(RV) “Rezemos pelas vítimas do trágico naufrágio, ao largo de Lampedusa”:
esta o comovido convite do Papa Francisco, ao fim da manhã, difundido
num tweet. Com a voz tocada pela amargura de quem tomou conhecimento do
elevadíssimo número de mortos e desaparecidos neste naufrágio, o Papa
referiu o facto, exprimindo toda a vergonha que tal suscita. Foi no
final do discurso dirigido a centenas de pessoas que participam em Roma
nas jornadas celebrativas dos 50 anos da Encíclica “Pacem in terris”.
“Falando da inumana crise económica mundial, que é um sintoma grave da falta de respeito pelo homem, não posso não recordar com grande sofrimento as numerosas vítimas de mais um trágico naufrágio ocorrido hoje ao largo de Lampedusa. Vem (ao espírito) a palavra “vergonha”. É uma vergonha! Rezemos conjuntamente a Deus por quem perdeu a vida – homens, mulheres e crianças – e pelos familiares e por todos os prófugos, para que não se repitam semelhantes tragédias. Só uma decidida colaboração de todos pode ajudar a preveni-las”.
Ao tomar conhecimento da tragédia, o Papa recolhera-se em oração (foto) junto do túmulo de João XXIII, na basílica de São Pedro.
“Não pode haver verdadeira paz e harmonia se não trabalharmos por uma sociedade mais justa e solidária, se não superarmos egoísmos, individualismos, interesses de grupo, e isto a todos os níveis”: sublinhou o Papa Francisco, dirigindo-se hoje, no auditório Paulo VI, do Vaticano, a uns trezentos participantes nas Jornadas comemorativas dos 50 anos da Encíclica “Pacem in Terris”, de João XXIII.
O Papa começou por evocar a época em que este importante documento papal foi publicado: em plena “guerra fria”, com a humanidade em risco próximo de um conflito atómico mundial. Foi nessa altura que João XXIII elevou “um dramático e premente apelo de paz”.
“Era um grito aos homens, mas era também uma súplica dirigida ao Céu”.
A “Pacem in Terris” – observou o Papa Francisco – recorda que o fundamento para construir a paz “consiste na origem divina do homem, da sociedade e da própria autoridade, que empenha cada um, as famílias, os vários grupos sociais e os Estados a viverem relações de justiça e de solidariedade”:
“É tarefa de todos os homens construir a paz, a exemplo de Jesus Cristo, através destes dois caminhos: - promover e praticar a justiça, com verdade e amor; - contribuir, cada um segundo as suas possibilidades, para o desenvolvimento humano integral, segundo a lógica da solidariedade”.
A concluir, o Papa sublinhou ainda que os princípios fundamentais da “Pacem in terris” podem lançar luz sobre as questões debatidas nestes dias, em Roma, pelos participantes nestas Jornadas celebrativas: a emergência educativa, o influxo dos meios de comunicação de massa sobre as consciências, o acesso aos recursos da terra, o bom e mau uso dos resultados das investigações biológicas, a corrida aos armamentos e as medidas de segurança, nacionais e internacionais”.
Papa Francisco classificou que a crise económica mundial “é um sintoma grave da falta de respeito pelo homem e pela verdade com que os governos e os cidadãos tomaram (certas) decisões”.
“A Pacem in terris traça uma linha que vai da paz a construir no coração dos homens a um repensamento do nosso modelo de desenvolvimento e de acção a todos os níveis, para que o nosso mundo seja um mundo de paz”. (PG)
“Falando da inumana crise económica mundial, que é um sintoma grave da falta de respeito pelo homem, não posso não recordar com grande sofrimento as numerosas vítimas de mais um trágico naufrágio ocorrido hoje ao largo de Lampedusa. Vem (ao espírito) a palavra “vergonha”. É uma vergonha! Rezemos conjuntamente a Deus por quem perdeu a vida – homens, mulheres e crianças – e pelos familiares e por todos os prófugos, para que não se repitam semelhantes tragédias. Só uma decidida colaboração de todos pode ajudar a preveni-las”.
Ao tomar conhecimento da tragédia, o Papa recolhera-se em oração (foto) junto do túmulo de João XXIII, na basílica de São Pedro.
“Não pode haver verdadeira paz e harmonia se não trabalharmos por uma sociedade mais justa e solidária, se não superarmos egoísmos, individualismos, interesses de grupo, e isto a todos os níveis”: sublinhou o Papa Francisco, dirigindo-se hoje, no auditório Paulo VI, do Vaticano, a uns trezentos participantes nas Jornadas comemorativas dos 50 anos da Encíclica “Pacem in Terris”, de João XXIII.
O Papa começou por evocar a época em que este importante documento papal foi publicado: em plena “guerra fria”, com a humanidade em risco próximo de um conflito atómico mundial. Foi nessa altura que João XXIII elevou “um dramático e premente apelo de paz”.
“Era um grito aos homens, mas era também uma súplica dirigida ao Céu”.
A “Pacem in Terris” – observou o Papa Francisco – recorda que o fundamento para construir a paz “consiste na origem divina do homem, da sociedade e da própria autoridade, que empenha cada um, as famílias, os vários grupos sociais e os Estados a viverem relações de justiça e de solidariedade”:
“É tarefa de todos os homens construir a paz, a exemplo de Jesus Cristo, através destes dois caminhos: - promover e praticar a justiça, com verdade e amor; - contribuir, cada um segundo as suas possibilidades, para o desenvolvimento humano integral, segundo a lógica da solidariedade”.
A concluir, o Papa sublinhou ainda que os princípios fundamentais da “Pacem in terris” podem lançar luz sobre as questões debatidas nestes dias, em Roma, pelos participantes nestas Jornadas celebrativas: a emergência educativa, o influxo dos meios de comunicação de massa sobre as consciências, o acesso aos recursos da terra, o bom e mau uso dos resultados das investigações biológicas, a corrida aos armamentos e as medidas de segurança, nacionais e internacionais”.
Papa Francisco classificou que a crise económica mundial “é um sintoma grave da falta de respeito pelo homem e pela verdade com que os governos e os cidadãos tomaram (certas) decisões”.
“A Pacem in terris traça uma linha que vai da paz a construir no coração dos homens a um repensamento do nosso modelo de desenvolvimento e de acção a todos os níveis, para que o nosso mundo seja um mundo de paz”. (PG)
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