30 julho, 2014

A Santa Sé propõe à atenção dos governos as preocupações do Papa pela paz


(RV) “Não haverá nenhum futuro no Médio Oriente sem a presença e a contribuição dos cristãos”: foi o que disse o Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, durante a Divina Liturgia celebrada em San Diego, Califórnia, na Catedral da Eparquia caldeia. Rezando pelos cristãos perseguidos no Iraque, a pátria da Igreja Caldéia, o purpurado recordou também os cristãos da Síria, Palestina, Egito, assim como a delicada situação na Ucrânia dos greco-católicos, expressando a proximidade e o encorajamento do Papa a “perseverar com força na fé e na esperança”.

Citando, então, as palavras do Patriarca caldeu Louis Sako, o Cardeal Sandri destacou que hoje, “pela primeira vez na história do Iraque, em Mossul não há cristãos”, e que “o país se aproxima de um desastre humanitário, cultural e histórico”. Também o Patriarca Maronita Bechara Boutros Rai, acrescentou o cardeal prefeito, exortou os perseguidores dos cristãos ao diálogo, em nome da “humanidade comum”, e convidando a escolher o “diálogo, a compreensão, o respeito pelo outro” no lugar “de armas, do terrorismo e da violência”.

“Nenhuma religião - reiterou o Cardeal Sandri - pode aceitar matar os filhos de Deus, em nome do próprio Deus”, sublinhando que “os cristãos do mundo devem ser a voz” dos marginalizados da sociedade e devem “defender firmemente os seus direitos”. Daqui, o convite a rezar em silêncio, um silêncio que, no entanto, “não é de indiferença, porque extrai a sua força do silêncio de Cristo na cruz e está cheio de Amor eterno, do qual nada nos pode separar”.

Por fim, o cardeal expressou a sua alegria pela grande presença de sacerdotes na liturgia, juntamente com os animadores, o coro e os cerca de mil fiéis, pedindo paz e justiça para todos os que são afetados por uma violência incrível e sem sentido.


Na sua chegada, o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais foi recebido pelo bispo da Eparquia caldeia, Dom Sarhad Jammo, que destacou “o imenso conforto” que o representante pontifício trazia a todos os cristãos do Oriente com sua visita e a sua oração. (SP/RS)

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