(RV) Neste II domingo do Advento, que coincide com a festa da Imaculada Conceição de Maria, ao meio-dia, como habitualmente aos domingos, o Papa rezou com os fiéis presentes na Praça de São Pedro e todos os que o seguiam, de longe, através dos meios de comunicação.
O Papa comentou o Evangelho da anunciação, em que a Igreja contempla Maria como “a cheia de graça”, tal como Deus a encarou desde o primeiro instante no seu desígnio de amor.
“Maria apoia-nos no nosso caminho em direcção ao Natal, porque ela nos ensina como viver este tempo de Advento em atitude de espera do Senhor”.
O Papa fez notar que Maria, à qual o anjo Gabriel saúda da parte de Deus, era uma jovenzinha de Nazaré, pequena localidade da Galileia, na periferia do império romano e também na periferia de Israel. E contudo, foi precisamente sobre ela que se pousou o olhar do Senhor, que a tinha escolhida para ser a Mãe do seu Filho.
Foi em vista desta maternidade (prosseguiu o Papa) que Maria foi preservada do pecado original, “aquela fractura na comunhão com Deus, com os outros e com a criação, que fere em profundidade cada um dos seres humanos”. Uma fractura sanada antecipadamente no Mãe d’Aquele que veio a libertar-nos da escravidão do pecado".
“A Imaculada está inscrita no projecto de Deus: é fruto do amor de Deus que salva o mundo”.
Aliás, sublinhou com especial insistência o Papa Francisco, “não nos é alheio o mistério desta rapariguinha de Nazaré, que está no coração de Deus”.
“Na verdade, Deus poisa o seu olhar sobre cada homem e cada mulher!”
“Contemplando a nossa Mãe Imaculada, reconheçamos também o nosso destino mais autêntico, a nossa vocação mais profunda: sermos amados, sermos transformados pelo amor”.
Depois da reza das Ave Marias, o Papa pediu a todos que se unissem espiritualmente à Igreja que vive na América do Norte, que hoje recorda a fundação da sua primeira paróquia, há 350 anos: Notre-Dame de Québec…
O Santo Padre recordou também que, esta tarde, seguindo uma antiga tradição, se deslocará à Praça de Espanha para rezar aos pés do monumento à Imaculada.
"Peço-vos que vos unais espiritualmente a mim nesta peregrinação, que é um acto de devoção filial a Maria, para lhe confiar a cidade de Roma, a Igreja e toda a humanidade”.
Da Praça de Espanha o Santo Padre deslocar-se-á também à basílica de Santa Maria Maior, para venerar, privadamente, o ícone de Nossa Senhora, “Salus popoli romani”.
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