Desde
sempre o coração foi visto e sentido, pelo homem, como a fonte do amor, o
gerador dos sentimentos do homem.
É
normal ouvir-se dizer que uma pessoa boa é uma pessoa de bom coração.
O
coração é assim, (para além dos conceitos médico/científicos), o centro da vida
do homem em tudo aquilo que ele vive física, emocional, sentimental e até
espiritualmente.
Que
dizer então do Coração do Homem perfeito, daquele que sendo Homem era Deus, e
sendo Deus se fez Homem?
Que
dizer do Coração de Jesus Cristo?
É
afinal o Coração de Deus, do Deus que se fez Homem, do Deus que quis ter
coração como o coração dos homens.
Mas
o Coração de Jesus, Coração de Deus, Coração do Homem, é:
Um
Coração que “apenas” sabe amar.
Um
Coração que “apenas” sabe querer.
Um
Coração que “apenas” sabe acolher.
Um
Coração tão grande e infinito que nele todos cabem: os que O amam, os que não O
amam, os que O rejeitam, os que Lhe dedicam indiferença.
“Dou-te
o meu coração”, dizemos nós, quando queremos mostrar o nosso amor por alguém.
Mas é sempre, obviamente, uma afirmação simbólica, um desejo que nunca
conseguimos cumprir na totalidade.
“Dou-te
o meu Coração”, diz Jesus, e dá-O efectivamente, entrega-O, esgota-O, (embora
Ele nunca se esgote), é enfim um desejo divino que se torna inteira e total
realidade.
No
Coração de Jesus encontramos o tudo da salvação, o amor e o perdão, o
acolhimento e o envio, o divino e o humano, a vida agora e a vida para além da
morte, a porta aberta de um Coração que não aprisiona, porque “apenas” ama, e o
amor é sempre liberdade.
Sabemos
bem que todos estamos no Coração de Deus!
A
pergunta que nos devemos fazer é saber se nos nossos corações está também, por
nossa vontade, o Sagrado Coração de Jesus.
Marinha
Grande, 19 de Junho de 2014
Joaquim
Mexia Alves
Nota:
Texto
publicado no “Grãos de Areia”, boletim mensal da paróquia da Marinha Grande.
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