(RV) Na manhã desta segunda-feira o Papa Francisco celebrou na Basílica de S.Pedro uma missa em sufrágio pelos Cardeais e Bispos falecidos no último ano. Seguindo a tradição o Papa Francisco na sequência da recente comemoração dos Fiéis Defuntos, celebrou pelos 9 cardeais e pelos 136 bispos falecidos nos últimos doze meses.
Na sua homilia partiu das palavras de S. Paulo que garantem que nada nem ninguém nos poderá separar do Amor de Deus que é Jesus Cristo. Segundo o Santo Padre, o Apóstolo Paulo apresenta o Amor de Deus como o motivo mais profundo e invencível da confiança e da esperança cristãs. Ele elenca as forças contrárias e misteriosas que possam ameaçar o caminho da fé, mas S. Paulo afirma com segurança – continuou o Papa Francisco – que mesmo que toda a nossa existência esteja circundada de ameaças, nada poderá separar-nos do amor que o próprio Cristo mereceu por nós, dando-se totalmente.
O Papa referiu-se, desta forma, na sua homilia ao amor fiel que Deus tem por cada um de nós e que nos ajuda a enfrentar com serenidade e força o caminho de cada dia. Afirmou ainda que só o pecado poderá interromper esta ligação, mas mesmo aí o Senhor nos procura e restabelece a união que perdurará após a morte. Aliás – recordou o Santo Padre - é normal que, perante a morte de uma pessoa que nos seja querida, nos interroguemos sobre o que sucederá à sua vida de trabalho e de serviço à Igreja. O Livro da Sabedoria, Primeira Leitura desta Eucaristia, dá-nos a resposta: “eles estão nas mãos de Deus!”.
“Também os nossos pecados estão nas mãos de Deus” – assegurou o Papa Francisco – “Aquelas são mãos misericordiosas, mãos chagadas de amor. Jesus quis conservar as chagas nas suas mãos para fazer-nos sentir a sua misericórdia.”
O Santo Padre terminou a sua breve homilia recordando os irmãos Cardeais e Bispos falecidos. Homens dedicados à sua vocação a ao serviço da Igreja, que amaram como se ama uma esposa. Na oração confiamo-los à misericórdia do Senhor, por intercessão de Nossa Senhora e de São José, para que os acolha no seu reino de luz e de paz, lá onde vivem eternamente os justos e aqueles que foram fieis testemunhas do Evangelho - concluiu o Papa Francisco.
Dos países lusófonos, para além de nove bispos brasileiros foram expressamente sufragados nesta celebração dois portugueses e dois moçambicanos:
- D. João Alves, bispo emérito de Coimbra, falecido a 28 de junho;
- D. Luís Gonzaga Ferreira da Silva, bispo emérito de Lichinga, que faleceu a 7 de agosto;
- D. António Baltasar Marcelino, bispo emérito de Aveiro, falecido a 9 de outubro; e
- D. Bernardo Filipe Governo, bispo emérito de Quelimane, falecido a 20 de outubro.
Recordemos que já no passado sábado, 2 de novembro, o Santo Padre desceu à cripta da basílica de São Pedro, para se deter em oração pelos Papas (e outros defuntos) ali sepultados. E na sexta-feira, 1 de novembro, de tarde, junto do Cemitério romano de Verano, o Papa Francisco celebrou uma Eucaristia por todos os fiéis defuntos. (RS
Sem comentários:
Enviar um comentário