19 junho, 2012

MISSÃO DOS PAIS E PADRINHOS (3)




E a missão dos padrinhos e madrinhas passa também por aqui, por este testemunho de vida cristã, vivida no dia-a-dia.

Reparemos que o Código de Direito Canónico diz no Cânone 893, no parágrafo 2, que: É conveniente que se assuma como padrinho o mesmo que assumiu esse encargo no baptismo.
Esta sugestão, este conselho, visto que não é uma imposição, tem a ver efectivamente com a missão do padrinho ou madrinha, que se deve desenvolver ao longo de toda a vida do afilhado.

Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica no seu ponto 1255:
Para que a graça baptismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. Esse é também o papel do padrinho ou da madrinha, que devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para ajudar o novo baptizado, criança ou adulto, no seu caminho de vida cristã.

Em primeiro lugar é preciso percebermos que é o padrinho ou madrinha que apresenta à Igreja, à comunidade eclesial, perante o Bispo, aquele ou aquela que vai ser crismado.

A responsabilidade é grande, porque não só confirmam perante o Bispo, a comunidade, a Igreja, que aquele jovem quer receber a Confirmação, mas também, que ao assumirem a missão de padrinhos se comprometem a velar para que aquele jovem, caminhe em Igreja, na vivência diária da fé e da doutrina que afirma professar.

Por isso mesmo, o padrinho tem também que ser pessoa de vivência diária da fé, em comunhão de Igreja e com a Igreja, à qual apresenta o seu afilhado/afilhada.

E tem que o ser, porque a sua missão é acompanhar o afilhado na prática da sua vida cristã, cuidando que não se afaste da Igreja e dos Sacramentos que alimentam a fé.

Às vezes até, por impedimento dos pais, ou até porque poderão viver afastados da Igreja, é missão do padrinho substitui-los nessa missão disponibilizando-se para acompanhar o afilhado na prática religiosa.

Julga-se muitas vezes, com alguma simplicidade, que o padrinho tem a missão de substituir os pais, se eles faltarem, seja qual for o motivo.
Poderá o padrinho ter essa missão, também, mas sabemos bem, que se os pais faltarem haverá sempre pessoas de família que, legitimamente, tomarão a seu cargo a educação e acompanhamento desse jovem, o que no entanto não liberta o padrinho da sua missão principal e que é exortar e acompanhar o afilhado na sua vida com Deus e para Deus.

Padrinhos e madrinhas, devem ser uma espécie de pais e mães espirituais, pois eles têm como obrigação ajudar o crismando a amadurecer para a fé, e na fé, pois o próprio significado do Crisma é este, o Sacramento da maturidade cristã, ou seja, quando a criança se torna adulta perante a igreja.
Por isso mesmo, padrinhos e madrinhas têm de estar preparados para responder às solicitações dos seus afilhados no que diz respeito às suas dúvidas, aos seus receios, às suas incertezas, contando para isso, sempre que necessário, com o conselho do sacerdote ao qual queiram pedir ajuda.
A responsabilidade é grande, muito grande, e assim, só com uma vida diária de oração, e uma participação activa nos sacramentos na Igreja, pode o padrinho testemunhar e estar pronto para acompanhar, ajudar e aconselhar o seu afilhado na sua vida futura.
Sem dúvida que é uma missão notável, de uma beleza imensa e que Deus recompensará à medida do seu infinito amor.
Mas também é matéria que nos será perguntada por Deus um dia, pois a verdade é que ninguém nos obrigou a aceitar essa missão: fomos convidados e aceitámos de livre vontade, por isso temos de assumir a nossa responsabilidade e a nossa missão.
Uma coisa podemos ter sempre certa, pais e padrinhos: é que, se tivermos na nossa vontade o cumprimento da nossa missão segundo a vontade de Deus, se a ela nos entregarmos com total disponibilidade, se tudo fizermos para que os nossos filhos e afilhados conheçam Deus e O vivam nas suas vidas, então saberemos, sem a mínima dúvida, que Deus estará sempre connosco e nos ajudará a cumprir o compromisso que assumimos como pais e padrinhos.
E será grande a alegria de sabermos que os nossos filhos e afilhados, encontrarão em Deus a felicidade completa, que só Deus pode dar àqueles que a Ele se unem, vivendo no e para o seu amor.
Marinha Grande, 4 de Junho de 2012
Joaquim Mexia Alves

14 junho, 2012

Lisboa celebra Dia da Igreja Diocesana: Ano da Fé desafia pastoral da diocese

O Patriarcado de Lisboa vai ter como ponto alto da vivência do Ano da Fé um acontecimento que irá mobilizar toda a diocese, a 26 de Maio do próximo ano de 2013. A informação foi revelada na celebração do Dia da Igreja Diocesana, no passado Domingo, 3 de Junho, na Casa do Gaiato, em Santo Antão do Tojal, Loures. No mesmo dia em que a Vigararia de Loures-Odivelas encerrou a Visita Pastoral, D. José Policarpo lembrou que era finalidade da visita “ajudar as comunidades cristãs a aprofundarem o ritmo desta Igreja que Deus quer, no seio da Igreja diocesana”.

