14 agosto, 2014

O gesto da paz mantém-se depois do Pai-Nosso e antes da comunhão


(RV) É já oficial: a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, optou por manter, durante a missa, o gesto da paz depois do Pai-Nosso e antes da Comunhão. A mudança do rito da paz para um outro momento da Missa, por exemplo antes do ofertório, tinha sido discutida durante o Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia, em 2005, mas a maioria das Conferências Episcopais consultadas sobre o assunto pronunciou-se contra uma mudança estrutural.
“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz": a paz é o dom que Cristo Ressuscitado continua a oferecer à sua Igreja reunida para a celebração da Eucaristia. O gesto da paz comporta um grande valor no nosso tempo marcada por numerosos conflitos. Pela sua oração e testemunho, os cristãos têm a missão de acalmar os temores profundos da humanidade e favorecer a instauração de um mundo mais justo e pacífico
Realizado antes do partir do pão, este gesto tem um profundo significado teológico. Mas ele deve ser feito com sobriedade e para não perturbar o sentido sagrado da celebração eucarística. Ora, este gesto causa por vezes uma certa agitação entre os fiéis, mesmo pouco antes da comunhão. As Conferências Episcopais de todo o mundo são, portanto, convidadas a preparar catequeses litúrgicas sobre o significado deste rito, o seu desenvolvimento no quadro da celebração da Missa e sobre o significado cristão da paz.
Será necessário mudar nas novas edições do missal nos países onde foram adotados gestos profanos. Numa uma circular aprovada pelo Papa Francisco, a Congregação dá várias indicações práticas. Ela recorda também que o gesto da paz não é mecânico, que não é obrigatório e que pode ser omitido pelo celebrante. A circular adverte contra a introdução de um canto de paz e pede aos fiéis, bem como ao celebrante, para não se deslocarem para dar a paz.
Para a Congregação para o Culto Divino, é essencial não apenas promover uma melhor expressão do sinal de paz, corrigindo os abusos e moderando os excessos que suscitam a confusão na assembleia litúrgica. É também necessário melhorar a sua compreensão.

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