(RV) Esta semana a atividade do Santo Padre esteve muito reduzida e assim se manterá pelo menos até final de agosto, devido ao período de verão que se vive na Europa. Desta forma, registamos na rubrica de hoje os seguintes assuntos:
a vídeo-mensagem do Papa Francisco aos doentes e funcionários do Policlínico Gemelli,
o contacto telefónico com os Presidentes Peres e Abbas para reafirmar o desejo de paz na Terra Santa perante a escalada militar que aconteceu nos últimos dias na Faixa de Gaza,
e, finalmente, no final desta rubrica daremos destaque ao Angelus deste domingo.
Comecemos então pela vídeo-mensagem do Papa Francisco dirigida aos doentes e funcionários do Policlínico Universitário “Agostino Gemelli”, o Hospital de Roma que o aguardavam no passado dia 27 de junho, mas o Santo Padre não pôde realizar esta visita devido a uma leve indisposição.
Na vídeo-mensagem, o Papa Francisco revelou o motivo do cancelamento da visita: uma forte dor de cabeça, que já tinha desde manhã mas que foi piorando durante o dia.
“Sei que tudo tinha sido preparado com entusiasmo e paixão para recordar os 50 anos da inauguração em Roma do Policlínico Universitário ‘Agostino Gemelli’, anexo à Faculdade de Medicina e Cirurgia. Tudo estava pronto; ou melhor, como puderam ver, os meus mais estreitos colaboradores já se encontravam no Gemelli, mas poucos minutos antes de partir, uma forte dor de cabeça que tinha desde manhã, e que esperava que passasse, foi piorando e a esta se acrescentou também a náusea.”
“Compreendo a insatisfação não somente dos responsáveis, mas também de todos aqueles que trabalharam com tanto esforço e paixão. Compreendo sobretudo a desilusão dos doentes já prontos para poder rezar juntos durante a Santa Missa, e que teria tido o gosto de saudar pessoalmente.”
Aos doentes, o Papa Francisco afirmou que o período de verão que estão vivendo pode representar mais dificuldade ou solidão, pois muitas pessoas saem de férias, mas pediu que cultivem na oração o prazer das coisas de Deus, que testemunhem que somente Deus é a nossa força.
“Vós, enfermos, que sentis a fragilidade do corpo, podeis testemunhar com força às pessoas que estão ao vosso redor que o bem precioso da vida é o Evangelho, o amor misericordioso do Pai, e não o dinheiro ou o poder. De facto, mesmo quando uma pessoa é, segundo as lógicas mundanas, importante, não pode acrescentar um só dia à própria vida.”
Por fim, o Papa Francisco agradeceu a todos os funcionários pela “paixão” com que trabalham e dirigiu-se mais uma vez aos doentes:
“Saibam que desejei muito este encontro, mas, como bem sabeis, nós não somos donos da nossa vida e não podemos fazer como bem queremos. Devemos aceitar as fragilidades. Cultivem comigo a confiança que somente em Deus depositamos a nossa força. Eu vos confio a Maria e vocês continuem rezando por mim.”
Com a situação na Faixa de Gaza a agravar-se de dia para dia o Papa Francisco na senda do seu apelo pela paz na Terra Santa no domingo dia 13, telefonou pessoalmente na manhã de sexta-feira, dia 18, aos Presidentes israelita Shimon Peres e palestiniano Mahmoud Abbas. O Papa partilhou com os dois presidentes “as gravíssimas preocupações na atual situação do conflito” que – refere um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé – “envolve de modo particular a Faixa de Gaza e que, num clima de crescente hostilidade, ódio e sofrimento para os dois povos, está provocando numerosas vítimas e dando lugar a uma situação de grave emergência humanitária”.
Como havia feito durante a sua recente peregrinação à Terra Santa e por ocasião da oração pela paz aos 8 de junho, nos Jardins do Vaticano, o Papa Francisco “assegurou a sua incessante oração e a de toda a Igreja, em favor da paz na Terra Santa e partilhou com os seus interlocutores - que considera homens de paz e que querem a paz -, a necessidade de se continuar a rezar e de comprometer-se em fazer sim com que todas as partes interessadas e todos os que têm responsabilidades políticas a nível local e internacional, se empenhem em fazer cessar todas as hostilidades, trabalhando em favor de uma trégua, da paz e da reconciliação dos corações”.
No Angelus deste domingo dia 20 o Papa Francisco manifestou uma vez mais a sua profunda preocupação pela situação dos cristãos no Iraque e em todo o Médio Oriente:
Soube com preocupação as notícias que chegam das comunidades cristãs em Mosul (Iraque) e outras partes do Médio Oriente, onde eles viveram desde o início do cristianismo, com os seus concidadãos, oferecendo um significativo contributo ao bem da sociedade. Hoje são perseguidos, os nossos irmãos, são mandados embora, devem deixar as suas casas sem ter a possibilidade de levar nada consigo. Asseguro a estas famílias e a estas pessoas a minha proximidade e a minha constante oração. Caríssimos irmãos e irmãs, tão perseguidos, eu sei quanto sofreis, eu sei que sois despidos de tudo, , estou convosco na fé naquele que venceu o mal. E a vós aqui na Praça, e a todos os que nos seguem … convido-vos a recordá-los na oração. Vos exorto também a perseverar na oração pelas situações de tensão e conflito que persistem em diversas partes do mundo, especialmente no Médio Oriente e na Ucrânia. Que o Deus da paz inspire em todos um autêntico desejo de diálogo e reconciliação. A violência não se vence com a violência. A violência vence-se com a paz!
E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 14 a 20 de julho. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)
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