Cláudia Bicho é catequista e leitora na paróquia do Bombarral e esteve no passado Domingo, dia 3 de Junho, na celebração do Dia da Igreja Diocesana, que se realizou na Casa do Gaiato, em Santo Antão do Tojal, no concelho de Loures. Aos microfones da emissão especial que o site do Patriarcado de Lisboa (www.patriarcado-lisboa.pt) promoveu, transmitindo em directo toda a celebração daquele dia, Cláudia assinalava este momento de festa “como uma manifestação de comunhão com a diocese” a que pertence.

Já para São, catequista e coordenadora da Catequese para a Adolescência na paróquia de Loures, a celebração deste Domingo teve o sabor a encerramento da Visita Pastoral que o Cardeal-Patriarca, D. José Policarpo, e os Bispos Auxiliares D. Joaquim Mendes e D. Nuno Brás, realizaram à Vigararia de Loures-Odivelas, de 28 de Abril a 3 de Junho. “Foi uma grande alegria! Foi o renovar de ânimo e o encontrar novas esperanças e um novo caminho para continuar”, garantiu a catequista.

Jovens da Ramada animam tarde
Para animar a tarde, os jovens da Ramada subiram ao palco na Casa da Gaiato. São um grupo que se afirma “com vários anos de história” e que teve início “há cerca de 15 anos”, disse Eliana Santos. “ O grupo tem valências que englobam os mais novos e os mais velhos. Tem uma associação cultural e, por vezes, é convidado para animar encontros”, explicou a jovem, em declarações à emissão especial do site do Patriarcado. Em 2010, subiram ao palco do Terreiro do Paço para animar a tarde antes da celebração da Missa com o Papa Bento XVI. Tem participado em diversos festivais da canção cristã, e outros não cristãos assumindo, assim, “a música como o principal veículo de evangelização. Tanto a musica como o teatro!”, sublinhou Eliana Santos.

O desafio do Ano da Fé
“A aceitação do desafio do Ano da Fé, proposto pelo Santo Padre, é a alma, a trave do nosso programa pastoral” disse o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. Dirigindo-se aos presentes no Dia da Igreja Diocesana, o Patriarca de Lisboa, recordando que o Papa proclamou o Ano da Fé para o início do próximo mês de Outubro, explicou que estas iniciativas temáticas "pretendem mobilizar toda a Igreja" e que o programa pastoral da diocese é a resposta “a um grande desafio lançado pelo Santo Padre para toda a Igreja, de todo o mundo", frisou.

Considerando que estes temas celebrativos, propostos tanto por Bento XVI como pelo seu antecessor, João Paulo II, "têm sido de grande fecundidade pastoral", D. José Policarpo relevou que, relacionado com o Ano da Fé, está também a celebração dos 50 anos do início do Concilio Vaticano II. "É um desafio e uma indicação do caminho e da perspectiva em que nós podemos voltar a reler o Concílio", observou, salientando que o programa pastoral “vai estar muito centrado nestes dois desafios que são um só”. No entanto, aponta um terceiro desafio: “O de evangelizar com um novo ardor”.

Reflectindo sobre a fé, o Cardeal-Patriarca evoca a origem hebraica da palavra ‘acreditar’ "como a segurança que vem do amor, que vem do facto de se sentir acolhido por alguém que nos ama”. “Como a criança que corre para o colo da mãe, mergulhar nesta pessoa amorosa que deu a vida por nós, é encontrar o sentido da vida, o horizonte. É por isso que a fé é primariamente uma experiência de amor”, garantiu.

Porta de entrada ou de saída
Ao lembrar que a fé “é uma porta por onde se entra”, D. José Policarpo aponta-a, também, como uma "mudança de itinerário". “Andámos um tempo à procura de segurança noutras coisas: na estabilidade económica, afectiva, nas vantagens da sociedade, por vezes nuns ‘truquezinhos’ que se vão fazendo… e de repente percebemos que a verdadeira segurança só está n’Ele! Este é um caminho exigente “, e “a porta está sempre aberta aos que querem entrar de novo, e por ventura aos que querem voltar para trás!”.

