Amedeo Lomonaco, Silvonei José – Vatican News
"Ave Maria": são estas as últimas palavras que São Maximiliano Kolbe, nascido na Polónia em 1894, pronunciou em Auschwitz em 14 de agosto de 1941, antes de morrer. A última parte da sua vida foi uma provação partilhada com outros prisioneiros no campo de extermínio. Após a deportação, ele foi despojado do seu hábito franciscano e destinado ao trabalho mais humilhante, como o transporte dos cadáveres para o crematório. Ele recebeu o número de série 16670. Após a fuga de um prisioneiro, dez prisioneiros são enviados para o chamado bunker da fome no Bloco 13 e são condenados a morrer de fome. O padre Kolbe ofereceu a sua vida em troca de um pai de família, Franciszek Gajowniczek, que muitos anos depois recordou aquele momento dramático com estas palavras: "Kolbe saiu da fila, arriscando ser morto naquele momento, para pedir ao Lagerfhurer para me substituir. Era inconcebível que a proposta fosse aceita, de facto muito mais provável que o padre fosse adicionado aos dez selecionados para morrer juntos de fome e de sede. Mas não! Contra o regulamento, Kolbe salvou a minha vida”.
O padre Kolbe e a medalha milagrosa
O Padre Maximiliano Maria Kolbe, em 1918, depois de ser ordenado sacerdote, celebrou a sua primeira missa em Roma, em “Sant'Andrea delle Fratte”. Foi o lugar onde, em 20 de janeiro de 1842, a Imaculada Conceição da medalha milagrosa apareceu ao judeu Alfonso Ratisbonne. O jovem judeu, que usava a medalha no pescoço como uma brincadeira, converteu-se instantaneamente. A medalha milagrosa foi cunhada pela vontade de Nossa Senhora expressa a Santa Catarina Labouré na aparição de 27 de novembro de 1830. O Padre Alfonso Longobardi, vice-pároco de “Sant'Andrea delle Fratte”, recorda a ligação entre o padre Kolbe, e a igreja romana, não muito distante da Praça de Espanha e a medalha milagrosa.
R. - O padre Maximiliano Kolbe teve uma veneração especial pela Virgem Maria, a Imaculada. Aqui em “Sant'Andrea delle Fratte”, a 20 de janeiro de 1842, a Virgem Imaculada apareceu a Alfonso Ratisbonne, um ateu pertencente a uma família judaica e também maçon. Para Maximiliano Kolbe, esta história é fascinante: Maria com a sua beleza e luz converte este homem.
Qual é a ligação do padre Maximilian Kolbe com a medalha milagrosa?
R.- Existe este vínculo porque Alfonso Ratisbonne usava a medalha como brincadeira. Um amigo, que se tinha convertido, pediu-lhe que a usasse. E ele disse-lhe que também seria convertido. Alfonso pegou-a para zombar dele. Aquela medalha será depois fundamental. Afonso dirá ter visto Nossa Senhora, tal como ela é representada na medalha, cunhada após a aparição a Santa Catarina Labouré. E é muito simples. De um lado está a Virgem Maria, com uma oração a Maria. Do outro lado está a letra Maria, M, incrustada na cruz e em dois corações: o Sagrado Coração de Jesus e o coração doloroso da Virgem Maria. Esta medalha torna-se para o padre Kolbe o brasão, o sinal exterior que cada membro da Milícia da Imaculada deve levar consigo.
O Padre Kolbe levava consigo e tinha no peito este sinal, no dia 14 de agosto de 1941, dia da sua morte em Auschwitz...
R. – Também ali, em Auschwitz, a vida do padre Kolbe foi uma vida de apóstolo. Uma coisa particular impressiona-me muito para além de como ele morreu: o facto de que com sua presença naquelas celas, ele torna-se uma presença de esperança. Conta-se que nas celas não há mais gritos e choros, mas canções e orações. E, não por acaso, as últimas palavras do padre Maximiliano Maria Kolbe antes da sua morte serão: "Ave Maria". Poderíamos dizer que estas palavras são a síntese de uma vida que se doa e se coloca nas mãos da Imaculada e torna-se um instrumento de santidade.
Qual é a ligação do padre Maximilian Kolbe com a medalha milagrosa?
R.- Existe este vínculo porque Alfonso Ratisbonne usava a medalha como brincadeira. Um amigo, que se tinha convertido, pediu-lhe que a usasse. E ele disse-lhe que também seria convertido. Alfonso pegou-a para zombar dele. Aquela medalha será depois fundamental. Afonso dirá ter visto Nossa Senhora, tal como ela é representada na medalha, cunhada após a aparição a Santa Catarina Labouré. E é muito simples. De um lado está a Virgem Maria, com uma oração a Maria. Do outro lado está a letra Maria, M, incrustada na cruz e em dois corações: o Sagrado Coração de Jesus e o coração doloroso da Virgem Maria. Esta medalha torna-se para o padre Kolbe o brasão, o sinal exterior que cada membro da Milícia da Imaculada deve levar consigo.
O Padre Kolbe levava consigo e tinha no peito este sinal, no dia 14 de agosto de 1941, dia da sua morte em Auschwitz...
R. – Também ali, em Auschwitz, a vida do padre Kolbe foi uma vida de apóstolo. Uma coisa particular impressiona-me muito para além de como ele morreu: o facto de que com sua presença naquelas celas, ele torna-se uma presença de esperança. Conta-se que nas celas não há mais gritos e choros, mas canções e orações. E, não por acaso, as últimas palavras do padre Maximiliano Maria Kolbe antes da sua morte serão: "Ave Maria". Poderíamos dizer que estas palavras são a síntese de uma vida que se doa e se coloca nas mãos da Imaculada e torna-se um instrumento de santidade.
VN
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