Dia 19
Na manhã de segunda-feira o Papa Francisco recebeu em audiências sucessivas os bispos da Conferência Episcopal do México, o rei do Bahrein bin Isa Al Khalifa e ainda Donald Tusk, Primeiro-Ministro da Polónia. No final da tarde encontrou-se com os bispos italianos presidindo à abertura da assembleia geral da Conferência Episcopal Italiana. Não perdeu a oportunidade para advertir que os bispos devem estar próximos das dificuldades das famílias e dos desempregados.
Logo pela manhã na missa em Santa Marta o Papa Francisco partindo do exemplo de S. Paulo perguntou se nós temos o nosso coração fixo no Espirito Santo ou temos um coração bailarino?
“Com este exemplo, podemos perguntar: como é o meu coração? É um coração que parece um bailarino, que anda de um lado para a outro, que parece uma borboleta, que está sempre em movimento; é um coração que se assusta com os acontecimentos da vida e se esconde e tem medo de dar testemunho de Jesus Cristo; é um coração corajoso ou é um coração que tem tanto temor que tenta sempre esconder-se? De que cuida o nosso coração? Qual é o tesouro ao qual o nosso coração está ligado? É um coração fixo nas criaturas, nos problemas que todos temos? É um coração fixo nos deuses de todos os dias ou é um coração fixo no Espírito Santo?”
Dia 20
Na manhã de terça-feira, o Papa Francisco afirmou que “a paz de Jesus é uma Pessoa, é o Espírito Santo É uma paz definitiva! O nosso trabalho qual é? Guardar esta paz. Guardá-la! É uma paz grande, é uma paz que não é minha, é de uma outra Pessoa que me oferece, de uma outra Pessoa que está dentro do meu coração e que me acompanha toda a vida.”
Dia 21
Na quarta-feira, dia 21, o Papa Francisco na audiência-geral desenvolveu uma catequese sobre o dom da ciência através da qual exortou os cristãos a conservarem a Criação.
Depois de ter apelado à solidariedade para com as populações inundadas pelo temporal da Bósnia e da Sérvia o Papa Francisco pediu orações para a sua viagem à Terra Santa. O Santo Padre recordou que o faz para se encontrar com o seu irmão Patriarca Bartolomeu no 50º aniversário do encontro de Paolo VI com Atenágoras, e exaltou como é belo que os Apóstolos Pedro e André estejam outra vez juntos!
Dia 23
Na manhã de sexta-feira, o Papa Francisco afirmou na sua homilia na Missa matinal em Santa Marta que um cristão sem alegria ou não é cristão ou está doente porque, segundo o Santo Padre a vocação cristã é permanecer no amor de Deus:
“A vocação cristã é isto: permanecer no amor de Deus...”
“A alegria é como que a marca do cristão. Um cristão sem alegria ou não é cristão ou está doente. A saúde cristã! A alegria. Mesmo na dor, nas tribulações e perseguições.”
Dia 24
No dia 24 de maio, sábado, o Papa Francisco iniciou a sua Peregrinação à Terra Santa viajando até à Jordânia onde esteve com o Rei Abdallah II. Foi também acolhido pelo Príncipe Ghazi bin Muahammed, pelo Patriarca Latino de Jerusalém D. Fouad Twal, que é Delegado Apostólico para a Jordânia e o Padre Pierbattista Pizzaballa que é o Custódio da Terra Santa. O Papa Francisco encorajou as autoridades jordanas a prosseguirem no respeito pela liberdade religiosa e na promoção da convivência pacífica e em particular expressou o seu apreço pelo acolhimento dispensado a um elevadíssimo número de refugiados palestinianos, iraquianos e de outros países da área, sobretudo da Síria.
Na tarde desse sábado o Papa Francisco celebrou a Eucaristia no Estádio Internacional de Amã para cerca de 30 mil fiéis,1400 dos quais eram crianças que comungaram pela primeira vez. O Papa Francisco apelou para a paz valorizando o testemunho da paz e rezou para que o Espírito Santo cure as feridas dos erros, das incompreensões e das controvérsias:
“Quanta necessidade tem o mundo de nós como mensageiros de paz, como testemunhos de paz! É uma necessidade que o mundo tem. Também o mundo pede-nos para fazermos isto: levar a paz, dar testemunho de paz!”
