09 agosto, 2014

Papa Francisco deseja exprimir proximidade aos cristãos iraquianos vítima de violência: ouça Cardeal Filoni, seu Enviado pessoal

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(RV) O Papa lançou um novo Tweet nesta sexta-feira na sua conta @Pontifex. Diz o texto: "Peço a todos os homens de boa vontade que se unam às minhas orações pelos cristãos iraquianos e por todas as comunidades perseguidas". E, à luz das graves situações no Iraque, o Santo Padre nomeou o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, como seu Enviado pessoal para exprimir a sua proximidade espiritual às populações que sofrem e levar-lhes a solidariedade da Igreja. A este propósito, o Cardeal Filon foi entrevistado pela Rádio Vaticano:

Cardeal Fernando Filoni:- "Certamente é um gesto de confiança do Papa em relação a mim, mas diria que, sobretudo, é um gesto que manifesta a solicitude do Papa para com a situação destes cristãos, que sofrem neste momento: o sofrimento por terem deixado a própria casa e por verem as suas raízes ceifadas, por terem sido humilhados, deixando as suas casas assim como estavam e buscando refúgio em outro lugar. Portanto, esta solicitude do Papa parece-me ser a coisa mais importante e, desse ponto de vista, espero poder ir ao encontro da exigência de tantas pessoas e não somente manifestando este aspecto próprio da solicitude do Papa, mas também buscando ver junto com o Patriarcado o que podemos fazer como Igreja universal".

RV: Certamente será uma viagem difícil e delicada: já se tem alguma ideia em relação à sua organização?

Cardeal Fernando Filoni:- "Neste momento estamos tentando organizar a viagem, mesmo porque não é fácil chegar ao lugar... Mas não é necessário por demais assustar-se. Indubitavelmente disporemos do que for necessário para realizar a viagem e ver de que modo por algum tempo podemos estar próximos deste povo".

RV: O Patriarca caldeu Dom Sako falou em riscos de genocídio...

Cardeal Fernando Filoni:- "O Patriarca Sako encontra-se in loco e, portanto, conhece muito bem muitos aspectos que, infelizmente, podem passar-nos despercebidos. Infelizmente, não é a primeira vez que o povo cristão desta área se vê obrigado a migrações e também a sofrimentos indizíveis. Isso já havia começado quase um século atrás e se repetiu mais vezes durante a história destes últimos 90 anos de vida do Iraque, quando o território passou do Império Otomano a um Estado independente como todos os outros países da região. Portanto, é uma população que ainda carrega sofrimentos dentro de si e compreendo também a expressão do Patriarca".

RV: Gostaria de lançar um apelo às populações que irá visitar?

Cardeal Fernando Filoni:- "Em primeiro lugar, procurarei levar a solidariedade e a proximidade na oração, inclusive concretamente. Estou certo de que também depois o Santo Padre me dirá aquilo que ele deseja apresentar a esta população, que é querida para o Papa, bem como para a Igreja no mundo inteiro."

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