O
Patriarcado de Lisboa vai ter como ponto alto da vivência do Ano da Fé um
acontecimento que irá mobilizar toda a diocese, a 26 de Maio do próximo ano de
2013. A informação foi revelada na celebração do Dia da Igreja Diocesana, no
passado Domingo, 3 de Junho, na Casa do Gaiato, em Santo Antão do Tojal,
Loures. No mesmo dia em que a Vigararia de Loures-Odivelas encerrou a Visita
Pastoral, D. José Policarpo lembrou que era finalidade da visita “ajudar as
comunidades cristãs a aprofundarem o ritmo desta Igreja que Deus quer, no seio
da Igreja diocesana”.
Cláudia Bicho é catequista e leitora na paróquia do
Bombarral e esteve no passado Domingo, dia 3 de Junho, na celebração do Dia da
Igreja Diocesana, que se realizou na Casa do Gaiato, em Santo Antão do Tojal,
no concelho de Loures. Aos microfones da emissão especial que o site do
Patriarcado de Lisboa (www.patriarcado-lisboa.pt) promoveu, transmitindo em
directo toda a celebração daquele dia, Cláudia assinalava este momento de festa
“como uma manifestação de comunhão com a diocese” a que pertence.
Já para São, catequista e coordenadora da Catequese para a Adolescência na paróquia de Loures, a celebração deste Domingo teve o sabor a encerramento da Visita Pastoral que o Cardeal-Patriarca, D. José Policarpo, e os Bispos Auxiliares D. Joaquim Mendes e D. Nuno Brás, realizaram à Vigararia de Loures-Odivelas, de 28 de Abril a 3 de Junho. “Foi uma grande alegria! Foi o renovar de ânimo e o encontrar novas esperanças e um novo caminho para continuar”, garantiu a catequista.
Jovens da Ramada animam tarde
Para animar a tarde, os jovens da Ramada subiram ao palco na Casa da Gaiato. São um grupo que se afirma “com vários anos de história” e que teve início “há cerca de 15 anos”, disse Eliana Santos. “ O grupo tem valências que englobam os mais novos e os mais velhos. Tem uma associação cultural e, por vezes, é convidado para animar encontros”, explicou a jovem, em declarações à emissão especial do site do Patriarcado. Em 2010, subiram ao palco do Terreiro do Paço para animar a tarde antes da celebração da Missa com o Papa Bento XVI. Tem participado em diversos festivais da canção cristã, e outros não cristãos assumindo, assim, “a música como o principal veículo de evangelização. Tanto a musica como o teatro!”, sublinhou Eliana Santos.
O desafio do Ano da Fé
“A aceitação do desafio do Ano da Fé, proposto pelo Santo Padre, é a alma, a trave do nosso programa pastoral” disse o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. Dirigindo-se aos presentes no Dia da Igreja Diocesana, o Patriarca de Lisboa, recordando que o Papa proclamou o Ano da Fé para o início do próximo mês de Outubro, explicou que estas iniciativas temáticas "pretendem mobilizar toda a Igreja" e que o programa pastoral da diocese é a resposta “a um grande desafio lançado pelo Santo Padre para toda a Igreja, de todo o mundo", frisou.
Considerando que estes temas celebrativos, propostos tanto por Bento XVI como pelo seu antecessor, João Paulo II, "têm sido de grande fecundidade pastoral", D. José Policarpo relevou que, relacionado com o Ano da Fé, está também a celebração dos 50 anos do início do Concilio Vaticano II. "É um desafio e uma indicação do caminho e da perspectiva em que nós podemos voltar a reler o Concílio", observou, salientando que o programa pastoral “vai estar muito centrado nestes dois desafios que são um só”. No entanto, aponta um terceiro desafio: “O de evangelizar com um novo ardor”.
Reflectindo sobre a fé, o Cardeal-Patriarca evoca a origem hebraica da palavra ‘acreditar’ "como a segurança que vem do amor, que vem do facto de se sentir acolhido por alguém que nos ama”. “Como a criança que corre para o colo da mãe, mergulhar nesta pessoa amorosa que deu a vida por nós, é encontrar o sentido da vida, o horizonte. É por isso que a fé é primariamente uma experiência de amor”, garantiu.
Porta de entrada ou de saída
Ao lembrar que a fé “é uma porta por onde se entra”, D. José Policarpo aponta-a, também, como uma "mudança de itinerário". “Andámos um tempo à procura de segurança noutras coisas: na estabilidade económica, afectiva, nas vantagens da sociedade, por vezes nuns ‘truquezinhos’ que se vão fazendo… e de repente percebemos que a verdadeira segurança só está n’Ele! Este é um caminho exigente “, e “a porta está sempre aberta aos que querem entrar de novo, e por ventura aos que querem voltar para trás!”.
Apresentando a fé como “uma experiência de vida que o amor vai ajudando a conhecer”, o Patriarca de Lisboa sublinhou que é também “experiência de confiança em alguém, de entrega sem limites”. Neste sentido, refere que com este programa, agora apresentado, a Igreja de Lisboa vai tentar responder a algumas interpelações. “Já atravessámos, mesmo, aquela porta ou ainda estamos hesitantes? Já percebemos que entrar pela porta só é possível arriscando o itinerário com Jesus Cristo sem limites? É uma aventura exigente, mas não há nenhuma aventura humana em que possamos contar com tantas ajudas como nesta. A ajuda de Jesus está sempre connosco até ao fim”, garante.
Sem comentários:
Enviar um comentário