28 julho, 2020

Portugal: “Não se podem descartar os idosos”

 
D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar de Lisboa
 
Entrevista à VATICAN NEWS de D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar de Lisboa e Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família no contexto do Dia dos Avós. 
 
Domingos Pinto - Lisboa

“Os idosos são um tesouro a cuidar, a valorizar, a saber envelhecer, e é preciso ajudá-los a encontrar também um sentido da vida na realidade do mundo de hoje contra a cultura do descarte”.

O desafio é lançado em entrevista à VATICAN NEWS por D. Joaquim Mendes, Bispo auxiliar de Lisboa e Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF).

Declarações no contexto da mensagem dos bispos portugueses para o Dia dos Avós que se assinalou com diversas celebrações e iniciativas no passado dia 26 de julho, festa litúrgica de São Joaquim e de Santa Ana, os avós de Jesus.

“Os Avós são um tesouro”, é o título desta mensagem que sublinha que “uma sociedade que não protege, não cuida, não admira os mais velhos, está condenada ao fracasso”.

“São um tesouro porque são testemunhas de doação, de amor, muitas vezes esquecimento de si”, diz D. Joaquim Mendes que acrescenta que “um dos primeiros aspetos importantes é a presença, o afeto, a ternura, este aspeto da escuta”.

“Não descartar, não se podem descartar os idosos, alerta o bispo auxiliar de Lisboa que considera que os idosos “não devem ser vistos como um peso”.

D.Joaquim Mendes realça a “solidariedade que agora tem sido bem visível em tempo de pandemia, a solidariedade entre os jovens e os idosos, e entre os avós e os netos, esta realidade inter-relacional que é um contributo para o projeto de vida das novas gerações”.

“Uma oportunidade de os jovens se tornarem protagonistas na missão da igreja e também na sociedade”, explica o prelado que entende que é “uma oportunidade de os jovens saírem fora do anonimato e fazerem voluntariado, voluntariado de proximidade com os idosos”.

 Ao portal da Santa Sé o bispo auxiliar de Lisboa diz ainda que a crise económica que já está a atingir o país, “exige mudança de estilos de vida, de comportamentos, que também exige uma crescente solidariedade”.

VN

Sem comentários:

Enviar um comentário