Entras em
Jerusalém e recebem-Te como um Rei, porque pensam em Ti como um rei mundano que
vem satisfazer as suas reclamações de liberdade política.
Não
entendem, como tantos ainda não entendem hoje, (como eu tantas vezes com eles),
que a liberdade que nos queres dar não é uma liberdade política e do mundo, mas
é antes uma liberdade no/do mundo, vivendo nele e nele caminhando.
Viver no
mundo, nele caminhar, nele testemunhar, mas nele pertencer a Ti, que és a única
liberdade, porque só Tu amas com verdadeiro Amor.
O amor de
quem tudo dá pelos outros, pelos amigos!
E por não
entenderem a Tua liberdade, o Teu amor, aqueles que Te recebem como Rei em
Jerusalém, vão, passadas escassas horas, perante a Tua entrega, perante a Tua
humildade e humilhação, perante a Tua “derrota”, aos seus olhos, gritar de ódio
para que Te crucifiquem, para que Te matem, trocando mesmo a Tua Pessoa pela
pessoa de um simples bandido.
E nós,
tantas vezes agora, Te trocamos também por algo “politicamente correcto”, não
lutando contra leis que atacam a vida, que atacam o homem, que atacam e
destroem a família. Não são estas atitudes também trocar-Te por Barrabás?
E nós,
agora, quantas vezes Te pedimos, (e exigimos), que nos “concedas o mundo”, o
mundo que é efémero, e Tu com o Teu infinito amor, “apenas” nos queres conceder
a eternidade, a vida verdadeira no/do Teu amor.
E, por isso
nos revoltamos, e gritamos também: Que Deus és Tu, que não nos concedes o que
Te pedimos?
E Tu, cheio
da Tua divina paciência, vais repetindo sem cessar: Perdoa-lhes Pai, que não
sabem o que pedem, que não sabem o que dizem, que não sabem o que fazem!
Oh Senhor,
quantas vezes na minha vida, com as minhas atitudes, com os meus gestos, com os
meus pensamentos, eu gritei também com outros a ouvirem: Crucifica-O,
crucifica-O!
Oh Senhor,
mas por Tua graça, ouço sempre a Tua voz que pede ao Pai por mim, vejo o Teu
Corpo que se entrega por mim, sinto a Tua vida que se dá inteiramente por mim,
e por Tua graça, sempre, sempre, acredito na Tua misericórdia, que é a
misericórdia do Pai e do Espírito Santo, que contigo, unidos num só, me dizem
ao coração: Arrepende-te, converte-te, acredita no Evangelho e serás salvo!
Obrigado
Senhor!
Seja eu a
Jerusalém do fim da Tua “viagem”, que se faz Calvário para Te receber, e se faz
alegria perene na Tua Ressurreição!
Amen,
Senhor, amen para sempre pelos séculos sem fim!
Marinha
Grande, 23 de Março de 2013
Joaquim
Mexia Alves
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