(RV) Vigília das vigílias na noite de
Sábado Santo na celebração presidida pelo Papa Francisco. Na Basílica de
S. Pedro o lume novo abre o caminho da liberdade para o povo de Deus
sair da escravidão do pecado. O Santo Padre na sua homilia exortou os
cristãos a entrarem no mistério da ressurreição de Jesus com humildade. E
começou por revelar a atitude das mulheres discípulas de Cristo:
“Foi uma noite de vigília para os discípulos e as discípulas de
Jesus. Noite de desolação e de medo. Os homens permaneceram fechados no
Cenáculo. As mulheres, ao contrário, ao alvorecer do dia depois do
sábado foram ao sepulcro para ungir o corpo de Jesus.”
Estas mulheres não sabiam o que encontrariam e perguntavam-se se
teriam alguém que fizesse “rolar a pedra do sepulcro” – considerou o
Papa que sublinhou o facto de terem sido estas mulheres discípulas de
Jesus “as primeiras” a entrarem no túmulo vazio:
“Faz-nos bem, nesta noite de vigília, deter-nos a refletir sobre a
experiência das discípulas de Jesus, que nos interpela a nós também.
Realmente é para isto que estamos aqui: para entrar, entrar no Mistério
que Deus realizou com a sua vigília de amor.”
O Papa Francisco afirmou neste momento da sua homilia que “não se pode viver a Páscoa, sem entrar no mistério.”
Entrar no mistério – frisou o Santo Padre – significa “escutar o
silêncio”, não ter “medo da realidade”, não fugir daquilo que não
entendemos, mas ir além daquilo que é cómodo, ir “além da preguiça e da
indiferença que nos paralisam”.
“Para entrar no mistério, é preciso humildade” – afirmou o Papa Francisco.
Entrar no mistério é baixar-se e esvaziar-se das “próprias
idolatrias” e vigiar tal como fizeram as discípulas de Jesus – afirmou o
Santo Padre:
“Tudo isto nos ensinam as mulheres discípulas de Jesus. Elas
estiveram de vigia naquela noite, juntamente com a Mãe. E Ela, a Virgem
Mãe, ajudou-as a não perderem a fé nem a esperança.”
“Vigiaram, saíram e entraram no Mistério.”
Numa liturgia densa de símbolos de purificação e de vida nova como o
fogo e a água, o Papa Francisco batizou e crismou dez homens e mulheres
de Itália, do Camboja, do Quénia, da Albânia e também de Portugal.
Com efeito, vinda da diocese de Setúbal, Helena Lobato foi batizada
pelo Papa Francisco e, dias antes da partida para Roma, falou à
reportagem da Agência Ecclesia e confessou algum nervosismo que se foi
esmorecendo ao longo do tempo e declarou sentir-se tranquila para a
celebração do seu batismo. (RS)
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