(RV) Ao meio-dia, antes da oração mariana do Angelus, o Papa Francisco começou por recordar que neste Domingo também se celebra o Dia Mundial da Vida Consagrada, que recorda a importância para a Igreja daqueles que acolheram a vocação para seguir a Jesus mais de perto no caminho dos conselhos evangélicos. E, citando o Evangelho que narra Maria e José que levam o Menino Jesus ao Templo quarenta dias após o seu nascimento, para oferecê-lo e consagrá-lo a Deus segundo a lei de Moisés, o Papa explicou:
Este episódio evangélico constitui também um ícone da doação da própria vida por parte daqueles que, por um dom de Deus, assumem os traços típicos de Jesus virgem, pobre e obediente, o Consagrado do Pai. Esta oferta de si próprio a Deus – continuou o Papa - diz respeito a cada cristão, porque todos nós somos consagrados a Ele através do Baptismo. Todos somos chamados a oferecer-nos com Jesus e como Jesus ao Pai fazendo da nossa vida um dom generoso na família, no trabalho, no serviço à Igreja, mas os religiosos fazem-no de maneira muito particular:
No entanto, tal consagração é vivida de uma maneira particular pelos religiosos, pelos monges e pelos leigos consagrados que, com a profissão dos votos, pertencem a Deus de modo pleno e exclusivo. Esta pertença ao Senhor permite - àqueles que a vivem de forma autêntica - oferecer um testemunho especial ao Evangelho do Reino de Deus.
As pessoas consagradas são, pois, um sinal de Deus nas diferentes ambientes de vida, são fermento para o crescimento de uma sociedade mais justa e fraterna, profecia de partilha com os pequenos e os pobres. A vida consagrada assim entendida e vivida apresenta-se-nos como ela é realmente: um dom de Deus! Cada pessoa consagrada é um dom para o Povo de Deus em caminho – sublinhou o Papa, recordando o insubstituível papel das religiosas nos hospitais, nas missões e nas escolas. E existe grande necessidade, observou ainda o Papa Francisco, deste tipo de presença que reforça e renova o empenho da difusão do Evangelho, da educação cristã, da caridade para com os mais necessitados, da oração contemplativa, da formação, e o empenho para a justiça e a paz na sociedade:
A Igreja e o mundo precisam deste testemunho do amor e da misericórdia de Deus. Por isso é necessário valorizar com gratidão as experiências de vida consagrada e aprofundar o conhecimento dos diferentes carismas e espiritualidades.
É, por isso, necessário rezar para que muitos jovens respondam “sim” ao Senhor que os chama para se consagrarem totalmente a Ele para um serviço desinteressado aos irmãos:
Por todas estas razões, como já foi anunciado, o ano de 2015 será dedicado de modo especial à vida consagrada. Confiemos desde agora esta iniciativa à intercessão da Virgem Maria e de São José que, como pais de Jesus, foram os primeiros a ser consagrados por Ele, e a consagrar a sua vida a Ele. Após mo Angelus o Papa saudou as famílias, paróquias, associações e todos os peregrinos vindos de Roma, da Itália e de muitas partes do mundo, e em particular saudou os estudantes espanhóis de Villafranca de los Barros e Zafra, os devotos do beato Stephen Bellesini de Verona, os fiéis de Taranto, os coros dos Turriaco, Modena e da província de Taranto.
E O Papa recordou igualmente que se comemora neste Domingo na Itália o Dia da Vida, cujo tema é "gerar o futuro". Por esta ocasião o Papa dirigiu uma particular saudação e encorajamento às associações, movimentos e centros culturais empenhados na defesa e promoção da vida, e se associou aos bispos italianos em reiterar que "cada filho é face do Senhor, amante da vida, um dom para a família e para a sociedade":
Cada qual no papel e âmbito que lhe diz respeito, sinta-se chamado a amar e servir a vida, a acolhê-la, respeitá-la e promovê-la, sobretudo quando ela é frágil e precisa de atenção e cuidado, desde o ventre materno até ao seu fim nesta terra.
O Papa Francisco saudou ao Cardeal Vigário, a quantos estão empenhados na Diocese de Roma na animação do Dia da Vida e aos docentes universitários que, nesta ocasião, organizaram conferências sobre as actuais problemáticas relacionadas com a natalidade.
E a concluir o Papa Francisco dirigiu um pensamento particular às populações de Roma e Toscana, vítimas de inundações por causa das intensas chuvas nos últimos dias, exprimindo o seu desejo “para que não falte a estes irmãos a nossa solidariedade concreta e a nossa oração” – disse.
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