“A Ele pedimos para preparar os nossos corações ao encontro com os irmãos para além das diferenças de ideias, língua, cultura, religião; par ungir todo o nosso ser com o óleo da sua misericórdia que cura as feridas dos erros, das incompreensões, das controvérsias; a graça de nos enviar com humildade e mansidão pelos caminhos difíceis, mas fecundos da procura da paz. Amén!”
Ainda no dia 24 o Papa Francisco foi para Betânia para além do Jordão ao local onde foi batizado Jesus onde se encontrou com refugiados e jovens portadores de deficiência. Ali voltou a fazer um forte apelo para a paz na Síria e para a conversão dos violentos:
“Cessem as violências e seja respeitado o direito humanitário, garantindo a necessáriaassistência à população sofredora! Seja abandonada, por todos, a pretensão de deixar às armas a solução dos problemas e volte-se à via das negociações.”
“Deus converta os violentos! Deus converta aqueles que têm projetos de guerra! Deus converta aqueles que fabricam e vendem armas e reforce os corações e as mentes dos operadores de paz e os recompense com a sua benção.”
Dia 25
No domingo, dia 25 de maio, o Papa Francisco celebrou Missa em Belém, na Palestina, numa Praça da Manjedoura repleta de fiéis.
De referir que no percurso para a Missa o Papa Francisco parou junto ao muro que separa Israel da Cisjordânia para rezar. A imagem desse momento correu todas as televisões internacionais e agências de notícias marcando um importante momento de atenção para a situação política na Palestina através da Peregrinação do Santo Padre à Terra Santa.
Na sua homilia o Santo Padre comentou as palavras que os anjos dirigiram aos pastores, convidando-os a correrem a Belém a adorar o Menino Deus: "Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura".
"Também hoje as crianças são um sinal - fez notar o Papa. Sinal de esperança, sinal de vida, mas também sinal de diagnóstico (disse), para compreender o estado de saúde duma família, duma sociedade, do mundo inteiro. Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano".
No final da Missa e na sua mensagem antes da oração do Regina Coeli, o Santo Padre lançou um convite direto aos Presidentes da Palestina e de Israel, a invocarem juntos a paz, disponibilizando-se a acolhê-los no Vaticano para tal iniciativa. O Papa Francisco disse textualmente isto que passamos a ouvir:
Neste Lugar, onde nasceu o Príncipe da Paz, desejo fazer um convite a Vossa Excelência, Senhor Presidente Mahmoud Abbas, e ao Senhor Presidente Shimon Peres para elevarem, juntamente comigo, uma intensa oração, implorando de Deus o dom da paz. Ofereço a minha casa, no Vaticano, para hospedar este encontro de oração.
Todos desejamos a paz; tantas pessoas a constroem dia a dia com pequenos gestos; muitos sofrem e suportam pacientemente a fadiga de tantas tentativas para a construir. E todos – especialmente aqueles que estão colocados ao serviço do seu próprio povo – temos o dever de nos fazer instrumentos e construtores de paz, antes de mais nada na oração.
Construir a paz é difícil, mas viver sem paz é um tormento. Todos os homens e mulheres desta Terra e do mundo inteiro pedem-nos para levarmos à presença de Deus a sua ardente aspiração pela paz.
Na tarde do dia 25 o Papa Francisco voou para Tel-Aviv onde foi acolhido pelo Presidente israelita e afirmou que os povos israelitas e palestinianos têm ambos direito a estados internacionalmente reconhecidos.
A intensa jornada do Santo Padre concluiu-se com o tão aguardado encontro entre o Papa Francisco e o Patriarca de Constantinopla Bartolomeu I em Jerusalém no Santo Sepulcro. No seu discurso o Papa Francisco afirmou que devemos aprender a viver a nossa vida a partir do Santo Sepulcro:
“Cada ferida, sofrimento e dor, foram carregados nos ombros do Bom Pastor, que ofereceu-se a si próprio e com o seu sacrifício abriu-nos a passagem para a vida eterna.”
“E não sejamos surdos ao potente apelo à unidade que ressoa desde este lugar, nas palavras Daquele que, Ressuscitado, chama a todos nós ‘os meus irmãos’.
O Papa Francisco afirmou neste ponto do seu discurso ser necessário acreditar que “como foi removida a pedra do sepulcro, assim possam ser removidos todos os obstáculos que ainda impedem a plena comunhão entre nós”.