Apresentando a fé como “uma experiência de vida que o amor vai ajudando a conhecer”, o Patriarca de Lisboa sublinhou que é também “experiência de confiança em alguém, de entrega sem limites”. Neste sentido, refere que com este programa, agora apresentado, a Igreja de Lisboa vai tentar responder a algumas interpelações. “Já atravessámos, mesmo, aquela porta ou ainda estamos hesitantes? Já percebemos que entrar pela porta só é possível arriscando o itinerário com Jesus Cristo sem limites? É uma aventura exigente, mas não há nenhuma aventura humana em que possamos contar com tantas ajudas como nesta. A ajuda de Jesus está sempre connosco até ao fim”, garante.

13 junho, 2012

PAPA BENTO XVI - Audiência Geral


Sala Paulo VI
Quarta-feira, 13 de Junho de 2012


Queridos irmãos e irmãs,
São Paulo recorda-nos que não passamos de «vasos de barro», onde Deus coloca a riqueza e a força da sua graça. Na oração, abrimos o coração ao Senhor, para que Ele venha habitar na nossa fragilidade e faça dela uma força para o Evangelho. À medida que nos deixamos habitar pelo Senhor, a nossa oração torna-se mais intensa e leva-nos a fixarmo-nos no essencial, sabendo que é Deus que actua através da nossa fraqueza. Somente se nos deixarmos arrebatar e possuir pelo amor de Cristo é que seremos capazes de enfrentar qualquer adversidade, como Paulo, seguros de que tudo podemos em Cristo que nos dá força. Num mundo que sugere confiar só na eficiência e na força dos meios humanos, somos chamados a descobrir e testemunhar a força da oração, pela qual a nossa vida se configura cada vez mais à de Cristo, que «foi crucificado na sua fraqueza, mas vive pelo poder de Deus».
* * *
Amados peregrinos de língua portuguesa, de coração vos saúdo a todos, em particular ao grupo jovem de voluntariado animado pelos Salesianos de Macau e aos grupos brasileiros de Foz do Iguaçu e de Florianópolis: abri os vossos corações ao Senhor e dedicai as vossas vidas ao reino de Deus, que cresce na terra com o vosso serviço a favor dos mais desfavorecidos. O Senhor vos confirme no bem, com a sua graça! Em penhor da mesma, desça sobre vós, vossas famílias e comunidades cristãs a minha Bênção.
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12 junho, 2012

MISSÃO DOS PAIS E PADRINHOS (2)



Diz-nos o Magistério da Igreja que a família é uma “igreja doméstica”, ou seja, em palavras muito simples, uma união de amor que deve ter Deus no seu centro.

A família é o primeiro contacto que as crianças e os jovens têm com o mundo, e aquilo que lhes é dado a conhecer nessas idades fica para sempre, como nós pais, que já fomos crianças, muito bem sabemos e podemos testemunhar.

As primeiras palavras, os primeiros passos, as primeiras alegrias e tristezas, são sempre vividas em família, bem como os primeiros conselhos para a vida, e depois ao longo da adolescência, para o crescer e amadurecer como futuros homens e mulheres.

Assim, e se nós pais procuramos a Igreja para os nossos filhos receberem a Catequese, para melhor conhecerem Deus e melhor O poderem amar, compete-nos sem dúvida, que desde a mais tenra idade, desde a idade em que começamos a ensinar a vida aos nossos filhos, lhes ensinemos que é em Deus e com Deus que devemos sempre viver e completar a vida que Ele mesmo nos deu.

Mesmo aqueles pais, que por qualquer razão vivem afastados da fé e da Igreja, ao escolherem para os seus filhos a frequência da catequese, devem dar, pelo menos, o testemunho de respeito pela fé e pela Igreja que os aconselharam a viver, disponibilizando-se sempre para os acompanhar, no sentido de os fazer perceber a importância que tem a vivência da fé para a sua vida, pois que, se escolheram para os filhos esse caminho, (embora possa não ser o seu), é porque acreditam de alguma forma que é o caminho certo.

Não tem sentido, desculpem-me a franqueza, colocar os filhos na catequese, e depois dizer mal da Fé e da Igreja à frente deles, ou ter práticas contrárias à fé que eles, filhos, se empenham em conhecer e viver.
Como não tem sentido colocar os filhos na catequese e depois arranjar todo o tipo de desculpas para eles faltarem à missa, por exemplo.

É curioso, e mais uma vez desculpem-me a franqueza, que como catequista, sou muitas vezes confrontado com toda a espécie de desculpas para os jovens faltarem à catequese, porque todas as outras actividades em que estão envolvidos são consideradas mais importantes do que a catequese em que se quiseram comprometer.
Se os jovens faltarem a essas actividades e por força disso não passarem um qualquer escalão atribuído nessas actividades, é facilmente compreendido, mas se faltarem à catequese e obviamente não passarem de ano, isso já não é entendido nem facilmente aceite.

