Dom Rino
Fisichella discursa no Proclaim 2012, na Austrália
ROMA,
sexta-feira, 10 de agosto de 2012 (ZENIT.org)
- "Tentar calar o desejo de Deus não nos levará à nossa autonomia".
"O homem está em crise, mas não é marginalizando o cristianismo que
teremos uma sociedade melhor".
Estas
exclamações estiveram no centro do pronunciamento O que é a Nova
Evangelização, feito pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção
da Nova Evangelização, dom Rino Fisichella, em Chatswood, Austrália, no
encontro Proclaim 2012, de acordo com informações da Rádio Vaticano.
"O
grande desafio para o futuro está todo aqui: quem quer a liberdade de viver
como se Deus não existisse pode tê-la, mas precisa saber para onde está indo
com essa escolha".
Dom Fisichella traça o perfil da crise do homem contemporâneo, que "se esqueceu do essencial", super protegendo a sua independência e a sua responsabilidade pessoal pelo próprio estilo de vida.
Dom Fisichella traça o perfil da crise do homem contemporâneo, que "se esqueceu do essencial", super protegendo a sua independência e a sua responsabilidade pessoal pelo próprio estilo de vida.
Não é
excluindo Deus da própria vida que o mundo será melhor: os católicos não
aceitam ser marginalizados e continuarão a trazer ao mundo a boa nova de Jesus.
O anúncio dos crentes, no entanto, "não pode recorrer à arrogância e ao
orgulho" nem expressar "um sentimento de superioridade em relação aos
outros", mas, pelo contrário, devem ser feitos com "doçura, respeito
e reta consciência".
Nisto
consiste a nova evangelização, a missão da Igreja de hoje, de toda a Igreja,
composta por bispos, padres e leigos: não é nada diferente do passado, mas uma
nova maneira de transmitir a mesma mensagem de salvação do Senhor que
ressuscitou por nós.
Com Bento
XVI, Fisichella recorda que "não é a diluição da fé que ajuda, mas apenas
o vivê-la inteiramente em nosso hoje... Não seremos salvos pelas táticas, o
cristianismo não será salvo pelas táticas, mas por uma fé repensada e revivida
de modo novo, mediante a qual o Cristo, e, com Ele, o Deus vivo, entra neste
nosso mundo".
A primazia
deve ser dada ao testemunho, portanto, como principal instrumento para levar a
toda pessoa, de qualquer lugar e em todo tempo, o anúncio de que a salvação se
tornou realidade; e à caridade, porque a vida só encontra a sua plena
realização no horizonte da gratuidade.
“Na palavra
do Senhor”, acrescentou Fisichella, “privilegiamos tudo o que o mundo considera
inútil e ineficiente. Os doentes crónicos, os moribundosginalizados, os
deficientes e tudo o que exprime aos olhos do mundo a falta de futuro e de
esperança, tudo isso conta com o compromisso dos cristãos”.
Paralelamente,
no entanto, “também precisamos mudar a maneira de evangelizar, como Paulo VI já
apontou, e encontrar novas formas, desenvolver a nossa adaptabilidade”,
prosseguiu.
A expressão "nova
evangelização" foi usada pela primeira vez por João Paulo II em 1979, e as
suas sementes continuaram a ser cultivadas por Bento XVI com a criação do
Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização.
Mas não
podemos fazer evangelização sem evangelizadores, nota o religioso, porque a
responsabilidade do anúncio é de todos e não admite ser delegada. Daí o convite
aos cristãos a discernir entre a verdade e a mentira, entre o que dá frutos e o
que é efémero: o principal desafio da Igreja de hoje.
(Tradução:ZENIT)
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