Aproximas-Te
de Jerusalém, Senhor.
O Teu
coração está profundamente triste, mas fazes a vontade do Pai.
A tristeza
do Teu coração não se deve ao conhecimento de saberes o que vais sofrer, porque
esse sofrimento é até para Ti alegria e paz serena, porque dele virá a Salvação
para o homem que Tu amas com amor eterno.
Essa
tristeza é por saberes que, apesar do Teu Sacrifício, apesar dos Teus sinais,
muitos não irão acreditar, muitos irão rejeitar o Teu amor e, por isso, muitos
se perderão por sua vontade própria.
E isso
entristece-Te profundamente, não por eles Te rejeitarem, mas porque se
perderão, e isso é insuportável ao Teu coração que os ama com amor eterno.
Ai a
fragilidade dos homens, a sua inconstância, as suas debilidades e fraquezas!
Sabes bem
que quando entrares em Jerusalém serás recebido com hossanas e louvores,
daqueles mesmos que passado pouco tempo gritarão: crucifica-O, crucifica-O!
E sabes bem
que ainda assim continuamos!
Quando
precisamos de Ti, cantamos-Te louvores, suplicamos-Te e em Ti acreditamos.
Quando
parece que tudo corre bem connosco, deixamos de ter tempo para Ti,
esquecemos-Te e por vezes até Te rejeitamos.
Também nós,
Senhor, em Igreja, tantas vezes Te fazemos “juras de amor”, mas tantas vezes
também no dia-a-dia do nosso trabalho, do nosso lazer, da nossa família, Te
afastamos e não deixamos que nos ilumines e guies com o Teu amor.
Aproximas-Te,
Senhor, de Jerusalém, que em mim é o meu coração!
Nele entras
e também és recebido com hossanas e glórias ao meu Senhor e meu Deus.
Mas nele
tantas vezes também és negado, tantas vezes esquecido, tantas vezes ofendido,
tantas vezes crucificado.
Perdoa-me,
Senhor, e faz do meu coração uma nova Jerusalém, onde tudo cante e dance de
alegria para o meu Deus, um coração abraçado à Tua Cruz, vivendo a
Ressurreição, a Tua vitória sobre a morte.
Marinha
Grande, 17 de Março de 2013
Joaquim
Mexia Alves
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