Ora isto e muito mais coisas, tem a ver com a missão dos pais em tudo, mas sobretudo na educação religiosa dos seus filhos, que é o que aqui estamos a tratar.

Recentemente, numa conversa que tive com várias pessoas, entre elas os Padres Armindo e Pedro, da nossa paróquia, falou-se nas orações tradicionais que os nossos pais nos ensinavam desde a mais tenra idade, e de como essas orações marcaram sem dúvida as nossas vidas, sobretudo as nossas vidas espirituais.

Permitam-me que dê o meu testemunho pessoal de como isto que acabei de dizer é verdade.
Educado pelos meus pais na religião cristã e católica, foram-me, desde a mais pequena idade, ensinadas as orações da Igreja, Pai Nosso, Avé Maria, etc., bem como algumas devoções, que mais à frente referirei.
Lembro-me bem dos natais familiares, em que o meu pai rezava connosco, e depois da meia-noite beijávamos a imagem do Menino Jesus que estava no Presépio.
Em todas as ocasiões de grande festa da Igreja, Natal, Páscoa; etc., o momento mais importante era a oração que o meu pai e a minha mãe faziam connosco em família.

Uma devoção, que particularmente me ficou “agarrada”, é a devoção das “três Avé Marias” diárias, que sustenta que quem a praticar terá sempre a assistência de Nossa Senhora nas horas difíceis, sobretudo na hora da morte.
Falo nela, porque tendo-me afastado da fé e da Igreja a partir dos 19, 20 anos, acho que nunca deixei de a rezar, nem mesmo quando estive na guerra na Guiné.
Poderia não rezar com fé, poderia rezar apenas por hábito, por rotina, mas essas três Avé Marias percorreram a minha vida e são também sem dúvida, para além de muitos outros factores, razão do meu retorno à fé e à Igreja.
Lembro-me bem de, quando por volta já dos meus 42 anos me comecei a reaproximar da fé e da Igreja, todos esses ensinamentos e orações que os meus pais e catequistas me tinham ensinado, regressaram imediatamente à minha memória e com facilidade os comecei a reflectir e rezar.
E o meu retorno à fé e à Igreja retirou-me de uma vida que então vivia e me levaria sem dúvida, muito rapidamente à perdição, não só espiritual, mas sem a mínima dúvida, física e moral.

Melhor exemplo que este sobre a missão dos pais e a sua importância na vida dos filhos, não sou capaz de dar.

Coloca-se-nos muitas vezes o problema se devemos obrigar os nossos filhos a participarem na Missa, na Catequese, enfim, na vivência da fé, e, curiosamente, nós pais que tantas vezes os obrigamos a fazer tantas coisas, neste aspecto da religião, somos então muito mais “liberais”.
Mas a verdade, é que se nós não os obrigarmos a ir à escola, eles por sua vontade, também não irão.
E afinal nós somos capazes de lhes explicar porque têm de frequentar a escola, afirmando-lhes que é o seu futuro, etc.,etc.
Somos capazes às vezes até de voltar a estudar em casa algumas matérias, só para os ajudarmos nos seus estudos, mas tantas vezes não somos capazes de os ajudar a encontrar Deus nas nossas palavras, nos nossos gestos e no nosso testemunho.

Dizia um célebre General Israelita que o sucesso do exército israelita em guerra se devia a que os seus oficiais, quando comandavam as tropas em combate, não ordenavam, “em frente”, mas sim, “sigam-me”!
O testemunho daqueles que estão à frente, neste caso os pais, é sempre a maior parte da razão para os filhos seguirem os seus conselhos.

A nós pais compete-nos semear a semente, compete-nos regá-la e alimentá-la enquanto é nova, na esperança sempre de que Deus fará o resto e que quando a árvore for adulta dará sem dúvida bom fruto. Mas se por acaso, e durante algum tempo não der fruto nenhum, ou até mau fruto, a seiva inicial que foi dada àquela árvore pelos seus pais, pode sempre vencer a outra seiva “estragada”, e fazer com que árvore volte dar bom fruto.

Um dia, nós que acreditamos, (e todos os outros também), estaremos perante Deus, que nos perguntará o que fizemos da vida que nos deu, o que fizemos da graça que Ele nos deu em sermos pais.
Perguntar-nos-á se amámos os outros, sobretudo aqueles que Ele nos deu como família, e amar os nossos filhos é, sem dúvida, mostrar-lhes o caminho do amor, o caminho da salvação, o caminho que nos garante que mesmo que não haja mais nada e que estejamos sós, Deus está sempre connosco.

Mostrar-lhes, enfim, o caminho de Deus e para Deus.
Joaquim Mexia Alves

08 junho, 2012

Homilia do Papa Bento XI - Santa Missa na Solenidade de Corpus Christi


Quinta-feira, 7 de Junho de 2012


Prezados irmãos e irmãs!

