(RV) O
Papa Francisco completa neste dia 13 seis meses de Pontificado. Foi
eleito no Conclave a 13 de março e a Missa de início de Pontificado foi a
19 de março. A Rádio Vaticano entrevistou o seu Diretor Geral, Pe.
Federico Lombardi, que também é Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé,
que apresentou as três principais novidades deste pontificado…
“Eu diria que a primeira novidade é o nome, que me tocou desde o início: Francisco, um nome certamente novo; nenhum Papa o havia usado antes. E, com o nome de Francisco, existe a sua explicação, dada pelo próprio Papa: “pobres, paz, custódia da Criação”. E temos já visto – ao menos sobre pobres e a paz – que verdadeiramente são marcas fundamentais deste pontificado. Também de extrema atualidade, como nas últimas semanas, este empenho extremamente corajoso pela paz no Médio Oriente".
Depois, uma segunda novidade parece-me ser o fim do eurocentrismo da Igreja, isto é, o facto de que temos um Papa latino-americano. Na realidade, isto é visto num sentido positivo, de ampliação dos horizontes: vimo-lo em particular no decorrer da Jornada Mundial da Juventude, em que vimos o Papa no seu continente de proveniência e aprendemos que também o seu estilo é pastoral, o seu modo de relacionar-se direto, com as pessoas, a sua linguagem muito simples...Também os seus temas de atenção à pobreza e assim por diante, vêm de um contexto eclesial muito rico, com uma grande tradição, que agora vem ao coração da Igreja com uma força e uma presença maior. Todos os Papas foram “universais”, foram Papas que tiveram o mundo no coração e não é que fossem “parciais”. Porém, eu acredito que se percebe o facto que a escolha de um Papa que vem de outro continente, efetivamente traz alguma coisa de específico no estilo, na perspetiva e é alguma coisa desejada pela Igreja universal, desejado pelos Cardeais e nós apreciamos isto, como um enriquecimento ulterior no caminho da Igreja universal.
Depois, se devo dizer uma terceira característica, parece-me aquela de missionariedade. O Papa Francisco fala muito de uma Igreja não auto-referencial, de uma Igreja de missão, de uma Igreja que olha para além de si mesma e a todo o mundo. A mim, veio-me à memória a belíssima Carta de João Paulo II no final do Jubileu, Duc in altum, dirigida à Igreja do terceiro milénio. Assim, parece-me que efetivamente, com o Papa Francisco, a barca da Igreja esteja viajando sem medo e mesmo com alegria de poder encontrar o mistério de Deus em novos horizontes”.
O P. Lombardi recordou ainda que o Papa Francisco está a despertar um forte interesse e entusiasmo porque fala insistentemente de um Deus que ama, um Deus de misericórdia e pronto a perdoar...
“Digamos que o seu estilo, a linguagem direta do Papa, as suas atitudes, também as novidades do seu estilo de vida, tocam em profundidade e suscitam um grande interesse, um grande entusiasmo. Eu, porém, acredito e espero que o motivo fundamental deste interesse seja profundo e seja o facto de que o Papa insiste muitíssimo sobre um Deus que ama, um Deus de misericórdia, um Deus sempre pronto a perdoar a quem se dirige a Ele com humildade. E com isto, parece-me que toque o homem em profundidade – o homem, as mulheres do nosso tempo – que ele sabe o quanto, frequentemente, são feridos: são feridos por tantas experiências difíceis, por tantas frustrações, por tantas injustiças, por tanta pobreza e marginalização no mundo de hoje. Assim, este falar com tanta eficiência e este saber comunicar também através das palavras e dos gestos, num modo assim direto, afirma que o amor de Deus é para todos, e a proximidade, o interesse humano, a ternura – é uma outra palavra entre aquelas que agradam muito a este Papa e que são a expressão do seu modo de ser – seja qualquer coisa que toque e mova em profundidade as pessoas, todas: crentes e não crentes. Porque todas as pessoas humanas são amadas por Deus, são verdadeiramente as pessoas a quem é dirigida esta grande mensagem do amor de Deus e do amor de Cristo. Portanto, para todos fala na sua verdade, no seu concreto e na sua proximidade ao coração do homem”.
