“Enternece-me”
a solicitude com que tanta gente que vive fora da Igreja, bem como de alguns
ditos católicos progressistas, e outros ditos não praticantes, (o que eu não
faço e mínima ideia o que são uns e outros), se preocupam com a eleição do novo
Papa e se aprestam a dar conselhos aos Cardeais que o hão-de eleger.
Ouvi
até uma dita jornalista perguntar se para a sobrevivência, (isso mesmo,
sobrevivência), da Igreja Católica, não seria imprescindível que o novo Papa
viesse alterar a moral sexual, a ordenação das mulheres e o celibato dos
padres.
Parece
que estes são no fundo os assuntos mais importantes para seguir a Cristo, para
viver o «arrependei-vos e acreditai no Evangelho.»
Não
percebem estas pessoas que a Igreja não voga ao sabor dos homens, nem é o vento
do mundo que impele as suas velas, (embora por vezes sopre com demasiada força,
calando vozes que deviam falar), mas sim que a Igreja é Corpo Místico de Cristo
e como tal é o Espírito Santo que A conduz.
E
depois afirmam que a Igreja está em crise!
Ora
isto não tem razão de ser, porque ou a Igreja sempre esteve em crise, (e sempre
foi vencendo as crises), ou a crise da Igreja é sempre devida a ser a voz
incómoda no mundo e como tal não pactuar com a violação da moral e dos valores
cristãos, porque essa violação leva à destruição do homem verdadeiramente
livre.
Não
percebem ainda que a Doutrina, a Palavra de Deus, não é coisa dos homens e como
tal não pode ser modificada pelos homens a seu belo prazer, mas sim, que sendo
de Deus, foi entregue à Igreja para Ela ser garante contínuo da sua pureza e da
sua observância pelos seus fiéis.
A
Igreja passou tempos em que os homens tomaram conta dela, pela vontade dos
homens, mas o Espírito Santo sempre A fez regressar à Sua Missão, apesar dos
homens, mas com os homens.
Confesso
que não consigo entender a necessidade que estas pessoas têm de querer
modificar a Igreja, a Doutrina ao sabor dos seus “prazeres”, e só me ocorre o
ridículo de poderem pensar que, se por uma aberração humana alguém com voz na
Igreja viesse acolher como boa Doutrina a moral sexual em voga, (e tudo o
resto), então as suas consciências descansariam, porque não havia pecado!
Tal
como acima se escreve, sempre que tal aconteceu, ou seja, sempre que a vontade
dos homens da Igreja se quis sobrepor à vontade de Deus, o Espírito Santo em
devido tempo se encarregou de repor a Verdade, porque a Verdade é só Uma,
porque a Verdade é o próprio Deus.
Alguém
um dia se insurgia junto a mim, pelo facto de a Igreja não permitir o uso geral
do preservativo.
Perguntei-lhe
se era pessoa de Igreja, se frequentava os Sacramentos, se era pessoa de
oração, ao que me respondeu que não, que não tinha nada a ver com isso!
Claro
que lhe perguntei então qual era a sua preocupação pelo facto de a Igreja
proibir tal prática.
Não
me respondeu, mas pelo seu olhar percebi isso mesmo que acima escrevo, ou seja,
que serviria para aliviar a sua consciência!!!
Com
toda a serenidade, com toda a paz, (a paz de Deus), com toda a alegria de nos
sabermos filhos de Deus em Cristo, com toda a consciência de sermos Igreja de
Cristo, como cristãos católicos, rezamos por Bento XVI, rezamos pelos Cardeais
que hão-de eleger o novo Papa, confiando na esperança, que mais uma vez o
Espírito Santo nos dará o Sucessor de Pedro que a Igreja precisa neste tempo,
ao qual amaremos como amámos e amamos os seus antecessores.
E
rezamos também por aqueles que não entendem esta forma de viver a Fé, expressa
no Credo, que proclamamos com toda a convicção:
Creio
em Deus Pai, Filho e Espírito Santo e na Igreja Una, Santa, Católica e
Apostólica.
Marinha
Grande, 19 de Fevereiro de 2013
Joaquim Mexia Alves
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