Esta tarde gostaria de meditar convosco sobre dois aspectos, ligados entre si, do Mistério eucarístico: o culto da Eucaristia e a sua sacralidade. É importante retomá-los em consideração para os preservar de visões incompletas do próprio Mistério, como aquelas que se relevaram no passado recente.
Antes de tudo, uma reflexão sobre o valor do culto eucarístico, em particular da adoração do Santíssimo Sacramento. É a experiência que, também esta tarde, nós viveremos após a Missa, antes da procissão, durante a sua realização e no seu encerramento. Uma interpretação unilateral do Concílio Vaticano ii tinha penalizado esta dimensão, limitando praticamente a Eucaristia ao momento celebrativo. Com efeito, foi muito importante reconhecer a centralidade da celebração, no qual o Senhor convoca o seu povo, o reúne ao redor da dúplice mesa da Palavra e do Pão de vida, o alimenta e o une a Si no ofertório do Sacrifício. Esta valorização da assembleia litúrgica, em que o Senhor age e realiza o seu mistério de comunhão, permanece obviamente válida, mas ela deve ser recolocada no equilíbrio justo. Com efeito — como acontece com frequência — para ressaltar um aspecto termina-se por sacrificar outro. Neste caso, a justa evidência conferida à celebração da Eucaristia prejudicou a adoração, como gesto de fé e de oração dirigido ao Senhor Jesus, realmente presente no Sacramento do altar. Este desequilíbrio teve repercussões inclusive na vida espiritual dos fiéis. Com efeito, concentrando toda a relação com Jesus Eucaristia unicamente no momento da Santa Missa, corre-se o risco de esvaziar da sua presença o resto do tempo e do espaço existenciais. E assim compreende-se menos o sentido da presença constante de Jesus no meio de nós e connosco, uma presença concreta, próxima, no meio das nossas casas, como «Coração vibrante» da cidade, do povoado, do território com as suas várias expressões e actividades. O Sacramento da Caridade de Cristo deve permear toda a vida quotidiana.
Na realidade, é errado opor a celebração à adoração, como se uma com a outra estivessem em concorrência. É precisamente o contrário: o culto do Santíssimo Sacramento constitui como que o «ambiente» espiritual em cujo contexto a comunidade pode celebrar bem e na verdade a Eucaristia. A acção litúrgica só pode expressar o seu pleno significado e valor se for precedida, acompanhada e seguida por esta atitude interior de fé e de adoração. O encontro com Jesus na Santa Missa realiza-se verdadeira e plenamente quando a comunidade é capaz de reconhecer que no Sacramento Ele habita a sua casa, nos espera, nos convida à sua mesa e depois, quando a assembleia se dissolve, permanece connosco, com a sua presença discreta e silenciosa, e acompanha-nos com a sua intercessão, continuando a receber os nossos sacrifícios espirituais e a oferecê-los ao Pai.
A este propósito, apraz-me sublinhar a experiência que juntos viveremos também esta noite. No momento da adoração, nós estamos todos no mesmo plano, de joelhos diante do Sacramento do Amor. O sacerdócio comum e o ministerial encontram-se unidos no culto eucarístico. É uma experiência muito bonita e significativa, que vivemos várias vezes na Basílica de São Pedro e também nas inesquecíveis vigílias com os jovens — recordo, por exemplo, as de Köln, London, Zagreb e Madrid. É evidente para todos que estes momentos de vigília eucarística preparam a celebração da Santa Missa e predispõem os corações para o encontro, de tal modo ele seja ainda mais fecundo. Estarmos todos em silêncio prolongado diante do Senhor presente no seu Sacramento é uma das experiências mais autênticas do nosso ser Igreja, que é acompanhado de maneira complementar pela celebração da Eucaristia, ouvindo a Palavra de Deus, cantando, aproximando-nos juntos da mesa do Pão de Vida. Comunhão e contemplação não se podem separar, pois caminham juntas. Para me comunicar verdadeiramente com outra pessoa