Encerrado na
minha casa,
sozinho,
deixo as
janelas e portas fechadas,
pois tenho
medo do que me pedes,
Senhor!
Como sempre,
quando tenho
medo,
peço a tua
Mãe que me ajude,
e me ensine
o caminho!
E o que faz
Ela?
Reza,
pede –Te o
Espírito Santo,
para Ela,
para mim,
para todos.
De repente,
vindo do
Céu,
ou de dentro
de mim,
(pelo
Baptismo, pelo Crisma),
irrompe uma
força,
um vento
impetuoso,
que leva as
minhas dúvidas,
arrasta os
meus medos,
e abre o
caminho para Ti,
Senhor!
E eu
levanto-me,
encho-me de
coragem,
(ou és Tu que me enches,
Espírito de
Deus),
e num grito
da alma,
proclamo:
meu Senhor e
meu Deus!
Quero
quedar-me assim,
a gozar da
tua presença,
mas Tu não
me deixas,
e abrindo as
janelas,
escancarando
as portas,
mostras–me o
mundo e dizes-me:
Vai,
anuncia-Me!
Oh, pobre de
mim,
o que dizer,
o que fazer,
como
anunciar-te,
Senhor!
Mas Tu,
Senhor,
docemente,
sedutoramente
no amor,
como sempre
fazes,
dizes-me ao
ouvido:
«diz o que te for dado nessa hora,
pois não serás tu a falar,
mas sim o
Espírito Santo.»*
* Mc 13, 11
Marinha
Grande, 27 de Maio de 2012
Joaquim Mexia Alves
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