E com a oração ecuménica do Papa Francisco com o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla em Jerusalém no decurso da Peregrinação à Terra Santa do Santo Padre, terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 19 a 25 de maio. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)
Na manhã de segunda-feira o Papa Francisco recebeu em audiências sucessivas os bispos da Conferência Episcopal do México, o rei do Bahrein bin Isa Al Khalifa e ainda Donald Tusk, Primeiro-Ministro da Polónia. No final da tarde encontrou-se com os bispos italianos presidindo à abertura da assembleia geral da Conferência Episcopal Italiana. Não perdeu a oportunidade para advertir que os bispos devem estar próximos das dificuldades das famílias e dos desempregados.
Logo pela manhã na missa em Santa Marta o Papa Francisco partindo do exemplo de S. Paulo perguntou se nós temos o nosso coração fixo no Espirito Santo ou temos um coração bailarino?
“Com este exemplo, podemos perguntar: como é o meu coração? É um coração que parece um bailarino, que anda de um lado para a outro, que parece uma borboleta, que está sempre em movimento; é um coração que se assusta com os acontecimentos da vida e se esconde e tem medo de dar testemunho de Jesus Cristo; é um coração corajoso ou é um coração que tem tanto temor que tenta sempre esconder-se? De que cuida o nosso coração? Qual é o tesouro ao qual o nosso coração está ligado? É um coração fixo nas criaturas, nos problemas que todos temos? É um coração fixo nos deuses de todos os dias ou é um coração fixo no Espírito Santo?”
Dia 20
Na manhã de terça-feira, o Papa Francisco afirmou que “a paz de Jesus é uma Pessoa, é o Espírito Santo É uma paz definitiva! O nosso trabalho qual é? Guardar esta paz. Guardá-la! É uma paz grande, é uma paz que não é minha, é de uma outra Pessoa que me oferece, de uma outra Pessoa que está dentro do meu coração e que me acompanha toda a vida.”
Dia 21
Na quarta-feira, dia 21, o Papa Francisco na audiência-geral desenvolveu uma catequese sobre o dom da ciência através da qual exortou os cristãos a conservarem a Criação.
Depois de ter apelado à solidariedade para com as populações inundadas pelo temporal da Bósnia e da Sérvia o Papa Francisco pediu orações para a sua viagem à Terra Santa. O Santo Padre recordou que o faz para se encontrar com o seu irmão Patriarca Bartolomeu no 50º aniversário do encontro de Paolo VI com Atenágoras, e exaltou como é belo que os Apóstolos Pedro e André estejam outra vez juntos!
Dia 23
Na manhã de sexta-feira, o Papa Francisco afirmou na sua homilia na Missa matinal em Santa Marta que um cristão sem alegria ou não é cristão ou está doente porque, segundo o Santo Padre a vocação cristã é permanecer no amor de Deus:
“A vocação cristã é isto: permanecer no amor de Deus...”
“A alegria é como que a marca do cristão. Um cristão sem alegria ou não é cristão ou está doente. A saúde cristã! A alegria. Mesmo na dor, nas tribulações e perseguições.”
Dia 24
No dia 24 de maio, sábado, o Papa Francisco iniciou a sua Peregrinação à Terra Santa viajando até à Jordânia onde esteve com o Rei Abdallah II. Foi também acolhido pelo Príncipe Ghazi bin Muahammed, pelo Patriarca Latino de Jerusalém D. Fouad Twal, que é Delegado Apostólico para a Jordânia e o Padre Pierbattista Pizzaballa que é o Custódio da Terra Santa. O Papa Francisco encorajou as autoridades jordanas a prosseguirem no respeito pela liberdade religiosa e na promoção da convivência pacífica e em particular expressou o seu apreço pelo acolhimento dispensado a um elevadíssimo número de refugiados palestinianos, iraquianos e de outros países da área, sobretudo da Síria.
Na tarde desse sábado o Papa Francisco celebrou a Eucaristia no Estádio Internacional de Amã para cerca de 30 mil fiéis,1400 dos quais eram crianças que comungaram pela primeira vez. O Papa Francisco apelou para a paz valorizando o testemunho da paz e rezou para que o Espírito Santo cure as feridas dos erros, das incompreensões e das controvérsias:
“Quanta necessidade tem o mundo de nós como mensageiros de paz, como testemunhos de paz! É uma necessidade que o mundo tem. Também o mundo pede-nos para fazermos isto: levar a paz, dar testemunho de paz!”