devo conhecê-la, saber estar em silêncio ao seu lado, ouvi-la e fitá-la com amor. O amor autêntico e a amizade verdadeira vivem sempre desta reciprocidade de olhares, de silêncios intensos, eloquentes e repletos de respeito e de veneração, de tal maneira que o encontro seja vivido profundamente, de modo pessoal e não superficial. E infelizmente, se falta esta dimensão, também a própria comunhão sacramental pode tornar-se, da nossa parte, um gesto superficial. No entanto, na comunhão autêntica, preparada pelo diálogo da oração e da vida, nós podemos dirigir ao Senhor palavras de confiança, como aquelas que há pouco ressoaram no Salmo responsorial: «Senhor, sou teu servo, filho da tua serva; / quebraste as minhas cadeias. / Hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor / invocando, Senhor, o teu nome» (Sl 115, 16-17).
Agora gostaria de passar brevemente ao segundo aspecto: a sacralidade da Eucaristia. Também aqui ressentimos, no passado recente, de um determinado desentendimento a respeito da mensagem autêntica da Sagrada Escritura. A novidade cristã em relação ao culto foi influenciada por uma certa mentalidade secularista dos anos sessenta e setenta do século passado. É verdade, e permanece sempre válido, que o centro do culto já não se encontra nos ritos e nos sacrifícios antigos, mas no próprio Cristo, na sua pessoa, na sua vida e no seu mistério pascal. E todavia, desta novidade fundamental não se deve concluir que o sagrado já não existe, mas que ele encontrou o seu cumprimento em Jesus Cristo, Amor divino encarnado. A Carta aos Hebreus, que ouvimos esta tarde na segunda Leitura, fala-nos precisamente da novidade do sacerdócio de Cristo, «Sumo Sacerdote dos bens futuros» (Hb 9, 11), mas não afirma que o sacerdócio terminou. Cristo «é Mediador de uma nova aliança» (Hb 9, 15), estabelecida no seu sangue, que purifica «a nossa consciência das obras mortas» (Hb 9, 14). Ele não aboliu o sagrado, mas completou-o, inaugurando um novo culto, que é sem dúvida plenamente espiritual, mas que no entanto, enquanto estivermos a caminho no tempo, ainda se serve de sinais e de ritos, que só virão a faltar no final, na Jerusalém celeste, onde já não haverá templo algum (cf. Ap 21, 22). Graças a Cristo, a sacralidade é mais verdadeira, mais intensa e, como acontece no caso dos mandamentos, também mais exigente! Não é suficiente a observância ritual, mas exigem-se a purificação do coração e o compromisso da vida.
Apraz-me ressaltar também que o sagrado tem uma função educativa, e inevitavelmente o seu desaparecimento empobrece a cultura, em particular a formação das novas gerações. Se, por exemplo, em nome de uma fé secularizada que já não precisa de sinais sagrados, fosse abolida esta procissão urbana do Corpus Christi, o perfil espiritual de Roma ficaria «nivelado» e por isso a nossa consciência pessoal e comunitária seria debilitada. Ou então, pensemos numa mãe e num pai que, em nome de uma fé dessacralizada, privassem os próprios filhos de toda a ritualidade religiosa: na realidade, acabariam por deixar este campo livre aos numerosos sucedâneos presentes na sociedade consumista, a outros ritos e sinais, que mais facilmente poderiam tornar-se ídolos. Deus, nosso Pai, não agiu assim com a humanidade: mandou o seu Filho ao mundo não para abolir, mas para levar a cumprimento também o sagrado. No ápice desta missão, na última Ceia, Jesus instituiu o Sacramento do seu Corpo e do seu Sangue, o Memorial do seu Sacrifício pascal. Agindo deste modo, Ele pôs-se no lugar dos sacrifícios antigos, mas fê-lo no âmbito de um rito, que ordenou aos Apóstolos que perpetuassem como sinal supremo do verdadeiro Sagrado, que é Ele mesmo. Caros irmãos e irmãs, é com esta fé que nós celebramos hoje e cada dia o Mistério eucarístico e que O adoramos como Centro da nossa vida e âmago do mundo! Amém.
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07 junho, 2012

