(RV) Ambiente de festa e de muita alegria no encontro do Papa com os jovens participantes na VI Jornada da Juventude Asiática, numa grande tenda predisposta junto Santuário dos mártires coreanos, em Solmoé, a uns 15 Km de Daejon. O encontro teve lugar neste dia 15 de tarde (manhã na Europa).
O Papa Francisco assistiu inicialmente a um momento de festa e reflexão que incluiu, sucessivamente, uma exibição artística por jovens indonésios, uma intervenção do bispo de Daejon, testemunhos e perguntas formuladas por alguns jovens, e um breve espectáculo "musical" sobre a parábola do Pai misericordioso.
O Santo Padre interveio na segunda parte do encontro, lendo em inglês a alocução que estava preparada, mas improvisando a partir de certa altura diferentes observações (em italiano, com tradução sucessiva em coreano). Eis um breve resumo da parte da intervençáo escrita lida pelo Papa.
Papa Francisco deteve-se inicialmente a reflectir sobre uma parte do tema destas Jornadas: «A glória dos Mártires resplandece sobre vós». “Tal como o Senhor fez resplandecer a sua glória no testemunho heróico dos mártires, do mesmo modo deseja que a sua glória resplandeça na vossa vida e, por vosso intermédio, deseja iluminar a vida deste grande Continente” – disse o Papa.
Hoje Cristo bate à porta do vosso coração; convida a levantar-vos, a permanecer bem despertos e atentos, a ver as coisas que verdadeiramente contam na vida. Mais ainda! Pede-vos para irdes pelas estradas e caminhos deste mundo e baterdes à porta do coração dos outros, convidando-os a recebê-Lo na sua vida.
O Papa insistiu naquele que é projecto de Deus: a “construção de um mundo onde todos vivam juntos em paz e amizade, superando as barreiras, recompondo as divisões, rejeitando a violência e os preconceitos.”
Isto é justamente o que Deus quer de nós. A Igreja é germe de unidade para a família humana inteira. Em Cristo, todas as nações e povos são chamados a uma unidade que não destrói a diversidade, mas a reconhece, harmoniza e enriquece.
O Papa reconheceu que “muitas vezes nos parece que as sementes de bem e de esperança que procuramos semear acabam sufocadas pelos cardos do egoísmo, da inimizade e da injustiça; e não só ao redor de nós, mas também nos nossos corações. Preocupa-nos o desnível crescente entre ricos e pobres nas nossas sociedades. Vemos sinais de idolatria da riqueza, do poder e do prazer, que se obtêm com custos altíssimos para a vida humana. Ao nosso lado, muitos dos nossos amigos e coetâneos, embora rodeados de grande prosperidade material, sofrem de pobreza espiritual, solidão e silencioso desespero. Parece quase que Deus fora removido deste horizonte” – reconheceu o Papa. Mas é precisamente aqui que os jovens asiáticos estão chamados a intervir, com fé e esperança:
É como se um deserto espiritual se estivesse propagando em todo o mundo. Este deserto atinge também os jovens, roubando-lhes a esperança e, em demasiados casos, até a própria vida. E, no entanto, este é o mundo aonde estais chamados a ir testemunhar o Evangelho da esperança, o Evangelho de Jesus Cristo e a promessa do seu Reino.
Dizendo ainda aos jovens que Deus conta com eles e com a sua geração, o Papa insistiu perguntando aos jovens se estão prontos a dizer sim a Cristo, e depois perguntou-lhes se não estavam cansados e se queriam continuar a ouvi-lo. A resposta a ambas as perguntas foi positiva e o Papa continuou improvisando em italiano e respondendo às questões que lhe tinham sido dirigidas pelos jovens… Questões centradas sobre “o que o Senhor quer da minha vida”. O Papa disse aos jovens que é preciso escutar a voz de Jesus, é Ele e com o conselho de leigos, sacerdotes, bispos, papas, leigos, encontrar o caminho que o Senhor quer para mim”.
Sem comentários:
Enviar um comentário