“A Ele pedimos para preparar os nossos corações ao encontro com os irmãos para além das diferenças de ideias, língua, cultura, religião; par ungir todo o nosso ser com o óleo da sua misericórdia que cura as feridas dos erros, das incompreensões, das controvérsias; a graça de nos enviar com humildade e mansidão pelos caminhos difíceis, mas fecundos da procura da paz. Amén!”
Ainda no dia 24 o Papa Francisco foi para Betânia para além do Jordão ao local onde foi batizado Jesus onde se encontrou com refugiados e jovens portadores de deficiência. Ali voltou a fazer um forte apelo para a paz na Síria e para a conversão dos violentos:
“Cessem as violências e seja respeitado o direito humanitário, garantindo a necessáriaassistência à população sofredora! Seja abandonada, por todos, a pretensão de deixar às armas a solução dos problemas e volte-se à via das negociações.”
“Deus converta os violentos! Deus converta aqueles que têm projetos de guerra! Deus converta aqueles que fabricam e vendem armas e reforce os corações e as mentes dos operadores de paz e os recompense com a sua benção.”
Dia 25
No domingo, dia 25 de maio, o Papa Francisco celebrou Missa em Belém, na Palestina, numa Praça da Manjedoura repleta de fiéis.
De referir que no percurso para a Missa o Papa Francisco parou junto ao muro que separa Israel da Cisjordânia para rezar. A imagem desse momento correu todas as televisões internacionais e agências de notícias marcando um importante momento de atenção para a situação política na Palestina através da Peregrinação do Santo Padre à Terra Santa.
Na sua homilia o Santo Padre comentou as palavras que os anjos dirigiram aos pastores, convidando-os a correrem a Belém a adorar o Menino Deus: "Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura".
"Também hoje as crianças são um sinal - fez notar o Papa. Sinal de esperança, sinal de vida, mas também sinal de diagnóstico (disse), para compreender o estado de saúde duma família, duma sociedade, do mundo inteiro. Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano".
No final da Missa e na sua mensagem antes da oração do Regina Coeli, o Santo Padre lançou um convite direto aos Presidentes da Palestina e de Israel, a invocarem juntos a paz, disponibilizando-se a acolhê-los no Vaticano para tal iniciativa. O Papa Francisco disse textualmente isto que passamos a ouvir:
Neste Lugar, onde nasceu o Príncipe da Paz, desejo fazer um convite a Vossa Excelência, Senhor Presidente Mahmoud Abbas, e ao Senhor Presidente Shimon Peres para elevarem, juntamente comigo, uma intensa oração, implorando de Deus o dom da paz. Ofereço a minha casa, no Vaticano, para hospedar este encontro de oração.
Todos desejamos a paz; tantas pessoas a constroem dia a dia com pequenos gestos; muitos sofrem e suportam pacientemente a fadiga de tantas tentativas para a construir. E todos – especialmente aqueles que estão colocados ao serviço do seu próprio povo – temos o dever de nos fazer instrumentos e construtores de paz, antes de mais nada na oração.
Construir a paz é difícil, mas viver sem paz é um tormento. Todos os homens e mulheres desta Terra e do mundo inteiro pedem-nos para levarmos à presença de Deus a sua ardente aspiração pela paz.
Na tarde do dia 25 o Papa Francisco voou para Tel-Aviv onde foi acolhido pelo Presidente israelita e afirmou que os povos israelitas e palestinianos têm ambos direito a estados internacionalmente reconhecidos.
A intensa jornada do Santo Padre concluiu-se com o tão aguardado encontro entre o Papa Francisco e o Patriarca de Constantinopla Bartolomeu I em Jerusalém no Santo Sepulcro. No seu discurso o Papa Francisco afirmou que devemos aprender a viver a nossa vida a partir do Santo Sepulcro:
“Cada ferida, sofrimento e dor, foram carregados nos ombros do Bom Pastor, que ofereceu-se a si próprio e com o seu sacrifício abriu-nos a passagem para a vida eterna.”
“E não sejamos surdos ao potente apelo à unidade que ressoa desde este lugar, nas palavras Daquele que, Ressuscitado, chama a todos nós ‘os meus irmãos’.
O Papa Francisco afirmou neste ponto do seu discurso ser necessário acreditar que “como foi removida a pedra do sepulcro, assim possam ser removidos todos os obstáculos que ainda impedem a plena comunhão entre nós”.
E com a oração ecuménica do Papa Francisco com o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla em Jerusalém no decurso da Peregrinação à Terra Santa do Santo Padre, terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 19 a 25 de maio. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)
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