Agora
lemos e vemos permanentemente em jornais, revistas, televisões, etc., frases
acompanhadas de fotografias, tais como:
«Papa
Francisco almoça na cantina do Vaticano.»
«Papa
Francisco pára para falar com deficiente.»
«Papa
Francisco telefona a esta ou àquele.»
e
podia continuar, enchendo folhas e folhas de papel com todas estas notícias
sobre o Papa Francisco.
Antes
de mais, quero louvar a Deus por este Papa que nos quis dar, neste tempo em que
o mundo tanto necessita de testemunhos de paz, de humildade, de amor, enfim,
testemunhos de Deus.
Depois
afirmar que, para mim, todas estas notícias, todos estes testemunhos, me tocam
e exortam a querer ser melhor cristão, mais católico, (universal), a querer ser
mais Igreja com todos e para todos.
Mas
também me apetece perguntar se a razão da comunicação social tanto noticiar o Papa
Francisco se prende com a bondade de querer testemunhar este extraordinário
exemplo, ou se pretendem fazer comparações com outros Papas, (criando divisão),
ou de alguma forma atacar a Igreja antes deste Papa?
E
depois perguntar ainda se, de alguma forma, os testemunhos deste Papa são
noticiados para exercerem boa influência na sociedade, ou se são noticiados
apenas como “fait divers”, que não levam a qualquer reflexão sobre a vida e a
sociedade, até da parte daqueles que colocam tais notícias?
É
que se as notícias sobre estes testemunhos da Papa Francisco servem apenas como
“arma de arremesso” em desfavor dos anteriores Papas, ou como se houvesse uma
pretensa “nova” Igreja, desiludam-se porque não é essa de modo nenhuma a vontade
de Francisco, mas apenas e tão só ser o homem que o Espírito Santo entendeu
colocar à frente da Igreja com todos as suas qualidades, capacidades, carismas
e até defeitos, (que os terá, sem dúvida), no tempo certo, para sociedade deste
tempo.
Vejamos
todas essas fotografias com olhos de ver, leiamos todas essas notícias com a
bondade do coração, rezemos cada vez mais pelo Papa Francisco e pela Igreja, e,
sobretudo, tentemos imitar o seu testemunho de humildade e amor ao próximo.
Então
sim, acredito que estaremos a entender perfeitamente os gestos do Papa,
estaremos a construir a Igreja de Cristo, que começou em Pedro e continuou
pelos seus Sucessores, até chegar a este Francisco que Deus nos deu.
Marinha
Grande, 28 de Julho de 2014
Joaquim Mexia Alves
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