(RV) Quarta-feira,
29 de abril: o sol de Roma acolheu as dezenas de milhares de fiéis que
saudaram o Papa Francisco para a audiência geral na Praça de S. Pedro. O
Santo Padre propôs mais uma catequese sobre o matrimónio, partindo,
desta vez, do episódio narrado por S. João: As bodas de Caná.
“Jesus não só participou naquele matrimónio, mas ‘salvou a festa’ com o milagre do vinho!”
O Papa recordou a catequese da semana anterior na na qual se referiu à
obra-prima de Deus: o homem e a mulher, criados à imagem e semelhança
de Deus. O Santo Padre reforçou, assim, a ideia de que a obra-prima da
sociedade é a família.
No entanto, desde o tempo das Bodas de Caná, para as quais foi
convidado Jesus, muita coisa mudou – considerou o Papa. Devemos
interrogar-nos seriamente sobre as razões que levam tantos jovens a
optar por não se casarem e preferem a convivência – afirmou o Santo
Padre.
Porque não se casam? – perguntou o Papa.
Segundo o Papa Francisco, as dificuldades não são apenas de caráter
económico, nem se ficam a dever – como querem alguns – à emancipação da
mulher. Na realidade, quase todos os homens e mulheres sonham com uma
segurança afetiva estável, um matrimónio sólido e uma família feliz. A
família aparece mesmo no topo das preferências dos jovens – recordou o
Santo Padre – mas, com medo de falir, muitos descartam-na; “e este medo
de falir é talvez o maior obstáculo para aceitarem a palavra de Cristo,
que promete a sua graça à união conjugal e à família.”
Em Caná, Jesus não só participou nas Bodas, mas salvou a festa com o
milagre do vinho – salientou o Santo Padre que exortou os cristãos a não
terem medo de convidar Jesus para as suas bodas e a testemunharem a
alegria e a vida conjugal abençoada por Deus no matrimónio:
“O testemunho mais persuasivo da bênção do matrimónio cristão é a
vida boa dos esposos cristãos e da família. Não há modo melhor para
manifestar a beleza deste sacramento!”
O Papa Francisco referiu ainda que a semente cristã da radical
igualdade entre os cônjuges deve hoje dar novos frutos. Por exemplo, os
cristãos devem ser mais exigentes com a igualdade de retribuição para
igual trabalho, entre homem e mulher. Ao mesmo tempo, deve ser
reconhecida como uma riqueza a maternidade e a paternidade – acrescentou
o Santo Padre que concluiu a sua catequese dizendo aos fiéis para não
terem medo de convidar Jesus para as suas núpcias.
No final da catequese o Papa Francisco saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Caros peregrinos de língua portuguesa, em particular os sacerdotes
de Aracajú e os diversos grupos paroquiais do Brasil e de Portugal, sede
bem-vindos! De coração vos saúdo a todos, confiando ao bom Deus a vossa
vida e a dos vossos familiares. Rezai também vós por mim! Que as vossas
famílias se reúnam diariamente para a reza do terço sob o olhar da
Virgem Mãe, para que nelas não se esgote jamais o ‘vinho bom’ de Jesus!”
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção! (RS)
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