Termas de Monte Real |
Viram-te as águas, ó Deus.
Viram-te as águas e tremeram,
e até os abismos se agitaram.
…
O mar foi para Ti um caminho:
Caminhaste por entre águas caudalosas
e ninguém descobriu as tuas pegadas. SI 77 (76),
17-20.
Abriu-se o mar Vermelho para o teu povo passar!
Aquilo que parecia uma impossibilidade, todo aquele
imenso mar, tornou-se caminho para a salvação daquele povo, o povo que tinhas
chamado a Ti e para Ti.
Quando hoje olhava para as imagens das “minhas”
Termas debaixo de água, as palavras que me vieram ao coração foram exactamente
estas: «Viram-te as águas e tremeram.»
Não há águas mais fortes do que Tu e daqueles que
em Ti confiando e esperando, não cruzam os braços, mas lançam-se à luta,
sabendo que não lhes faltarás.
Assim tem sio, Senhor, ao longo desta última década
em que tantas provações me tem sido dado a passar.
Mas tens colocado ao meu lado, comigo, aqueles que
tudo dão também, desde a família sempre presente, àqueles que connosco trabalham
e abnegadamente tudo dão para o bem estar de todos.
«Viram-te as águas e tremeram» e também eu tremi
quando vi as águas!
Mas foi por pouco tempo, Senhor, porque logo me
veio o pensamento que sempre me acompanha: O Senhor nunca me faltou, o Senhor
não me faltará!
Louvado sejas, Senhor, porque fortaleces a fé que
me deste em cada provação que me é dado a viver.
Nas palavras de Job 1, 21, Senhor, exprimo-Te a
minha adoração:
«Saí nu do ventre da minha mãe
e nu voltarei para lá.
O Senhor mo deu, o Senhor mo tirou;
bendito seja o nome do Senhor!»
Monte Real, 15 de Fevereiro de 2014
Joaquim Mexia Alves
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