Pelo claro e importante conteúdo, transcrevemos o testemunho de Joaquim Mexia Alves:
CRISMA, UM
INÍCIO DE FUTURO
Este
Domingo, 1 de Julho, os jovens a quem tenho dado catequese nos últimos quatro
anos, foram crismados.
Foi um dia
de muita alegria, para eles e também, e muito, para mim.
No Sábado,
dia de ensaio geral para a cerimónia, surpreenderam-me, (verdadeiramente), com
um trabalho feito por eles, no qual, em redor de uma fotografia em grupo,
impuseram as palmas das mãos, escrevendo os seus nomes no interior.
Ofereceram-me
ainda uma caneta, gravada com “Catequizandos 2008/2012”.
No quadro
acima referido, escreveram:
«Joaquim. Ao
longo destes 4 anos foste amigo, conselheiro, “pai” e catequista.
Ensinaste-nos
a viver de outra forma, com a partilha de experiências, conhecimentos e
emoções.
Contigo
crescemos na Fé.
Obrigada por
tudo! Ficarás para sempre no nosso coração.»
Poderão, os
que me lerem, perceber o meu orgulho!
Poderão
talvez perceber, sobretudo, o meu orgulho nestes jovens e, talvez mais do que
isso, o amor que lhes tenho.
Escolhi a
palavra amor, porque é mesmo amor que lhes tenho, como uma pertença deles a mim
e eu a eles.
Talvez
devesse sentir-me pelo menos um pouco realizado nesta missão que Deus quis
colocar nas minhas mãos.
Mas não, não
sinto essa “realização”!
Sinto sim
que acabou uma etapa, mas reconheço que começa agora outra, bem mais difícil,
bem mais exigente, que é conseguir levar por diante o grupo de oração e
partilha, que lhes propus e que eles me disseram querer aceitar.
Mas é agora
este caminho, que já não almeja uma meta prevista no tempo, (como o Crisma, por
exemplo), que exige deles e de mim novas vivências, novos saltos na fé, novas
dúvidas e desânimos, e sobretudo, muita tenacidade e fortaleza.
Mas dou
graças a Deus porque não estaremos sozinhos, porque não caminharemos sozinhos,
porque o Espírito Santo agora derramado, se faz presente em cada sua/nossa
oração, em cada sua/nossa alegria, em cada sua/nossa vitória, e também, em cada
seu/nosso tropeçar, em cada seu/nosso fraquejar, em cada seu/nosso duvidar,
para nos levantar, para nos dar forças, para nos dar o discernimento da e na
Fé.
O Espírito
Santo fará com que cada oração, cada vitória, cada alegria, seja de todos, e
vivida por todos, e assistirá a todos, no tropeçar, no fraquejar, no duvidar,
que será de todos e não apenas de um.
Muitos dirão
que estou a sonhar!
Mas eu
respondo que não, não estou a sonhar!
Estou a
acreditar que se abrirmos decididamente as portas dos nossos corações a Deus,
em comunhão de oração e partilha, (seja qual for a vida que cada um vai viver
no futuro), poderemos ultrapassar as dificuldades, as armadilhas do mundo, e
encontrarmos já nele, a alegria da presença de Deus em nós e connosco.
Apetece-me
gritar como João Paulo II, para eles e para mim: «Não tenhais medo!»
Marinha
Grande, 2 de Julho de 2012
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