: Deus deseja os nossos corações completamente, e isto significa que devemos ‘destacar-nos’ e ‘sair de nós mesmos’ cada vez mais – concluiu o Papa.
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