02 outubro, 2020

Parolin: acordo com a China, uma escolha pensada, refletida e rezada

 
Apresentação do livro "La Tunica e la Tonaca" de autoria do padre Enzo Fortunato  (ANSA)
 
Na manhã de quinta-feira, o cardeal Pietro Parolin tinha-se encontrado no Vaticano com o seu homólogo estadunidense Mike Pompeo, um encontro de 45 minutos, num “clima de respeito” e “cordial”, durante no qual foi possível apresentar as respectivas posições sobre a China e falar sobre alguns dos conflitos que estão a ensanguentar o mundo.

Vatican News

Ao pronunciar-se na apresentação do livro "A túnica e a batina" do padre Enzo Fortunato na noite de quinta-feira, dia 1, o cardeal Pietro Parolin reiterou a cordialidade do encontro realizado pela manhã com o secretário de Estado estadunidense, Mike Pompeo.

No que diz respeito às relações entre a Santa Sé e a República Popular da China, o purpurado sublinhou como Pompeo expressou com um "raciocínio articulado" as razões das suas manifestações nos últimos dias e como houve "compreensão" sobre como a Santa Sé "aborda estes problemas".

“Todos nós procuramoos a liberdade religiosa - reiterou o purpurado - todos procuramos uma vida normal para a Igreja, mas onde nos diferenciamos é no método, em como atingir esses objetivos”.

Ao mesmo tempo - acrescentou - reivindicamos de nossa parte uma escolha pensada, uma escolha refletida, uma escolha rezada, uma escolha feita pelo Papa e, portanto, a liberdade de poder continuar a seguir em frente nesta escolha”.

Por fim, sobre o acordo provisório entre a Santa Sé e a China Popular, o cardeal Parolin fez votos de que funcione "melhor em relação ao que foi feito até agora e que se possa proceder  com a nomeação de bispos para todas as dioceses vagas na China". 

O Acordo Provisório assinado em 22 de setembro de 2018 entre a Santa Sé e a República Popular da China, relativo à nomeação de bispos, entrou em vigor um mês após a assinatura e expirará em 22 de outubro próximo. Assinado em Pequim, previa uma duração de dois anos ad experimentum, antes de qualquer confirmação definitiva ou outra decisão. O cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, explicou recentemente que a intenção é propor uma prorrogação às autoridades chinesas, continuando a adotar o Acordo de forma provisória, “como foi feito nestes dois primeiros anos, a fim de verificar ainda mais a sua utilidade para a Igreja na China”. Apesar da lentidão e das dificuldades, agravadas nos últimos dez meses pela pandemia, Parolin disse: “Parece-me que foi marcada uma direção que vale a pena continuar, depois veremos”.

VN

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