2.º Aniversário do G. O. 'Boa Nova do Reino' - Azambuja

Azambuja, 6 de junho de 2012

2.ª Aniv. G.O. Azambuja

Realizou-se no dia 6 de Junho de 2012, a comemoração do Aniversário do G.O. 'Boa Nova do Reino' - Azambuja, em que o GOVV, atendendo aos laços de amizade e partilha mantidos desde o SVNE do referido Grupo, não poderia deixar de estar presente.

A Equipa Diocesana fez-se representar pelo Diácono Armando Marques e sua esposa, Amélia, Líder do G.O. 'Nazaré' - Sintra.

Foram momentos de profunda adoração, intercessão, escuta da Palavra e partilha, numa ação frutuosa, tendo sido também, no final, vincada a necessidade da manutenção e reforço da unidade entre os grupos irmãos, cujas ligações são inesquecíveis.

Por motivos de ocupação paroquial, o G.O. 'Raboni, Meu Mestre' - Alverca, não pode estar presente, mas obviamente esteve em espírito.
LS 



Nota de reflexão

            A propósito da celebração do 2º aniversário do grupo de oração Boa Nova do Reino de Azambuja, deslocámo-nos, ontem dia 6 de junho, à  Azambuja e nela participámos em nome e representação da Equipa de Serviço do RCC de Lisboa.
            Na adoração ao Santíssimo que preencheu hora e meia da celebração, e porque já estávamos na vigília do Corpo de Deus, a oração foi conduzida, tendo como pano de fundo, o relato da última Ceia de Cristo.
          Podemos afirmar que a nota dominante da maior parte daqueles ou daquelas que intervieram em oração de intimidade perante Jesus Sacramentado foi o reconhecimento de que para participarmos no mistério da Eucaristia temos de fazê-lo com toda a humildade, despojados do nosso orgulho, vaidade e egoísmo.
            E de facto assim é.
        São João não regista, no seu evangelho, o relato da última ceia de Cristo, como acontece com os evangelhos sinóticos e com os escritos de Paulo que taxativamente descrevem a instituição da Eucaristia. E a razão que costuma ser aduzida para tal é que, quando João escreveu o seu evangelho já deviam ter transcorrido cerca de 35 anos depois de Paulo haver escrito a 1ª Carta aos Coríntios e, portanto, a celebração da eucaristia era um facto real e comum entre os cristãos e, como tal, não sentiu necessidade de a descrever.
          Porém, João se dava conta que a celebração da fração do pão já se tinha tornado uma rotina e que, em algumas comunidades, havia até alguns abusos, como o refere Paulo na citada carta aos Coríntios em 11, 17-34, advertindo aquela comunidade que «as vossas assembleias causam mais prejuízo do que proveito». Mais adiante relata que aquelas reuniões já não eram para comer a ceia do Senhor, pois muitos se punham logo à mesa e se apressavam a comer a sua própria refeição indiferentes a que outros passassem fome.
            Por isso João preferiu, com propósitos pedagógicos e pastorais, relatar, no âmbito da ceia, o episódio em que Jesus depõe as suas vestes, pega numa toalha e enrola-a à cintura. Em seguida deita água numa bacia e começa a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. E perante a recusa de Pedro a que o Senhor lhe lavasse os pés, Jesus lhe respondeu: «Se eu não tos lavar, não terá parte comigo». Vide Jo, 13, 1 e segs.
          Salvo melhor entendimento, o que este apóstolo pretendeu com aquele relato foi chamar a atenção das suas comunidades para comportamentos pouco ajustados, desvios e mal-entendidos na celebração da eucaristia, naquele tempo.
         E talvez hoje não seja muito diferente. Quantas vezes nos aproximamos da comunhão por mera rotina, semi-distraídos, como se fôssemos beber um copo de água? E a razão para isso advém, tantas vezes, do facto de excluirmos da nossa comunhão a suprema humilhação de Cristo Senhor e a sua entrega total ao Pai por amor dos homens, seus irmãos. É que, através dos séculos o tema da reflexão eucarística tem incidido mais em favor da presença divina, da adoração, da exaltação, até de algum triunfalismo do que propriamente na entrega e humilhação do Senhor Jesus.
            Pena é que até em alguns congressos eucarísticos nos tenham feito esquecer mais a antiga e venerável tradição do mistério pascal de Cristo na sua totalidade e que naturalmente envolve a entrega, o drama da morte para nos salvar e a partilha do pão na qual fazemos comunhão.
           Tem-se posto mais ênfase no «Isto é o meu Corpo» do que no «será entregue por vós». Por isso é que quando comemos a carne e bebemos o sangue de Jesus não estamos a assimilar no estômago e intestinos as espécies sagradas, como pensavam os judeus no tempo de Jesus. Isto não pode ser entendido no sentido literal. Ao invés, quando comungamos, assimilamos na mente, no coração, na nossa própria vida e no comportamento, a doação quotidiana de Jesus. O comungar a hóstia só tem valor se eu ponho dentro de mim o mesmo empenho pobre e sofrido de Jesus ao serviço dos outros.
           Tantas as vezes acontece que tal como Pedro, naquela ceia, apenas queremos ver Cristo triunfante: «A mim não me lavas os pés» e como tal recusamos lavar os pés aos nossos irmãos.
            Que Deus nos ajude a descentrarmo-nos de nós próprios para fazermos a comunhão com Cristo na totalidade do seu Mistério Pascal.
Lisboa, 7 de junho de 2012
Diac. Armando Marques

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06 junho, 2012

MISSÃO DOS PAIS E PADRINHOS (1)




Em primeiro lugar, e para falarmos da missão cometida aos pais e padrinhos, é de todo conveniente saber o que determina a Igreja Católica sobre o “apadrinhamento” das crianças a baptizar e dos jovens a confirmar, visto que este apadrinhamento, quer do Baptismo, quer da Confirmação ou Crisma se reveste das mesmas exigências e missão.


