30 agosto, 2020

Papa Francisco: cada um de nós deve tomar a própria cruz

 
 
“Se quisermos ser seus discípulos, somos chamados a imitá-Lo, entregando as nossas vidas sem reservas por amor a Deus e ao próximo”, palavras do Papa Francisco ao falar sobre o compromisso de cada um de nós de “tomar a nossa própria cruz”
 
Jane Nogara – Vatican News
 
Na oração do Angelus deste domingo (30/08) o Santo Padre refletiu sobre o compromisso de cada um de nós de “tomar a própria cruz”. Francisco discorreu sobre o Evangelho de Mateus quando Jesus pela primeira vez falou aos seus discípulos sobre o final que o espera na Cidade Santa:
“Diz que terá de ‘sofrer muito por parte dos anciãos, dos chefes dos sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitar ao terceiro dia’”
 
A reação dos discípulos a esta predição é considerada imatura por Jesus: “Ainda têm uma fé imatura e muito ligada à mentalidade deste mundo”. Eles não querem que Jesus passe por isso.
“Para Pedro e os outros discípulos - mas também para nós! - a cruz é um ‘escândalo’, enquanto Jesus considera um ‘escândalo’ fugir da cruz, o que significaria fugir da vontade do Pai, da missão que Ele lhe confiou para a nossa salvação”

Tomar a própria cruz

Jesus, continua Francisco, aponta o caminho do verdadeiro discípulo mostrando duas atitudes: “A primeira é ‘renunciar a si mesmo’, o que não significa uma mudança superficial, mas uma conversão, uma inversão de valores. A outra atitude é tomar a própria cruz” . Explicando que “não se trata apenas de suportar pacientemente as tribulações diárias, mas de carregar com fé e responsabilidade aquela parte do esforço e do sofrimento que a luta, contra o mal, implica”.
 
O Papa aprofunda este ponto exortando:
“Façamos com que a cruz pendurada na parede de casa, ou a pequena que usamos ao pescoço, seja um sinal do nosso desejo de nos unirmos a Cristo no serviço aos nossos irmãos, com amor, especialmente os pequenos e mais frágeis”

Jesus crucificado, verdadeiro Servo do Senhor

Seguidamente  recorda ainda que a cruz é sinal sagrado do Amor de Deus e do Sacrifício de Jesus, e não deve ser reduzida a um objeto de superstição ou uma joia ornamental.
“Toda a vez que fixamos o olhar na imagem de Cristo crucificado, pensamos que Ele, como verdadeiro Servo do Senhor, cumpriu a Sua missão dando a vida, derramando o Seu sangue para a remissão dos pecados” 
 
Por fim ensina que “se quisermos ser seus discípulos, somos chamados a imitá-Lo, entregando as nossas vidas sem reservas por amor a Deus e ao próximo”.
 
VN

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