(RV) Um povo que não respeita os seus avós não tem memória e não terá futuro. Esta a mensagem principal do Papa Francisco na missa desta terça-feira na Casa de Santa Marta. No dia de hoje comentou os acontecimentos bíblicos do idoso Eleazar que escolheu o martírio por coerência com a sua fé em Deus e para dar testemunho de retidão aos jovens.
Este homem, Eleazar – disse o Santo Padre – escolheu a morte recusando a atitude de fingir, de fingir piedade, de fingir religiosidade. Eleazar um homem de fé e coerência:
“ A coerência deste homem, a coerência da sua fé, mas também a responsabilidade de deixar uma herança nobre, uma herança verdadeira. Nós vivemos um tempo no qual os idosos não contam. É triste dizê-lo, mas são descartados! Porque incomodam. Os idosos são aqueles que nos trazem a história, que nos trazem a doutrina, que nos trazem a fé como herança. São aqueles que, como o bom vinho envelhecido, têm esta força dentro de si para nos darem uma herança nobre.”
Neste momento da homilia o Papa Francisco contou uma pequena história que aprendeu quando era menino. Os protagonistas são uma família: pai, mãe, tantos filhos e um avô que quando comia a sopa sujava a cara. O pai aborrecido com tal comportamento comprou uma mesinha à parte para o avô e explicou o facto aos filhos. Um dia mais tarde, regressando a casa, encontra um dos seus filhos a brincar com um pedaço de madeira e pergunta-lhe o que estava ele a fazer. A resposta não se fez esperar: Estou a fazer uma mesinha para ti, para quando fores velhinho como o avô!
“Esta história fez-me tão bem, toda a vida. Os avós são um tesouro. “
“É verdade que a velhice, às vezes, é um pouco triste, pelas doenças que surgem, mas a sabedoria que têm os nossos avós é a herança que nós devemos receber. Um povo que não conserva os avós, um povo que não respeita os avós, não tem futuro, porque não tem memória, perdeu a memória.” (RS)
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