Domingo, dia 2 de Janeiro de 2011
O tempo de Natal é a uma caminhada à procura de Jesus.
Com a festa da EPIFANIA, que hoje celebramos, concluímos esse tempo, lembrando a procura e o encontro de Jesus pelos Magos, que representam todos os povos e nações.
A palavra "Epifania" significa: Manifestação de Deus aos homens.
Ele é uma "Luz", que se acende na noite do mundo e ilumina os caminhos dos homens, conduzindo-os ao encontro da Salvação.
A 1.ª Leitura anuncia a chegada da Luz salvadora do Senhor, que transfigurará Jerusalém e atrairá a ela povos de todo o mundo. (Is 60,1-6)
* Esta Jerusalém nova representa a Igreja, comunidade dos que aderiram a Jesus e acolheram a Luz salvadora que ele veio trazer.
A 2.ª Leitura apresenta o projecto salvador de Deus, como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos, numa mesma comunidade de irmãos, a comunidade de Jesus. (Ef 3,2-3a.5-6)
No Evangelho vemos a concretização da promessa da 1ª leitura. (Mt 2,1-12)
Guiados pela LUZ da Estrela, procuram com esperança o Messias até O encontrar, reconhecem nele a "Salvação de Deus" e aceitam-nO como "Senhor".
"Salvação" rejeitada pelo seu povo e agora oferecida a todos os povos.
+ A narrativa, exclusiva de Mateus, tornou-se muito conhecida e popular...
No entanto, não é uma reportagem jornalística, mas uma CATEQUESE sobre Jesus e
a sua Missão. - A ESTRELA, inventada por São Mateus, não é um astro no céu, mas a pessoa de Jesus. Ele é a "Luz" anunciada pelos profetas.
- Os MAGOS representam os povos estrangeiros, que vão ao encontro de Jesus e se deixam guiar pela sua mensagem de paz e de amor.
São a imagem da Igreja, formada por todos os povos que aderem a Jesus e o reconhecem como o seu "Senhor".
- A Intenção de Mateus era apresentar Jesus como o novo Moisés... o ungido de Deus, recusado pelos judeus e aceite pelos pagãos, que formarão o novo Israel, o novo povo de Deus: a Igreja.
+ ATITUDES diante dessa estrela:
- ADORAÇÃO: os Magos viram a "estrela", deixaram tudo e puseram-se a caminho para descobrir Jesus e adorá-lo: "Vimos… e viemos…"
Os Magos representam todos os povos não judeus, agora associados à História da Salvação.
- INDIFERENÇA: Os Sacerdotes conheciam-nO bem nas Escrituras. Sabiam até o lugar onde deveria nascer, mas não perceberam o sinal de sua chegada, nem se preocuparam em ir ao seu encontro. Estavam muito seguros de sua sabedoria... e por isso não tiveram a alegria de encontrar e adorar o Salvador.
- REJEIÇÃO: Herodes tentou até apagar esta Luz. Simboliza os grandes desse mundo, que temem a sua chegada.
* Todos viram a mesma realidade: um menino recém-nascido, mas as opções foram e são diferentes...
Com quem nos assemelhamos?
- Com os Magos, atentos aos sinais, capazes de ler os acontecimentos de nossa vida e a história do mundo à luz de Deus?
- Com os Sacerdotes, orgulhosos do seu saber, mas acomodados?
- Com Herodes, que procura matar o menino?
O itinerário seguido pelos magos reflecte o processo que os pagãos seguiram para encontrar Jesus:
- Estão atentos aos sinais (estrela),
- Percebem que Jesus traz a Salvação,
- Põem-se a caminho para o encontrar...
- Perguntam aos judeus, que conhecem as Escrituras, o que fazer,
- Encontram Jesus e o adoram; oferecem "os seus tesouros" (o seu coração) e voltam por outro "Caminho".
- Sensibilidade em distinguir os sinais de Deus…
- Generosidade de aceitar o convite...
"Os magos viram a estrela e vieram adorá-lo".
- Eles não perderam a esperança na incompreensão dos contemporâneos… nem diante das dificuldades da longa caminhada… da ignorância e maldade de Herodes… ou do ambiente rústico em que encontraram o menino, Rei dos judeus.
Se olharmos o mundo e os homens com os olhos da fé… tudo será uma manifestação e presença de Deus… uma perene Epifania...
+ Os magos não se apresentaram de mãos vazias…
Ofereceram as suas riquezas: ouro, incenso e mirra...
- O que temos nós a oferecer?
Meditação: P. António Geraldo Dalla Costa
Ilustração: Nelso Geraldo Ferronatto
Fonte: http://www.buscandonovasaguas.com
Transcrição, adaptação e passagem para português, de Portugal: L. Santos
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