(RV) Papa Francisco celebrou esta manhã a Eucaristia num antigo estádio da cidade de Campobasso. A proteger o altar do sol estivo, uma ligeira cobertura em canas de bambu, cobertas por alguns ramos verdes.
Na homilia, o Papa sublinhou “dois aspetos essenciais da vida da Igreja: um povo que serve a Deus e um povo que vive na liberdade que Ele lhe dá. “Antes de mais, nós somos um povo que serve a Deus. O serviço a Deus realiza-se em diversos modos, em particular na oração, no anúncio do Evangelho e no testemunho da caridade. E o ícone da Igreja é sempre a Virgem Maria, a serva do Senhor”.
“É na escola da Mãe, que a Igreja aprende a tornar-se, dia após dia, “serva do Senhor”, pronta a partir para ir ao encontro das situações de maior necessidade, a sermos muito atentos aos pequenos e aos excluídos.
“O testemunho da caridade é a via mestra da evangelização. Nisto, a Igreja sempre esteve na primeira linha, presença materna e fraterna que partilha as dificuldades e as fragilidades das pessoas”.
“Encorajo-vos todos, padres, pessoas consagradas, leigos, a perseverar neste caminho, servindo a Deus no serviço aos irmãos e difundindo por toda a parte a cultura da solidariedade."
Há tanta necessidade deste empenho, perante as situações de precariedade material e espiritual, especialmente perante o desemprego, praga que exige todos os esforços e muita coragem da parte de todos – observou o Papa.
“Há que colocar a dignidade da pessoa humana no centro de todas as perspectivas e de todas as acções. Outros interesses, mesmo legítimos, são secundários”.
Finalmente, uma referência ao segundo aspeto inicialmente acenado: a liberdade do povo de Deus. “A Igreja é livre na liberdade de Deus, que se concretiza no amor”.
“É esta a liberdade que, com a graça de Deus, experimentamos na comunidade cristã, quando nos colocamos ao serviço uns dos outros. Então o Senhor liberta-nos de ambições e rivalidades, que ameaçam a unidade e a comunhão. Liberta-nos do desânimo, da tristeza, do medo, do vazio interior, do isolamento, das nostalgias, das lamentações”.
“Os discípulos do Senhor, embora permanecendo sempre débeis e pecadores, estão chamados a viver com alegria e coragem a própria fé, a comunhão com Deus e com os irmãos e a enfrentar com fortaleza as fadigas e as provações da vida”.
No final da Missa, ainda antes do almoço, o Papa segue para a catedral de Campobasso, onte terá um encontro com pessoas doentes. Como habitual nas suas viagens, o Papa Francisco almoçará com pobres, assistidos pela Cáritas, na ‘Casa dos Anjos’, ainda na cidade de Campobasso.
Pelas 14h30, o Papa faz nova viagem de helicóptero, rumo a Castelpetroso, cerca de 30 quilómetros a leste de Campobasso, onde o Papa Francisco se vai encontrar com os jovens das dioceses de Abruzzo e do Molise. O programa inclui, às 16h00, uma viagem de carro até Isérnia, onde meia hora depois o Papa discursará para os detidos da prisão local.
Os dois últimos encontros desta viagem papal têm lugar na Catedral de Isérnia: um encontro com doentes às 17h45 e com as autoridades locais pelas 18h15, dando, assim, início ao Ano Jubilar Celestiniano, no oitavo centenário do nascimento de São Celestino V, Pietro Angeleri de Morrone (1209-1296), monge que fundou a Ordem dos Celestinos e passou à história por renunciar voluntariamente ao papado após 5 meses de pontificado.
Às 19h30, o Papa Francisco partirá de Isernia de regresso ao Vaticano estando prevista a sua chegada pelas 20h15 locais terminando, assim, mais uma visita pastoral em solo italiano.
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