Assim o Código de Direito Canónico, determina:


Título I
Do BAPTISMO
Capítulo IV
DOS PADRINHOS

Cân. 872 Ao baptizando, enquanto possível, seja dado um padrinho, a quem cabe acompanhar o baptizando adulto na iniciação cristã e, junto com os pais, apresentar ao baptismo o baptizando criança. Cabe também a ele ajudar que o baptizado leve uma vida de acordo com o baptismo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes.

Cân. 873 Admite-se apenas um padrinho ou uma só madrinha, ou também um padrinho e uma madrinha.

Cân. 874 § 1. Para que alguém seja admitido para assumir o encargo de padrinho, é necessário que:
1° - seja designado pelo baptizando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;
2° - Tenha completado dezasseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma excepção por justa causa;
3° - seja católico, confirmado, já tenha recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir;
4° - não tenha sido atingido por nenhuma pena canónica legitimamente aplicada ou declarada;
5° - não seja o pai ou a mãe do baptizando.

§ 2. O baptizado pertencente a uma comunidade eclesial não católica só seja admitido junto com um padrinho católico, o qual será apenas testemunha do baptismo.

Note-se que o Directório Ecuménico, n.98, corrige esta última norma, dizendo: “pela estreita comunhão entre a Igreja Católica e as Igrejas Orientais ortodoxas é permitido, muito justamente, admitir um cristão oriental no papel de padrinho com um padrinho católico”

Sobre os padrinhos diz-nos ainda o Catecismo da Igreja Católica:

1311. Tanto para a Confirmação, como para o baptismo, convém que os candidatos procurem a ajuda espiritual dum padrinho ou de uma madrinha. É conveniente que seja o mesmo do Baptismo, para marcar bem a unidade dos dois sacramentos (139).


Remetendo-nos também para o Código de Direito Canónico:

Título II
DO SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO
CAPÍTULO IV
DOS PADRINHOS


Cân. 892 - Enquanto possível, assista ao confirmando um padrinho, a quem cabe cuidar que o confirmado se comporte como verdadeira testemunha de Cristo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes a esse sacramento.

Cân. 893 - § 1. Para que alguém desempenhe o encargo de padrinho, é necessário que preencha as condições mencionadas no cân. 874.

§ 2. É conveniente que se assuma como padrinho o mesmo que assumiu esse encargo no Baptismo.


Estas são as determinações da Igreja Católica a que todos os fiéis devem obedecer, quando procuram os Sacramentos instituídos por Deus, que concedeu à Igreja Católica o poder e a missão de os celebrar e administrar.

Obviamente que estas determinações têm a ver com a missão importantíssima e inestimável dos pais e padrinhos na vida dos jovens confirmandos.



Marinha Grande, 4 de Junho de 2012
Joaquim Mexia Alves

Nota:

Foi-me incumbida, pela minha paróquia da Marinha Grande, a missão de falar aos pais e padrinhos sobre a sua missão, na reunião preparatória para a celebração do Sacramento da Confirmação, que irá ter lugar no dia 1 de Julho na igreja da Marinha Grande, onde também os meus catequizandos do 10º ano irão ser confirmados, o que me dá uma imensa alegria.
Preparei então um texto que servisse de base à minha intervenção, e sendo assunto que por vezes faz “correr muita tinta”, aqui o decidi publicar, dividido em três partes.
Que possa servir a alguém é o meu desejo.

Bento XVI - Audiência Geral


Praça de São Pedro
Quarta-feira, 6 de Junho de 2012


Queridos irmãos e irmãs,
Teve lugar, nestes dias, o Sétimo Encontro Mundial das Famílias, que transformou Milão numa cidade das famílias. O tema proposto foi a tríade “família, trabalho e festa”. São três dons de Deus, três dimensões da nossa vida que devem encontrar um harmônico equilíbrio para construir sociedades de rosto humano. No Teatro Scala, lembrei que é na família que fazemos a primeira experiência de ser pessoas humanas, criadas não para viver fechadas em si mesmas, mas na relação com os outros. Já na Festa dos Testemunhos, quis responder às perguntas de algumas famílias, dando assim um sinal do diálogo aberto que existe entre as famílias e a Igreja. Finalmente, durante a missa de domingo, falei a uma multidão imensa de fiéis vindos de diversas nações sobre a necessidade de edificar famílias capazes de refletir a beleza da Santíssima Trindade e de evangelizar não só com a palavra, mas pela vivência do amor, a única força capaz de mudar o mundo.
* * *
Saúdo com grande afeto e alegria todos os peregrinos lusófonos, de modo especial a quantos vieram de Angola e do Brasil com o desejo de encontrar o Sucessor de Pedro. Desça a minha bênção sobre vós, vossas famílias e comunidades ao serviço do menor, dos mais pequeninos e necessitados.
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