(RS)
“Eu diria que a primeira novidade é o nome, que me tocou desde o início: Francisco, um nome certamente novo; nenhum Papa o havia usado antes. E, com o nome de Francisco, existe a sua explicação, dada pelo próprio Papa: “pobres, paz, custódia da Criação”. E temos já visto – ao menos sobre pobres e a paz – que verdadeiramente são marcas fundamentais deste pontificado. Também de extrema atualidade, como nas últimas semanas, este empenho extremamente corajoso pela paz no Médio Oriente".
Depois, uma segunda novidade parece-me ser o fim do eurocentrismo da Igreja, isto é, o facto de que temos um Papa latino-americano. Na realidade, isto é visto num sentido positivo, de ampliação dos horizontes: vimo-lo em particular no decorrer da Jornada Mundial da Juventude, em que vimos o Papa no seu continente de proveniência e aprendemos que também o seu estilo é pastoral, o seu modo de relacionar-se direto, com as pessoas, a sua linguagem muito simples...Também os seus temas de atenção à pobreza e assim por diante, vêm de um contexto eclesial muito rico, com uma grande tradição, que agora vem ao coração da Igreja com uma força e uma presença maior. Todos os Papas foram “universais”, foram Papas que tiveram o mundo no coração e não é que fossem “parciais”. Porém, eu acredito que se percebe o facto que a escolha de um Papa que vem de outro continente, efetivamente traz alguma coisa de específico no estilo, na perspetiva e é alguma coisa desejada pela Igreja universal, desejado pelos Cardeais e nós apreciamos isto, como um enriquecimento ulterior no caminho da Igreja universal.
Depois, se devo dizer uma terceira característica, parece-me aquela de missionariedade. O Papa Francisco fala muito de uma Igreja não auto-referencial, de uma Igreja de missão, de uma Igreja que olha para além de si mesma e a todo o mundo. A mim, veio-me à memória a belíssima Carta de João Paulo II no final do Jubileu, Duc in altum, dirigida à Igreja do terceiro milénio. Assim, parece-me que efetivamente, com o Papa Francisco, a barca da Igreja esteja viajando sem medo e mesmo com alegria de poder encontrar o mistério de Deus em novos horizontes”.
O P. Lombardi recordou ainda que o Papa Francisco está a despertar um forte interesse e entusiasmo porque fala insistentemente de um Deus que ama, um Deus de misericórdia e pronto a perdoar...
“Digamos que o seu estilo, a linguagem direta do Papa, as suas atitudes, também as novidades do seu estilo de vida, tocam em profundidade e suscitam um grande interesse, um grande entusiasmo. Eu, porém, acredito e espero que o motivo fundamental deste interesse seja profundo e seja o facto de que o Papa insiste muitíssimo sobre um Deus que ama, um Deus de misericórdia, um Deus sempre pronto a perdoar a quem se dirige a Ele com humildade. E com isto, parece-me que toque o homem em profundidade – o homem, as mulheres do nosso tempo – que ele sabe o quanto, frequentemente, são feridos: são feridos por tantas experiências difíceis, por tantas frustrações, por tantas injustiças, por tanta pobreza e marginalização no mundo de hoje. Assim, este falar com tanta eficiência e este saber comunicar também através das palavras e dos gestos, num modo assim direto, afirma que o amor de Deus é para todos, e a proximidade, o interesse humano, a ternura – é uma outra palavra entre aquelas que agradam muito a este Papa e que são a expressão do seu modo de ser – seja qualquer coisa que toque e mova em profundidade as pessoas, todas: crentes e não crentes. Porque todas as pessoas humanas são amadas por Deus, são verdadeiramente as pessoas a quem é dirigida esta grande mensagem do amor de Deus e do amor de Cristo. Portanto, para todos fala na sua verdade, no seu concreto e na sua proximidade ao coração do homem”.
(RS)
Sem comentários:
Enviar um comentário