Francisco convida a
rezar pelas vítimas das explosões no Líbano e espera que com a ajuda da
Comunidade internacional o país possa superar a grave crise que está
a atravessar.
Mariangela Jaguraba - Vatican News
No final da Audiência Geral desta quarta-feira (05/08), o Papa
Francisco fez um apelo em prol do Líbano, após as explosões ocorridas,
nesta terça-feira (04/08), na região portuária de Beirute, capital do
país, que causaram pelo menos cem mortos e quatro mil feridos. Este
balanço, ainda provisório, foi fornecido pela Cruz Vermelha Libanesa.
As equipes de resgate estão a trabalhar para retirar os corpos dos
escombros. O Ministro da Saúde libanês pediu a todos os médicos e
agentes de saúde para irem aos hospitais da capital a fim de ajudarem os
feridos.
Eis as palavras do Papa Francisco:
Ontem, em Beirute, na área portuária, fortes explosões causaram
dezenas de mortos e milhares de feridos, além de muitas destruições
graves. Rezemos pelas vítimas e suas famílias; e rezemos pelo Líbano,
para que, com o compromisso de todos os seus componentes sociais,
políticos e religiosos, possa enfrentar este momento trágico e doloroso
e, com a ajuda da Comunidade internacional, superar a grave crise que
está a atravessar.
A atenção de Francisco pelo Líbano
Em várias ocasiões, o Papa voltou o seu pensamento para o Líbano que
luta com uma difícil crise económica e social, agravada pela pandemia da
Covid-19. Em maio passado, enviou 200 mil dólares para a Nunciatura
Apostólica em Harissa a fim de apoiar 400 bolsas de estudo no país do
médio Oriente, afligido por “uma grave crise que está a gerar
sofrimento, pobreza e corre o risco de 'roubar a esperança'
especialmente das jovens gerações, que veem difícil o seu presente e
incerto o seu futuro”. O Papa, lê-se na nota de maio passado, “com
paternal solicitude” continuou nos últimos meses a acompanhar a situação
no amado Líbano, definido por São João Paulo II como “País Mensagem”,
lugar onde Bento XVI promulgou a Exortação pós-sinodal Ecclesia in Medio
Oriente, e desde sempre exemplo de convivência e fraternidade que o
Documento para a Fraternidade Humana ofereceu ao mundo inteiro”.
VN
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