Quisera eu ser Pedro que Te negou três vezes, mas pobre de
mim pecador, nego-Te mais de três vezes por dia!
Quisera eu ser Simão de Cirene
que Te ajudou a levar a Cruz, mas pobre de mim pecador, até a minha cruz por
vezes me recuso a levar.
Quisera eu ser Verónica, para Te
limpar o rosto, mas pobre de mim pecador, vejo-Te tantas vezes na rua naqueles
que nada têm, e volto a cara para o lado.
Quisera eu ser João, abraçado aos
pés da Cruz, mas pobre de mim pecador, que tanto me queixo dos sofrimentos e
provações.
Quisera eu ser ao menos o Centurião
que Te reconheceu Filho de Deus, mas pobre de mim pecador, em cada pecado em
que caio, rejeito a tua divina vontade.
Mas não, nada sou, nem sequer o
bom ladrão que Te defendeu naquela hora, pois tantas vezes ouço falar mal de Ti
e nada digo, nada faço.
Prostrado no chão, a cabeça por
terra, não ouso levantar os olhos para a Cruz, mas espero confiadamente a tua
misericórdia e a vida nova que de Ti vai brotar.
Sexta Feira Santa
Marinha Grande, 29 de Março de
2013
Joaquim Mexia Alves
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