É o apelo de Bento XVI que alertou para “duas realidades importantes mas insuficientes: uma, a preocupação laboriosa com consequências sociais, culturais e políticas da fé, admitindo como pressuposto que a fé existe, o que é cada vez menos realista”; outra, os riscos do predomínio da organização, apontando a forma como a Igreja “tem colocado uma confiança talvez excessiva nas estruturas e nos programas eclesiais, na distribuição de poderes e funções”, secundarizando o testemunho pessoal e a intervenção clara e concreta dos cristãos na sociedade.
É o apelo de D. António Couto, Bispo Auxiliar de Braga, no Fórum Missionário em Coimbra, ao abordar ‘a missão da Igreja nos escritos do NT’, alertou para a necessidade urgente de usar a ‘linguagem dos afectos que tocam o coração dos homens’, pois a ‘linguagem fria’ é criadora de ‘distância e indiferença’. Há necessidade de agarrar as pessoas por dentro.
‘Os leigos são uma energia do cristianismo’ por estarem envolvidos nas várias realidades da sociedade e a Igreja precisa de seu ‘trabalho testemunhal’ que só pode acontecer se eles forem ‘iluminados, vivos, atentos e apaixonados por Cristo’.
É o apelo na ‘Lúmen Gentium 12’, em que os católicos são desafiados a aprofundar a fé, a iluminar e fortalecer a esperança e a desenvolver iniciativas e projectos na caridade ao serviço dos irmãos.
Aprofundemos a nossa fé. Evangelizemos na Palavra e ardor no coração.
João Silva
Labat n.º 105 de Junho de 2010
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